Eneva prevê investimentos de aproximadamente R$ 4 bilhões para expandir termelétrica Celse em Sergipe
24 Julho 2024 - 1:50PM
ADVFN News
A Eneva prevê investimentos de aproximadamente R$ 4 bilhões para
expandir a capacidade da termelétrica Celse em seu hub Sergipe para
2,8 GW, ante os atuais 1,6 GW, afirmou o diretor de Marketing,
Comercialização e Novos Negócios, Marcelo Cruz Lopes, à
Reuters.
Os aportes devem ser confirmados se a companhia ganhar contratos
no próximo leilão de reserva de capacidade do governo, previsto
para este ano. No certame do governo, cuja data ainda não está
definida, a empresa prevê fechar também a recontratação das
térmicas Parnaíba I e Parnaíba III, cujos contratos vencem no fim
de 2027.
“Tendemos a ser bastante competitivos nesse leilão”, disse o
executivo em entrevista, ao citar a estimativa de orçamento com
base nos estudos de engenharia em desenvolvimento, após participar
na terça-feira de evento em Aracaju.
A usina da Eneva (BOV:ENEV3), uma das maiores do país, deverá
absorver parte da oferta de gás natural remanescente da unidade
flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) da empresa, com
capacidade de 21 milhões de m³/dia, na região metropolitana de
Aracaju, no litoral de Sergipe.
Atualmente, a Celse consome cerca de 6 milhões de m³/dia. A
expansão, caso contratada nesse leilão, deverá demandar
aproximadamente 7 milhões de m³/dia, conforme o executivo.
A licitação, que deverá gerar oportunidades para geradores
termelétricos e hidrelétricos, estava originalmente prevista para
ocorrer em agosto, mas o Ministério de Minas e Energia não publicou
até agora as regras finais e um cronograma atualizado.
Para Lopes, a demora para a realização do leilão pode colocar o
sistema em “situação de fragilidade”, em caso de uma piora do
cenário de suprimento de energia no Brasil.
O país ingressou no período seco deste ano com reservatórios de
hidrelétricas em níveis ainda confortáveis, mas com projeções ruins
para a hidrologia.
“A gente já teve acionamento de térmica em julho, que geralmente
é um mês em que a carga não é tão alta, mas precisou de térmica
para poder ajudar a fechar a ponta (horários de maior demanda)”,
disse o diretor da Eneva, companhia que detém o segundo maior
parque térmico do Brasil, depois da Petrobras.
Segundo ele, o último trimestre do ano poderá ter um período de
despacho mais “intenso” para o Brasil, dependendo também do cenário
hídrico que se concretizar, principalmente a partir de novembro,
quando começa o chamado período úmido, importante para o
abastecimento das hidrelétricas.
“Nós achamos que, provavelmente, em outubro e novembro (…)
podemos ter momento de certa emoção para poder atender a demanda de
potência do sistema”, afirmou.
Na terça-feira, ele participou de eventos de celebração da reta
final das obras da conexão de seu Hub Sergipe à malha de gasodutos
da transportadora de gás TAG, em Aracaju.
A previsão da TAG é iniciar as operações do novo trecho do
gasoduto, com capacidade de 14 milhões de metros cúbicos por dia
(m³/d) de GNL, em outubro, em medida que também permitirá que a
Celse tenha o gás natural nacional como uma alternativa.
Informações Infomoney
ENEVA ON (BOV:ENEV3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Ago 2024 até Set 2024
ENEVA ON (BOV:ENEV3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Set 2023 até Set 2024