Braskem (BRKM5): prejuízo líquido de R$ 2,418 bilhões no 2T23, alta de 119,2%
09 Novembro 2023 - 9:45AM
ADVFN News
A Braskem reportou no terceiro trimestre de 2023 um prejuízo de
R$ 2,418 bilhões, 119,2% maior ante as perdas de R$ 1,103 bilhão no
mesmo período de 2022. O resultado foi superior na comparação com
os três meses imediatamente anteriores, quando havia apurado
prejuízo de R$ 771 milhões, de acordo com o balanço trimestral
divulgado na noite de quarta-feira, 08, pela companhia.
De acordo com a Braskem, o desempenho negativo no lucro líquido
aconteceu em função, principalmente, do impacto da variação cambial
no resultado financeiro, dada a depreciação do real final frente ao
dólar final de 4% sobre a exposição líquida da companhia, no
montante de US$ 4,0 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) recorrente atingiu R$ 921 milhões no período, queda de
53% ante um ano. No intervalo trimestral, contudo, foi registrado
avanço de 31%.
A companhia aponta que o avanço sequencial no Ebitda foi
provocado pelo maior volume de vendas e volume exportado de resinas
no Brasil, além do avanço em vendas de polipropileno (PP) no
segmento Estados Unidos e Europa. Outro fator destacado pela
Braskem que impulsionou o indicador foi o reconhecimento no
resultado do REIQ (Regime Especial da Indústria Química), referente
à apuração dos créditos fiscais relativos aos meses de janeiro a
setembro de 2023.
A receita líquida, por sua vez, somou R$ 16,676 bilhões, queda
de 34% ante um ano e recuo de 6% na comparação com os três meses
imediatamente anteriores.
Os resultados da Braskem (BOV:BRKM3)
(BOV:BRKM5) (BOV:BRKM6)
referentes suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram
divulgados no dia 09/11/2023.
Teleconferência
Em entrevista concedida após a divulgação de seu balanço, a
Braskem voltou a chamar a atenção para os efeitos negativos que o
ambiente de maior competição de produtos importados tem gerado na
companhia e no setor. E voltou a defender uma política que um mundo
mais fragmentado e protecionista, o Brasil precisa também adotar
uma política que dê suporte para a indústria local. “Em um mundo
cada vez mais fragmentado e protecionista, é importante que o
Brasil também tenha a sua política”, afirmou Pedro Freitas, CFO da
Braskem.
A companhia petroquímica registrou um prejuízo de R$ 2,418
bilhões no terceiro trimestre, 119,2% maior que as perdas de R$
1,103 bilhão no mesmo período de 2022. Mas o resultado mostrou uma
melhora em relação ao trimestre anterior, quando o prejuízo havia
sido de R$ 771 milhões. A companhia atribuiu esse desempenho
principalmente ao impacto da variação cambial no resultado
financeiro, dada a depreciação do real final frente ao dólar final
de 4% sobre a exposição líquida da companhia, no montante de US$
4,0 bilhões.
O ambiente internacional desfavorável, diante da queda do nível
do consumo mundial, já vem sendo apontado pela companhia como uma
fonte de preocupação desde o segundo trimestre. Agora, Freitas
afirma considerar ser “fundamental” a retomada do patamar original
do Regime Especial da Indústria Química (Reiq). Quando criado, em
2013, o Reiq previa uma alíquota de incentivo por meio de créditos
de PIS Cofins de 8%. “A situação hoje é muito pior e a alíquota
está em 1,4%”, diz Freitas, acrescentando que há estudos
comprovando o efeito positivo que essa política pode gerar sobre o
PIB.
A Braskem registrou uma alavancagem de 12,2 vezes pela relação
entre dívida líquida e Ebitda em dólar em setembro o que, segundo
Freitas, já era um resultado esperado, diante do ciclo de baixa da
indústria. A expectativa do executivo, entretanto, é de que o
indicador comece a cair já a partir do quarto trimestre. “De todo
modo, a dívida líquida da companhia é baixa e controlada”,
acrescentou.
Sobre a oferta não vinculante apresentada pela Adnoc ontem pelo
controle da companhia, o CEO Braskem, Roberto Bischoff, afirmou que
é muito cedo para fazer qualquer análise. Mas reiterou que a
companhia está pronta para contribuir para a due diligence, caso
essa seja a decisão dos acionistas.
Sobre um possível aumento das exportações caso a Adnoc
concretize a aquisição, Bischoff, observou que as plantas que estão
no Brasil tem vocação para atender o mercado doméstico e isso vai
continuar existindo. “Dependendo da competitividade das cadeias, a
produção pode ser exportada também, mas isso é da dinâmica dos
negócios”, afirmou.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Reuters
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