Intel planeja milhares de cortes de empregos diante da desaceleração da demanda dos PCs
12 Outubro 2022 - 9:15AM
ADVFN News
A Intel (NASDAQ:INTC) está planejando
cortar custos eliminando milhares de empregos neste
outono, informou a Bloomberg na terça-feira (11),
prevendo que a organização de vendas e marketing da fabricante de
chips pode perder até 20% de sua equipe.
A Intel também é negociada na B3 através do ticker
(BOV:ITLC34).
Os cortes relatados ocorrem em meio a um declínio acentuado na
receita, arrastado pela queda na demanda por PCs. Em
julho, a Intel cortou sua previsão de vendas para
2022 para US$ 67 bilhões, abaixo dos US$ 79 bilhões do ano
passado. E alertas antecipados de outras empresas de
tecnologia sugerem que o mercado de PCs continuou a declinar
durante o verão.
A Intel não quis comentar terça-feira sobre o relatório da
Bloomberg. O relatório disse que a Intel pode anunciar os
cortes quando divulgar os resultados financeiros trimestrais em 27
de outubro, citando pessoas não especificadas “com conhecimento da
situação”.
A Intel tem cerca de 114.000 funcionários em toda a empresa,
aproximadamente um quinto deles em Oregon. A empresa é o maior
empregador corporativo do estado, uma âncora para a economia
regional. Demissões amplas em toda a empresa poderiam
facilmente deixar centenas de moradores de Oregon sem trabalho.
A perspectiva de demissões é uma reversão chocante para a Intel,
que vinha sofrendo com a escassez de trabalhadores no ano
passado em meio à forte demanda por chips de
computador. E a Intel começou um boom de construção, com duas
novas fábricas de chips em construção no Arizona e mais duas
chegando em Ohio.
Com o mercado de PCs agora em queda pós-pandemia, a Intel se
colocou em uma posição difícil ao comprometer bilhões de dólares
para expandir os negócios, mesmo com as vendas
caindo. Portanto, as demissões não seriam surpreendentes,
especialmente em unidades de negócios que não geram receita
direta.
A Bloomberg informou que o machado será mais pesado no grupo de
vendas e marketing da Intel, com essa organização perdendo até um
em cada cinco empregos. Cortes acentuados no grupo de
fabricação e pesquisa da Intel podem ser menos prováveis, com o
novo CEO Pat Gelsinger comprometido com um plano ambicioso – e caro
– para reconstruir a proeza de fabricação e tecnologia da
Intel.
Essa aposta ainda pode valer a pena se a Intel puder entregar a
sucessão de atualizações para seus microprocessadores que
prometeu. Mas com as vendas em declínio e a economia global
oscilando à beira da recessão, a Intel pode passar por um período
excruciante, mesmo se o projeto de recuperação de Gelsinger for
bem-sucedido.
A Intel teve duas grandes rodadas de demissões em 2015 e 2016,
quando a empresa se reestruturou em preparação para o declínio de
longo prazo em seu grupo de PCs, eliminando 13.000 empregos no
total. Essas demissões foram um momento cultural doloroso para
a Intel, criando ressentimento e amargura persistentes quando o
ex-CEO Brian Krzanich tentou reposicionar o negócio.
A Intel agora enfrenta crescente insatisfação com seus
investidores. As ações da empresa perderam quase metade de seu
valor este ano, caindo de cerca de US$ 50 por ação no final de 2021
para US$ 25,04 no fechamento de terça-feira.
A taxa de desemprego do Oregon permanece perto de uma baixa
histórica, em 3,7%. Os cargos vagos no estado superam com
folga as pessoas à procura de trabalho, mas a inflação crescente,
os aumentos das taxas de juros federais e a incerteza econômica
global podem rapidamente obscurecer o quadro econômico de
Oregon.
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