Como esperado, os resultados do terceiro trimestre de 2023 (3T23) de TIM e Vivo vieram sólidos e acima das expectativas do mercado. A TIM lucrou R$ 724 milhões, acima dos R$ 564 milhões esperados pelo consenso LSEG enquanto a Vivo teve lucro de R$ 1,4 bilhão, ante os R$ 1,18 bilhão projetados pelo LSEG. E, entre as duas, para o JPMorgan, a TIM oferece condições superiores para ser considerada a preferida no setor.

A preferência pela companhia é motivada, principalmente, pelo valuation considerado “menos esticado” (ou seja, ação mais barata) em comparação com a Vivo e a perspectiva de crescimento superior de fluxo de caixa livre operacional (em inglês, corresponde à sigla OpFCF).

De acordo com o JPMorgan, o avanço poderá ser sustentado pela “perspectiva melhor para o mercado móvel no Brasil, sendo que a TIM (BOV:TIMS3) é quase exclusivamente focada nesse segmento”.

O banco entende que a companhia poderá crescer a uma taxa de 8% de crescimento atual composto (CAGR, na sigla em inglês). A expectativa se baseia em crescimento de receitas de serviços em 5,6% ao ano, motivada pela dinâmica positiva do mercado móvel brasileiro (que corresponde a aproximadamente 95% do negócio, para a TIM) e na diluição dos gastos com investimentos (capex, em inglês).

“A diluição de capex foi auxiliada por quantidades relevantes de espectro adquirido da Oi, que ajudou a fechar a lacuna da TIM em relação aos concorrentes, atingindo índices de capex/receitas de 15,8% em 2027, comparado a 17,3% em 2024”, considera o relatório.

Assim, há expectativa do JPMorgan de que o fluxo de caixa incremental seja devolvido aos acionistas. A hipótese se baseia no aumento dos dividendos apresentada pela Tim em 2023, com crescimento de R$ 3,4 bilhões para R$ 3,9 bilhões. A preferência pela TIM, portanto, se baseia tanto nos números próprios e potencial apresentados quanto pela comparação com pares latino-americanos, como Tigo e Vivo.

Com a revisão, o JPMorgan elevou estimativas para as duas companhias de telecomunicações brasileiras, com aumento de receita em 2% e 3%, respectivamente, para 2024 e 2025 para a TIM e avanço de 1% na receita de 2025 para Vivo. A análise mantém a estimativa de receita para 2024 para a Vivo.

A recomendação para Vivo (BOV:VIVT3) continua em underweight (exposição abaixo da média, similar à venda), em especial pelos obstáculos oferecidos pelos legados (plataformas em obsolescência) e o crescimento abaixo da inflação de serviços fixos totais. Ainda assim, a companhia se beneficia também da dinâmica móvel no Brasil, uma vez que conta com 70% de sua receita de serviços no segmento.

A atuação e o desempenho positivo na fibra, assim como o avanço de iniciativas digitais, por sua vez, motivaram o aumento de preço-alvo para 2024, de R$ 40,oo para R$ 44,00.

A meta de preço para TIM também foi aumentada para R$ 20,00 ante os R$ 19,00 anteriores e o banco considera o nome como overweight (exposição acima da média, similar à compra).

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