Copel prevê andamento célere no TCU e TCE-PR para destravar privatização
11 Julho 2023 - 11:16AM
ADVFN News
A Copel SA prevê andamento célere das discussões nos órgãos de
controle TCU e TCE-PR, consideradas as principais pendências para o
lançamento da oferta de ações que levará à privatização da
companhia, embora ainda não haja um cronograma fechado para a
operação, disse o CEO da elétrica nesta terça-feira.
A estatal paranaense conseguiu, na véspera, a aprovação dos
acionistas para uma reforma de seu estatuto social que permite a
privatização, com regras semelhantes às adotadas na Eletrobras. A
aprovação ocorreu apesar da posição contrária do BNDESPar, que
detém cerca de 24% do capital da Copel (BOV:CPLE6).
Segundo Daniel Slaviero, as próximas definições importantes
estão associadas à definição do bônus de outorga a ser pago pela
renovação de concessões hidrelétricas, no âmbito do Tribunal de
Contas da União (TCU), e ao preço mínimo da oferta de ações para
desestatização, a cargo do Tribunal de Contas do Paraná
(TCE-PR).
No caso do TCU, a discussão foi iniciada na semana passada, mas
teve seu processo interrompido por um pedido de vista, por 30 dias,
do ministro Vital do Rêgo.
“A gente acredita que possa haver uma análise mais célere pelo
ministro, pelo fato de o cálculo ter sido feito pelo Ministério de
Minas e Energia, pelo acompanhamento da equipe técnica de ambas as
pastas (TCU e Ministério), e pelo fato de o gabinete do ministro já
conhecer o processo”, disse Slaviero, lembrando que Vital do Rêgo
foi relator de um processo anterior referente à principal
hidrelétrica que terá contrato renovado.
A renovação das concessões de três hidrelétricas, que deve
exigir aportes bilionários, é parte “intrínseca” da privatização da
Copel, disse o CEO, uma vez que faz parte dos benefícios que a
companhia terá se seguir adiante com o processo.
Outro ponto a ser resolvido é a definição do preço mínimo da
oferta, que está sob responsabilidade do TCE. Slaviero afirmou que
essa análise contará com três referências: dois “valuations”
independentes e uma lei estadual que impede que o governo do Paraná
venda ativos abaixo do valor patrimonial.
“O próprio TCE já manifestou que vai levar essa referência, é
uma lei geral que vale para todas as participações que o Estado
detém, que ele não pode vender abaixo do valor patrimonial”,
explicou.
Assim como no caso da Eletrobras, o preço mínimo não deverá se
tornar público. A companhia entende que isso influencia na dinâmica
do “book building” durante a precificação da oferta de ações.
Slaviero disse esperar uma resolução dessas questões “nas
próximas semanas”, mas que ainda não há “visibilidade concreta”
sobre quando a oferta de ações será lançada a mercado.
“Não temos cenário bem claro, esperamos que isso possa se
organizar nas próximas semanas. E aí (o lançamento da oferta) vai
depender das condições de mercado”, disse.
Entre os pontos ainda a ser considerados no cronograma, que
podem afetar roadshows e precificação, estão as férias de verão no
Hemisfério Norte durante o mês de agosto e eventuais restrições da
CVM caso a companhia queria usar o balanço do segundo trimestre
como referência para a operação.
Informações Reuters
COPEL PNB (BOV:CPLE6)
Gráfico Histórico do Ativo
De Out 2023 até Nov 2023
COPEL PNB (BOV:CPLE6)
Gráfico Histórico do Ativo
De Nov 2022 até Nov 2023