A variação é resultado das restrições de funcionamento em
decorrência dos impactos da Covid-19 aplicadas ao longo de todo o
trimestre em nossos shoppings e o efeito da linearização dos
contratos de aluguel.
Da receita total, 17 milhões de reais correspondem a lojistas
que se encontravam inadimplentes com o condomínio, explicou a
empresa. Desta forma, o montante foi provisionado a título de
perdas esperadas.
“Considerando as incertezas mercadológicas percebidas neste
trimestre, optamos por tratamento conservador às provisões para
devedores duvidosos e realizamos provisões extraordinárias”,
acrescentou a empresa.
A companhia retomou a operação de todos os 31 shoppings de seu
portfólio até 10 de agosto, embora ainda com restrições no horário
de funcionamento.
“Há uma recuperação consistente no fluxo veículos em nossos
shoppings, reflexo da gradual abertura e flexibilização dos
horários de funcionamento dos ativos e do nosso protocolo de
reabertura”, observou a companhia nesta quinta-feira.
A receita total de aluguéis caiu 34,2%, para 164,2 milhões de
reais. Excluindo efeito de linearização de aluguel, essa linha teve
declínio de 73,9%, a 63,2 milhões de reais. A brMalls concedeu
isenção de 100% dos aluguéis no período em que as operações ficaram
fechadas por ordem de governos locais.
A FFO (Funds From Operations), indicador do fluxo de caixa,
ficou negativa em 611,7 milhões de reais, após desempenho positivo
de 430,6 milhões de reais um ano antes. Em termos ajustados, ficou
positivo em 18,3 milhões de reais, queda de 88,2% ano a ano, com a
margem caindo de 46,8% para 9,8%.
O resultado operacional líquido (NOI) caiu 52,9%, para 137,4
milhões de reais.
A brMalls fechou junho com posição de caixa de 1,2 bilhão de
reais, alta de 27,3% em relação ao fim do primeiro trimestre. A
alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado 12
meses subiu para 2,9 vezes, de 2,1 vezes no final de março.