Santander: presta contas à sociedade sobre suas ações na questão do meio ambiente
30 Agosto 2021 - 3:39PM
ADVFN News
Pela primeira vez o setor financeiro está prestando contas à
sociedade sobre suas ações na questão do meio ambiente, disse nesta
segunda-feira, 30, o presidente do Banco Santander, Sergio Rial.
Ele participou nesta data de um painel da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban) que discutiu a agenda ESG no Brasil.
De acordo com ele, quando se fala do engajamento do setor
privado na questão ambiental, o primeiro grande evento é a
mobilização do sistema financeiro através das três grandes
plataformas privadas no seu papel e na ajuda no processo de
transição para uma economia de mais baixo carbono. Rial se refere
aos três maiores bancos: Itaú, Bradesco e o Santander.
“A preservação da Amazônia não é um tema puramente, dependendo
com quem você fala, de caráter político. A preservação da Amazônia
é, entre outras coisas, essencialmente, através do mercado mundial
de carbono, uma prova de que ela vale mais preservada do que
destruída”, ponderou Rial.
Para o presidente do Santander (BOV:SANB11), a Amazônia, se
preservada de forma inteligente e coerente, tem um valor
inestimável ao Brasil. Mas esse valor hoje, diz ele, não está
contabilizado no PIB. “Falamos aqui hoje de toda uma economia que
acaba não sendo capturada nas suas métricas contábeis. O que os
três maiores bancos privados têm feito é ter trazido para si a
responsabilidade desse processo de transição, mas de também
encontrarmos o caminho de um desenvolvimento sustentável dentro da
floresta e não somente a partir de São Paulo”, disse Rial.
Ele afirmou que existe dentro do Brasil um distanciamento que
deveria ser encurtado. Nesse caso, disse ele, os três bancos
tiveram o mérito de mobilizar um conselho consultivo com pessoas
conhecidas da academia, mas também do mundo empresarial e da
região.
“Tivemos a humildade de aprender como podemos ser uma força de
transformação para que consigamos encontrar modelos que permitam as
populações locais a terem uma vida digna e crescimento econômico
sem colocarmos em risco a preservação da floresta”, afirmou o
presidente do Santander.
Rial enfatizou ainda que pela primeira vez se vê o setor
financeiro brasileiro, de maneira mais clara, prestando contas à
sociedade. “Agora no mês de setembro, nós temos o Dia da Amazônia,
vai haver um evento de algumas horas em que os três presidentes
destas três organizações Itaú, Bradesco e Santander estarão
prestando contas do que cada um está fazendo individualmente no
intuito de construir uma agenda que seja parte da solução.”
Rial disse que a partir dai que foram travados diálogos com a
indústria de carnes para ver como se pode trazer uma série de
frigoríficos menores e ajuda-los na formalização e preservação.
De acordo com Rial, falar em meio ambiente e governança é também
falar em negócios. O Brasil, de acordo com ele tem um potencial
ambiental enorme, mas precisa transformá-lo em modelos econômicos
viáveis. “Somos uma potência ambiental e temos que influenciar o
resto do mundo. O Brasil tem que se tornar uma bolsa de
neutralização de emissão de carbono”, disse o presidente do
Santander.
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