Lucro da BR Distribuidora cai 50,9% para R$ 234 mi no 1º trimestre
12 Junho 2020 - 10:17AM
ADVFN News
A BR
Distribuidora (BOV:BRDT3) reportou
nesta quarta-feira lucro líquido de 234 milhões de reais no
primeiro trimestre, queda de 50,9% ante o mesmo período do ano
passado, em meio a impactos da pandemia
de coronavírus que reduziram os volumes
de venda e as receitas das empresa.
A maior distribuidora de combustíveis do Brasil, que tem a
Petrobras como maior acionista, registrou queda de
5,9% no volume de vendas no período na comparação anual, para 9,191
bilhões de litros.
O indicador de geração de caixa (Ebitda ajustado) somou 545
milhões de reais entre janeiro e março, queda de 36,6%, enquanto a
receita atingiu 21,2 bilhões de reais, redução de 5,5%.
Segundo a BR, as medidas de isolamento para combater o
coronavírus tiveram “impacto imediato na demanda” por
combustíveis.
“A desaceleração da atividade econômica, as crescentes
restrições à circulação de pessoas, a redução das atividades
industriais, comerciais, de serviços e do uso de todos os modais de
transportes no Brasil ocasionaram, principalmente a partir da
última semana de março, significativa redução da demanda por
combustíveis no país”, afirmou a empresa.
“Esta realidade, apesar de iniciada apenas nos últimos dias do
1T20, foi capaz de produzir reduções relevantes mesmo nos volumes
médios de venda do trimestre”, acrescentou.
Os volumes de venda no Ciclo Otto sofreram na última semana de
março uma redução de 55% em relação à média diária acumulada desde
o início do trimestre, enquanto os volumes de diesel sofreram
redução de 25% e os do segmento de aviação, caíram 60% na mesma
comparação, disse a empresa.
A empresa ponderou que o “market share total” permaneceu estável
em 25,6% no período em relação ao quarto trimestre.
Como somos ao mesmo tempo compradores e vendedores de
commodities, entendemos que o nível recorrente de margens de
comercialização de nosso negócio segue dinâmica própria e
independente dos patamares de preço de petróleo”, disse.
No entanto, a companhia admitiu que variações bruscas nas
cotações da commodity produzem comumente efeitos pontuais nas
margens.
“No primeiro trimestre, estas perdas tiveram um impacto muito
superior aos níveis usuais, produzindo um efeito significativo nas
margens reportadas, sobretudo quando em comparação com os números
do 4T19…”, afirmou.
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