Brasil: perfil de vencimento dos títulos da dívida pública federal em Junho de 2015

A maior parte das obrigações da Dívida Pública Federal (DPF) tem prazo de vencimento acima de cinco anos (32,39%), porém, o percentual de títulos e contratos da Dívida Pública Federal (DFP) a vencer nos próximos doze meses apresentou ligeira elevação, passando de 21,07%, em maio, para 21,19%, em junho. Chama bastante atenção o fato dessa taxa estar próxima de atingir o percentual mínimo vincendo em 12 meses estipulado pelo Tesouro Nacional. De acordo com seu Plano Anual de Financiamento (PAF), os limites mínimo e máximo de títulos e contratos vencendo a curtíssimo prazo são, respectivamente, 21% e 25%. O prazo médio da DPF apresentou redução, passando de 4,69 anos em maio para 4,58 em junho. Já a vida média da DPF brasileira em junho de 2015 é de 6,68 anos.

São Paulo, 27 de Julho de 2015 – De acordo com o Tesouro Nacional, o percentual de títulos e contratos da Dívida Pública Federal (DFP) a vencer nos próximos doze meses registrou leve elevação, passando de 21,07%, em maio, para 21,19% em junho de 2015. O percentual atual não ultrapassa o limite máximo de vinte e cinco por cento previsto pelo Plano Anual de Financiamento (PAF).

A maior parte das obrigações da DPF tem prazo de vencimento acima de cinco anos (32,39%). A parcela de títulos e contratos restantes têm prazo de vencimento de: 1 a 2 anos (17,08%), 2 a 3 anos (9,85%), 3 a 4 anos (14,87%) e 4 a 5 anos (4,62%).

O volume de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) a vencer em até 12 meses passou de 21,63% em maio para 21,72% em junho. Os títulos prefixados correspondem a 79,72% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 11,05% desse total.

Em relação à Dívida Pública Federal externa (DPFe), observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 10,42%, em maio, para 10,46%, em junho, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 53,42% desse montante. Destaca-se que os vencimentos acima de 5 anos respondem por 56,02% do estoque da DPFe.

Prazo Médio

O prazo médio da DPF apresentou diminuição, passando de 4,69 anos, em maio, para 4,58 anos, em junho. Com a diminuição registrada no sexto mês do ano, o prazo médio manteve-se entre o limite estabelecido pelo Plano de Financiamento Anual, entre 4,40 e 4,60 anos.

O prazo médio da DPMFi reduziu-se, ao passar de 4,56 anos para 4,46 anos. NTN-B é o componente da dívida interna brasileira com prazo médio de vencimento mais longo (8,09 anos). NTN-C (6,08 anos), NTN-F (3,88 anos) e Dívida Securitizada (4,83 anos) também destacam-se no rol de dívida de longo prazo de vencimento. Por sua vez, LTN é o título com menor prazo médio de vencimento (1,28 anos). Já as LFT e TDA apresentam prazo médio de 3,85 e 3,41 anos, respectivamente.

O prazo médio da DPFe reduziu-se de 7,17 anos para 7,14 anos.. O prazo médio da dívida externa mobiliária é um pouco maior: 7,45 anos, Essa dívida é composta pelos Global USD, com prazo médio de 7,97 anos, pelo Euro, com prazo médio de 4,53 anos, e pelo Global BRL, cujo prazo médio de vencimento é de 4,94 anos. Já o prazo médio de vencimento da dívida externa contratual é, atualmente, de 3,80 anos. Os contratos firmados com organismos multilaterais vencem, em média, daqui a 5,82 anos; enquanto que os contratos firmados junto a credores privados e agências governamentais tem prazo de validade médio de 2,45 anos.

Vida Média

De acordo com o Tesouro Nacional, a vida média da DPF brasileira em junho de 2015 é de 6,68 anos. A vida média é calculada por meio da média ponderada do tempo restante até o vencimento de cada um do títulos que compõem a DPF, considerando apenas o principal. A ponderação ocorre pelo valor de cada título, utilizando-se o seu valor de face. Essa metodologia de cálculo é vastamente encontrada na literatura internacional e, portanto, permite uma maior comparabilidade do Brasil com outros países no que se refere à maturidade da dívida pública.

A DPMFi brasileira apresentou em junho uma vida média de 6,43 anos. Dentre os títulos que compõem a dívida interna, os prefixados são os que possuem menor tempo de vida média (2,47 anos), enquanto os indexados por índices de preços são os que possuem a vida média mais longa (13,88 anos). Os títulos indexados por taxa flutuante fecharam junho com vida média de 3,79 anos.

A DPFe, por sua vez, é mais longa, apresentando uma vida média de 11,82 anos. A parcela mobiliária da dívida externa tem vida média de 12,52 anos. Já a parcela contratual da mesma apresenta uma vida média mais curta: 4,16 anos.

Notícias Relacionadas