A inflação nos Estados Unidos em janeiro veio bem acima do esperado pelos analistas. Isso diminui as esperanças de que o Fed faça novos cortes na taxa de juros norte-americana no curto prazo. O próprio Jerome Powell disse isso textualmente em sua sabatina no Senado dos EUA ontem. Com juros maiores por lá, menor é o fluxo de investimentos diretos nos ativos brasileiros. É menos dólar entrando, pressionando ainda mais a inflação. Com a inflação maior, o Banco Central do Brasil tem que subir os juros para tentar controla-la. Esse é o raciocínio do investidor no mercado de juros.

Com a expectativa de juros maiores, é natural que os juros futuros negociados na B3 se valorizem. E hoje não foi diferente. Os juros caíam até a divulgação do CPI. Com o resultado, passaram a subir forte. Quase todos fecharam em forte alta. Uma das exceções ficou com o DI de vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27), um dos mais negociados da B3, que já estava esticado e terminou o dia estável, em 15,06%.

A únicas desvalorização foi registrada pelo DI1F26, que caiu 0,30%, fechando cotado 14,895%. Na sessão anterior, o juro futuro com vencimento em janeiro de 2026 tinha fechado cotado em 14,94%. maior valorização do dia (-0,66%),

DI1F26 e DI1F27 são os contratos de DI Futuro mais negociados na BM&F atualmente. Nesta quarta-feira, foram negociados 898.434 contratos de DI1F26 e 707.638 contratos de DI1F27. Ambos os volumes foram bem superiores ao registrado na véspera.

No mercado de juros futuros de longo prazo, o DI  com vencimento em janeiro de 2035 (BMF:DI1F35) valorizou-se (+0,61%), passando de 14,69% para 14,78%.

Entre os juros futuros de curtíssimo prazo, destaque para o DI futuro com vencimento em julho (BMF:DI1N25), que teve 506.630 negócios, perdeu 0,14% e fechou em 14,16%.

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Como foi o mercado de juros futuros nesta quarta-feira (12/02/25)?

Os juros futuros abriram em leve queda nesta quarta-feira, mas logo recuperaram-se aproveitando o clima de otimismo da véspera, quando a inflação brasileira deu forte sinais de desaceleração em janeiro. Com um mercado externo estável e uma política fiscal minimamente sensata, a taxa Selic poderia começar a ser reduzida a partir de meados do ano.

Mas tudo mudou às 10h30, quando a inflação dos EUA foi divulgada. Com a alta da inflação por lá, os juros tendem a subir ou manter-se elevados no mundo inteiro, principalmente em economias emergentes como a brasileira. Assim, os vértices da curva de juros passaram a subir, zerando as perdas de ontem. O pessimismo quanto o futuro da taxa Selic voltou com força.

Para piorar, o Bacen divulgou que tivemos um fluxo cambial negativo na última semana. Mais pressão sobre o Copom e o mercado de juros futuros.

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DI1F35 - Janeiro 2035 (BMF:DI1F35)
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DI1F35 - Janeiro 2035 (BMF:DI1F35)
Gráfico Histórico do Ativo
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