Auren Energia reportou lucro líquido de R$ 2,45 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento surpreendente de 5.743% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os lucros trimestral e anual foram impulsionados pela contabilização da indenização referente a Três Irmãos, após a companhia ter fechado, em dezembro do ano passado, um acordo com a União para encerrar uma disputa que se prolongava há 10 anos. Em valores corrigidos, a indenização soma R$ 4,2 bilhões e será paga em sete anos, com a primeira parcela prevista para outubro.

A receita operacional líquida totalizou R$ 1.485 milhões, uma redução de 21% em relação aos R$ 1.872 milhões no 4T21.

O resultado da receita é decorrente:

Geração Hidrelétrica: aumento de R$ 46 milhões ou 12% em relação ao 4T21, devido ao reajuste dos contratos por inflação e ao encerramento dos instrumentos financeiros derivativos em moeda estrangeira em dezembro de 2021;

Geração Eólica: crescimento de R$ 23 milhões ou 18% em relação ao 4T21, explicado, principalmente, pela entrada em operação dos complexos eólicos Ventos do Piauí II e III, além de reajuste dos contratos por inflação;

Comercialização: redução de 19% ou R$ 282 milhões na receita proveniente das operações de trading de energia, explicada por volume 17% inferior ao transacionado no 4T21 (1.433 MW médios no 4T22 versus 1.733 MW médios no 4T21) e por menores preços observados no mercado (R$199/MWh no 4T22 versus R$ 255/MWh no 4T21), totalizando R$ 1.181 milhões no 4T22 versus R$ 1.463 milhões no 4T21; e

Eliminações: redução de R$174 milhões em relação ao 4T21, explicado, principalmente, pelo aumento do volume de operações intercompany entre os ativos de geração e a Comercializadora. Para melhor entendimento dessas operações, acesse a seção “Informações Importantes” desse documento.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado, que exclui provisão/reversão de litígios, baixa de depósitos judiciais e inclui dividendos recebidos, saltou 51,3% no quarto trimestre, para R$ 520,8 milhões, com a margem Ebitda ajustada passando de 18% para 35%.

O resultado financeiro líquido foi de R$ 2.067 milhões, versus uma despesa de R$210 milhões no 4T21, em virtude dos efeitos de contabilização do acordo judicial da indenização da UHE Três Irmãos.

Os custos e as despesas operacionais totalizaram R$ 897 milhões no 4T22, uma redução de 48% em relação aos R$ 1.728 no 4T21.

O endividamento bruto da Companhia ao final do 4T22, era de R$ 5,9 bilhões em comparação aos R$ 4,7 bilhões no 4T21.

A posição de caixa e equivalentes ao final do 4T22 era de R$ 3,4 bilhões versus R$1,9 bilhão no mesmo período do ano passado. Esse saldo reflete, principalmente: o aporte de R$ 1,5 bilhão recebido do acionista controlador CPP Investments, em fevereiro de 2022, no contexto da reorganização societária; a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões, em dezembro de 2021, para investimentos e reforço de caixa e geração corrente de caixa.

A dívida líquida da empresa diminuiu 13,4% no comparativo entre mesmos trimestres, somando R$ 2,48 bilhões, contra mais de R$ 2,87 bilhões no ano anterior.

A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA Ajustado, encerrou o 4T22 em 1,4x versus 2,6x no 4T21.

Auren Energia aprova pagamento de dividendos no valor de R$ 1,5 bilhão

O conselho de administração da Auren Energia aprovou o pagamento de dividendos no montante total de um R$ 1.500.000.000,00.

Esse valor corresponde a R$ 1,50 por ação.

Os dividendos, caso aprovados em assembleia geral, serão pagos em 15 de maio de 2023, de acordo com as posições acionárias existentes no encerramento do pregão da B3 do dia 04 de maio de 2023 (data base).

Os resultados da Auren (BOV:AURE3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 16/02/2023. Confira o Press Release!!

Teleconferência

A Auren Energia buscará antecipar o recebimento de cerca de R$ 4,2 bilhões referentes à indenização pela usina hidrelétrica de Três Irmãos, disse nesta sexta-feira o CFO da geradora renovável, Mario Bertoncini.

A ideia, segundo o executivo, é que a operação de securitização, para antecipação de recebíveis, ocorra até meados deste ano.

“Trabalhamos como uma possibilidade real (de antecipar os recebíveis), até para fazer conta, dar conta do investimento em Capex e também buscarmos a viabilização da segunda tranche dos dividendos”, afirmou, durante teleconferência de resultados.

O acordo fechado com a União em torno do caso de Três Irmãos prevê o pagamento dos valores em sete anos, em parcelas que começam em outubro deste ano.

Com a resolução do imbróglio judicial de Três Irmãos, a Auren fechou o ano passado com um lucro líquido de R$ 2,67 bilhões, contra R$ 420,3 milhões em 2021.

O desfecho do caso também levou a administração a aprovar um pagamento de dividendos de R$ 1,5 bilhão referente ao resultado de 2022 –a proposta ainda precisa ser aprovada em assembleia geral de acionistas.

Também foi proposto pela companhia uma segunda tranche de dividendos, também no montante de R$ 1,5 bilhão, para distribuição no quarto trimestre.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Infomoney, Valor

Auren Energia ON (BOV:AURE3)
Gráfico Histórico do Ativo
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