A Lojas
Quero-Quero reportou prejuízo líquido
de R$ 4,4 milhões, revertendo lucro de R$ 16 milhões do mesmo
período de 2021.
A projeção média de analistas consultados pela Refinitiv era de
um prejuízo de R$ 7 milhões, uma receita de R$ 556 milhões e um
lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda,
na sigla em inglês) de R$ 23 milhões.
A receita líquida foi de
R$ 556,2,2 milhões, dentro do consenso e com alta de 1,5% na base
anual.
“O bom desempenho da receita com serviços financeiros e cartão
de crédito compensou parcialmente a redução da receita do varejo no
trimestre”, comenta a companhia.
A receita bruta do varejo apresentou uma leve queda de 2,9%
no trimestre, chegando a R$ 463,6 milhões, baixa explicada pela
pressão na renda dos consumidores, devido à maior inflação no
período, e pela normalização do consumo pós-pandemia. A receita
bruta dos serviços financeiros, por outro lado, ficou em R$ 142,2
milhões, alta de 18% no ano.
O Ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 47,5 milhões
no segundo trimestre, o que representa queda de 22% em relação ao
mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ficou em 8,5%, queda
de 3,7 pontos percentuais (p.p.).
No critério ajustado, o Ebitda ficou 43,2% abaixo do visto um
ano antes, a R$ 26,2 milhões, enquanto a margem foi de 4,7%, caindo
4,6 p.p. ante o ano passado.
As vendas mesmas lojas do 2T22 apresentaram queda de 10,8%, esta
performance pode ser explicada em grande parte devido ao efeito
base, conforme mencionado. Portanto, mesmo apresentando crescimento
similar ao do 1T22 em relação a 2019, concluímos o trimestre com
leve redução de 2,9% nas vendas totais do varejo quando comparado
ao mesmo trimestre do ano anterior. De um modo geral, o desempenho
de vendas foi similar entre as categorias de nosso mix.
As despesas operacionais totalizaram R$ 165,4 milhões no
trimestre, 6,4% maior e R$ 332,7 milhões no 1S22, aumento de 13,1%
frente ao ano anterior, demonstrando um bom controle de despesas,
em especial nas despesas de G&A; mesmo considerando o cenário
de inflação elevada e os investimentos na expansão (aumento de
17,1% da base de lojas vs. 2T21) e em novos projetos, ambos ainda
não foram totalmente refletidos na base de comparação.
As despesas com vendas tiveram um aumento de 9,5% no
trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. Este
desempenho é menor que o aumento da base de lojas de 17,1% (72
novas lojas frente ao 2T21) e evidencia nossos esforços de controle
de despesas para adequar a sua operação ao cenário atual. O caráter
variável de parte das despesas dentro do modelo operacional, as
iniciativas de renegociação de preços com fornecedores a fim de
evitar o repasse integral da inflação nos reajustes contratuais e
os cortes de despesas não essenciais permitiram um controle de
despesas, alinhado com os nossos pilares operacionais.
As despesas gerais e administrativas tiveram crescimento de
11,4% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior,
atribuído principalmente aos investimentos no novo centro de
distribuição e as despesas da plataforma Figital, investimentos
necessários para dar sustentação ao desempenho de longo prazo da
Companhia (tais investimentos serão comparáveis na análise dos
resultados do segundo semestre).
O aumento das despesas com Centros de Distribuição foi de R$ 1,1
milhão e com o projeto Figital R$ 2,7 milhões no 2T22 totalizando
R$ 3,8 milhões de despesas adicionais (R$ 10,8 milhões vs. 2T19).
Desconsiderando estes investimentos, a evolução das despesas gerais
e administrativas foi inferior à inflação do período (3,4% vs.
11,9% considerando o IPCA de junho acumulado dos últimos doze
meses).
O lucro bruto recuou 4,8% no ano, para R$ 186,9 milhões – com
peso, segundo a Lojas Quero-Quero, de novas regras fiscais.
“Os principais indicadores macroeconômicos não apresentaram
melhora ao longo do primeiro semestre, principalmente com relação
ao consumo e renda. Além disso, a base de comparação do nível de
vendas é elevada, pois o mercado de varejo, no qual estamos
inseridos, apresentou forte desempenho entre o terceiro trimestre
de 2020 e o segundo de 2021”, justificam.
A Quero-Quero também registrou um resultado financeiro negativo
de R$ 27,2 milhões, alta de 73,4% na base anual. “O desempenho
reflete o impacto do IFRS-16 em função da aceleração do ritmo de
expansão da companhia, a maior taxa de desconto dada a recente
inclinação das taxas de juros de longo prazo e ao aumento do custo
da dívida em linha com aumento da taxa de juros”, pontuam.
Ao longo do segundo trimestre de 2022 a Quero-Quero manteve a
estratégia de investimento pensando no longo prazo, através da
abertura de novas lojas e do investimento na plataforma
Figital, revisitaram projetos e despesas, com o objetivo de
estarem aptos a continuar crescendo e ganhando mercado, mesmo em um
cenário macroeconômico ainda incerto.
Assim, a companhia encerrou o segundo trimestre com crescimento
de receitas de 65,2% vs. 2T19, o que corresponde a uma taxa de
crescimento anual composta (CAGR) de 18,2% no trimestre (2T22) e
18,8% no primeiro semestre deste ano (1S22), ao mesmo tempo em que
mantiveram os níveis de inadimplência da carteira de crédito
alinhados com o período prépandemia.
Seguiram com o plano de expansão orgânica, que representa a base
da estratégia de longo prazo, e um pilar essencial para avançar no
ganho de participação de mercado. Durante este trimestre,
inauguraram 14 novas lojas, totalizando 28 inaugurações neste ano,
duas inaugurações a mais que o mesmo período do ano anterior,
totalizando 493 lojas ao final de junho e assim ultrapassaram a
marca de 400 cidades onde tem uma presença local. Embora o foco no
curto prazo permanece nos estados do Sul do Brasil, onde enxergam
oportunidade de expandir para mais 170 cidades, continuam
gradualmente investindo nos estados de MS e SP, onde foram abertas
7 das 28 novas lojas em 2022.
Em 30 de junho de 2022, a dívida líquida ajustada da Companhia
foi de R$ 230,9 milhões, uma melhora sequencial frente ao trimestre
anterior que registrou dívida líquida ajustada de R$ 266,6
milhões.
A melhora é atribuída ao ajuste de capital de giro com
readequação do nível de estoques e fornecedores que vem sendo
realizada desde o início do ano. Ao longo do ano
passado realizaram investimentos em capital de giro para
suportar o crescimento de longo prazo e melhorar o nível de
serviço, dado as dificuldades encontradas na cadeia de
fornecimento. O indicador de alavancagem financeira, Dívida Líquida
Ajustada dividida pelo ebitda Ajustado dos últimos doze meses, foi
de 1,6x.
Os resultados da Lojas Quero-Quero (BOV:LJQQ3) referentes às
suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia
03/07/2022. Confira o Press release na íntegra!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
Lojas Quero-Quero ON (BOV:LJQQ3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
Lojas Quero-Quero ON (BOV:LJQQ3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024