Marfrig coloca em prática iniciativa para garantir sustentabilidade da cadeia produtiva de carne bovina
22 Setembro 2020 - 3:23PM
ADVFN News
A Marfrig (BOV:MRFG3) colocará em prática a partir de outubro
mais uma iniciativa para garantir a sustentabilidade dentro da
cadeia produtiva de carne bovina. Desta vez, a ideia é estender o
monitoramento ambiental a todas as fazendas pecuárias ligadas
direta ou indiretamente ao fornecimento de gado para a companhia.
Ao detectar a origem dos animais desde o seu nascimento, a Marfrig
tenta evitar, na ponta final, a aquisição de bovinos que tenham
passado, em alguma etapa da vida, por áreas de conservação
ambiental, desmatadas ilegalmente, embargadas pelo Ibama ou que
usem trabalho análogo à escravidão – práticas proibidas por
lei.
A nova ferramenta está inserida no plano Verde Mais, que foi
lançado em julho pela Marfrig, e se chama “Mapa de Mitigação de
Riscos”, conta ao Broadcast Agro o diretor de
Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, Paulo
Pianez. “A ferramenta cruza dados e mapas de satélite para que a
gente localize áreas mais críticas, onde se concentram tanto as
fazendas de cria e recria quanto os fornecedores diretos de gado
para a Marfrig”, comenta. “Mapas de risco já existem muitos, mas a
grande novidade é justamente localizar a fase mais crítica da
pecuária (cria e recria), para que possamos ser mais assertivos e
fazer as ações voltadas a esta etapa da cadeia produtiva”, explica
Pianez, acrescentando que o compromisso da empresa é “zero
desmatamento e transparência”.
Desde 2009, a Marfrig já havia adotado um compromisso, junto ao
Greenpeace, para monitorar os chamados “fornecedores diretos” de
bovinos – aqueles que entregam o boi para abate. O
calcanhar-de-aquiles, porém, sobretudo na Amazônia, e não só para a
Marfrig, está em rastrear a origem do gado dos “fornecedores
indiretos”, ou seja, aqueles que venderam o bezerro ou o boi magro
para o “direto” e, caso viessem de áreas irregulares, acabavam
“contaminando” a imagem do frigorífico em relação à
sustentabilidade ambiental.
A Marfrig colocará em prática a partir de outubro mais uma
iniciativa para garantir a sustentabilidade dentro da cadeia
produtiva de carne bovina. Desta vez, a ideia é estender o
monitoramento ambiental a todas as fazendas pecuárias ligadas
direta ou indiretamente ao fornecimento de gado para a companhia.
Ao detectar a origem dos animais desde o seu nascimento, a Marfrig
tenta evitar, na ponta final, a aquisição de bovinos que tenham
passado, em alguma etapa da vida, por áreas de conservação
ambiental, desmatadas ilegalmente, embargadas pelo Ibama ou que
usem trabalho análogo à escravidão – práticas proibidas por
lei.
A nova ferramenta está inserida no plano Verde Mais, que foi
lançado em julho pela Marfrig, e se chama “Mapa de Mitigação de
Riscos”, conta ao Broadcast Agro o diretor de
Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, Paulo
Pianez. “A ferramenta cruza dados e mapas de satélite para que a
gente localize áreas mais críticas, onde se concentram tanto as
fazendas de cria e recria quanto os fornecedores diretos de gado
para a Marfrig”, comenta. “Mapas de risco já existem muitos, mas a
grande novidade é justamente localizar a fase mais crítica da
pecuária (cria e recria), para que possamos ser mais assertivos e
fazer as ações voltadas a esta etapa da cadeia produtiva”, explica
Pianez, acrescentando que o compromisso da empresa é “zero
desmatamento e transparência”.
Desde 2009, a Marfrig já havia adotado um compromisso, junto ao
Greenpeace, para monitorar os chamados “fornecedores diretos” de
bovinos – aqueles que entregam o boi para abate. O
calcanhar-de-aquiles, porém, sobretudo na Amazônia, e não só para a
Marfrig, está em rastrear a origem do gado dos “fornecedores
indiretos”, ou seja, aqueles que venderam o bezerro ou o boi magro
para o “direto” e, caso viessem de áreas irregulares, acabavam
“contaminando” a imagem do frigorífico em relação à
sustentabilidade ambiental.
Para “encontrar” todas as fazendas de cria, recria e engorda e
seus respectivos riscos – ou seja, se estão ou não em áreas
desmatadas ilegalmente, por exemplo – Pianez informa que a Marfrig
vai cruzar informações do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), do Laboratório de Geoprocessamento da
Universidade de Goiás, os dados de imagens de satélite do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e também mapas do
Mapbiomas.
“Com sobreposições e análises de todos esses dados conseguimos
identificar onde estão fazendas de cria, recria e engorda e se elas
se relacionam com nossos fornecedores”, continua. “É claro que
existem sobreposições entre esses criadores (fazendas que têm as
três atividades, por exemplo), mas uma vez que a gente conseguir
sobrepor todos esses mapas, vamos identificar as áreas mais
‘quentes’ ou críticas sob o ponto de vista socioambiental”,
descreve Pianez. Ele conta que a área monitorada fica num raio de
400 a 500 quilômetros de cada planta de abates da Marfrig. “De
posse desses dados, vamos pegar as fazendas mais críticas e
identificar quem fornece o gado para o nosso fornecedor direto, ou
seja, mapear todos os fornecedores que entregam o gado para aquele
criador que vende o animal para nós”, descreve.
Pianez informa que o trabalho é complexo, já que lida, só na
Amazônia, com 16 mil fornecedores diretos – sendo que para cada
direto estimam-se 10 indiretos. “Ou seja, temos um universo de
cerca de 160 mil pecuaristas, em todas as fases da cadeia, a serem
monitorados.” No Cerrado, onde o Mapa de Mitigação de Riscos também
será implementado, a Marfrig conta com cerca de 14 mil fornecedores
diretos.
Para conseguir monitorar toda a cadeia, a empresa espera contar
também com o auxílio dos criadores que vendem gado para ela, que
podem repassar as informações sobre aquisição de bois magros, por
exemplo. “O fornecedor direto é o principal elo que a gente precisa
e vai engajar, porque a partir dele a gente consegue fazer a
identificação dessa cadeia, que é super intrincada.”
Pianez conta que, caso haja alguma ilegalidade em alguma etapa,
a ideia não é simplesmente excluir o produtor – só na Amazônia, a
Marfrig conta com 3,5 mil pecuaristas vetados a fornecer para ela.
“Excluir é algo delicado, já que aquele que deixa de fornecer pra
gente vai fornecer para outro frigorífico que aceita comprar o gado
de áreas com algum problema ambiental”, explica o executivo. Assim,
a ideia é tentar verificar o problema in loco e de alguma maneira
contribuir para que aquele produtor que atua na ilegalidade passe a
atuar na legalidade, se regularizar ambientalmente e inclusive
buscar crédito para que conseguir se tecnificar e, naturalmente, se
inserir na cadeia produtiva que age de forma legal. “Num primeiro
momento vai existir a suspensão (do fornecimento de animais), mas
depois estimular que o problema dele seja resolvido por meio de
compromisso formal com órgãos oficiais para sua regularização.”
O executivo comenta que a Marfrig não aceita comprar os animais
nem mesmo se o produtor desmatou áreas que legalmente ele podia.
“Nossa política é de desmatamento zero, principalmente na Amazônia,
a partir do marco legal, de 2008”, reforça.
Os investimentos no novo sistema estão dentro de um aporte maior
que vem sendo feito de dez anos para cá na política de garantir o
fornecimento de gado fora de áreas desmatadas ilegalmente. “Temos
investido nos últimos dez anos R$ 260 milhões em todas as
iniciativas nesse sentido”, conta Pianez. “E temos budget para os
próximos dez anos de mais R$ 500 milhões, sendo que grande parte
disso será empregada nos próximos cinco anos”, continua, e
acrescenta: “Só neste ano e no ano que vem, com o Mapa de Mitigação
de Riscos e outras políticas dentro do Verde Mais, investiremos em
torno de R$ 100 milhões.”
MARFRIG ON (BOV:MRFG3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2024 até Mai 2024
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