EDP Brasil (ENBR3) 2T20: Lucro líquido de R$ 237,2 milhões
30 Agosto 2020 - 12:19PM
ADVFN News
A EDP Brasil encerrou o segundo trimestre com
um lucro líquido de R$ 237,2 milhões, cifra 25,5% maior que a
observada em igual período de 2019. Segundo o presidente da
elétrica, Miguel Setas, o resultado representa uma “virada de
jogo”, após as quedas observadas nas principais métricas da empresa
no primeiro trimestre.
Os resultados da EDP
Brasil (BOV:ENBR3) referente a suas operações do
segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 28/08/2020.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – chegou a R$ 586 milhões, um
crescimento de 5,5% na comparação com 2019. O Ebitda do
segmento teve um aumento de R$ 59 milhões no comparativo anual,
devido à conclusão antecipada do Lote 11 e à evolução dos
investimentos (capex) de outros projetos em construção.
Ainda no trimestre, também tiveram aumentos os Ebitdas da
geração hídrica (em R$ 15 milhões) e da termelétrica de Pecém (R$ 3
milhões). Por outro lado, como já esperado, o indicador da
Distribuição mostrou queda (R$ 23 milhões).
A EDP Energias do Brasil, controlada pela EDP em Portugal, uma
das principais operadoras europeias no setor energético, é uma
holding que detém investimentos nos segmentos de Geração,
Distribuição, Comercialização, Transmissão e Serviços de Energia
Elétrica. A empresa possui valor de mercado de R$
10,7 bilhões. Confira a
Análise completa da empresa com informações
exclusivas.
A receita operacional líquida da EDP Brasil recuou 9%,
para R$ 2,9 bilhões. Excluindo receita com construção, o indicador
caiu 2,8% na base anual, para R$ 2,6 bilhões.
A receita líquida da divisão distribuição alcançou R$ 1,5
bilhão no 2t20, apresentando retração de -6,1% na comparação com o
mesmo período de 2019. Todas as distribuidoras da EDP Brasil
Energias, os indicadores de qualidade permaneceram abaixo do limite
regulatório.
A receita líquida da divisão comercialização e serviços
alcançou R$ 661,7 milhões no 2t20, apresentando crescimento de 6,5%
na comparação com o mesmo período de 2019.
A receita líquida da divisão transmissão alcançou R$ 305,4
milhões no 2t20, apresentando retração de -40,1% na comparação com
o mesmo período de 2019.
A despesa financeira líquida caiu 26,4% na base anual,
para R$ 85,3 milhões. O outro foi a equivalência patrimonial da
participação na Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (Celesc),
que aumentou em R$ 40 milhões.
A dívida líquida da elétrica atingiu R$ 5,75 bilhões, 3,5%
maior no comparativo anual. Já o índice de alavancagem se manteve
em 2,0 vezes a dívida líquida sobre Ebitda, mesmo nível observado
no fim de março.
A EDP Brasil tem interesse em aprofundar a parceria
estratégica com a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A
(Celesc). Recentemente, fez uma nova aquisição de ações
preferenciais da distribuidora catarinense, passando a deter 28,77%
do capital social da companhia. Setas lembrou que a companhia é
controlada pelo governo catarinense e que ir além da compra de
ações preferenciais dependeria de uma privatização da
distribuidora.
Visão de mercado
Itaú BBA
O Itaú BBA avaliou o resultado como positivo, e disse
esperar uma reação favorável do mercado neste pregão, em função do
anúncio de recompra e da nova política de dividendos. Segundo o
banco, o Ebitda ajustado de R$ 526 milhões veio em linha com a sua
estimativa, enquanto o lucro líquido ajustado superou as
expectativas.
BTG Pactual
A Energias do Brasil, controlada pelo grupo
português EDP, entregou um resultado em linha com o esperado
pela equipe de análise do BTG Pactual. Segundo os
analistas João Pimentel e Fillipe Andrade, o Ebitda, que mede o
resultado operacional, de R$ 586 milhões veio um pouco acima das
expectativas (R$ 534 milhões).
O banco BTG Pactual reafirmou a recomendação de compra, com
preço-alvo de R$ 21 até o final do ano.