O TC, antigo Traders Club, registrou prejuízo líquido de R$ 8,8 milhões no terceiro trimestre de 2023, número pouco menor do que o déficit de R$ 7,5 milhões anotados no mesmo intervalo de 2022.

A receita líquida da companhia, que trabalha com serviços financeiros, caiu 28,3% no ano, saindo de R$ 17,3 milhões para R$ 12,4 milhões – em grande parte acompanhando o recuo de usuários.

“Ao final do terceiro trimestre de 2023, a quantidade de clientes que efetuaram pagamentos na plataforma alcançou 38 mil. A quantidade representa uma redução de 11,6% na comparação anual”, diz a empresa no documento publicado na noite desta quarta-feira (8).

A empresa viu os custos dos serviços prestados caírem 11% no ano, para R$ 9,3 milhões. Mesmo assim, a margem bruta do TC ficou em 24,4%, ante 39,1% um ano antes.

As despesas operacionais ficaram em R$ 8,6 milhões, caindo 74,3% no ano. A companhia atribuiu a baixa, principalmente, ao seu processo de disciplina financeira. Eles citam a otimização do quadro de colaboradores, revisão de gastos com ferramentas e infraestrutura e renegociações com fornecedores.

“Ao final do terceiro trimestre de 2023, a companhia contava com 313 funcionários. O número representa uma redução de 39,5% em relação ao terceiro trimestre de 2022”, explicam.

Segundo o release, seu Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 239 mil, revertendo prejuízo operacional de R$ 13,8 milhões do mesmo intervalo de 2022. O Ebitda Ajustado, descartando efeitos não recorrentes como rescisões, seria de R$ 1,8 milhões.

O TC fechou setembro com uma posição de caixa líquida de R$ 106,1 milhões, ante R$ 185,5 milhões um ano antes.

Os resultados da TC (BOV:TRAD3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/11/2023.

Teleconferência

O TC espera que o Banco Central aprove sua Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários até o final do ano, disse nesta quinta-feira o fundador e CEO da plataforma para investidores, Pedro Albuquerque, durante teleconferência de resultados do terceiro trimestre.

A corretora própria é a grande aposta do TC para aumentar o faturamento, assim como a expansão no segmento de clientes corporativos, ou B2B, que passou no último trimestre a responder por mais de metade das receitas da companhia.

“Não existe uma data limite para a aprovação, mas estamos otimistas e o processo tem corrido bem. Tudo que o BC tem pedido, temos entregado no prazo”, disse o CEO.

A aprovação da DTVM é crucial para o crescimento da receita da companhia, segundo Albuquerque. Hoje, a TC Investimentos opera sua corretora junto a um parceiro, a Genial Investimentos, o que faz com que o TC fique apenas com uma parcela da receita gerada pelos clientes.

Albuquerque disse que, a partir da aprovação, o faturamento da empresa deve alcançar um novo patamar, mesmo porque a TC Investimentos “tem batido recorde de contas ativadas e clientes operando”, acrescentou.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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