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Inflação medida pelo IGP-DI registra desaceleração em Agosto de 2015

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São Paulo, 04 de Setembro de 2015 – A inflação medida mensalmente pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou o oitavo mês do ano com 581,618 pontos, após registrar valorização mensal de 0,40%. No mês anterior, o índice oscilou 0,58%. Nos últimos doze meses, o IGP-DI acumula alta de 7,80%.

Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-DI é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre os dias 01 (um) e 31 (trinta e um) do mês de referência.

A aceleração do IGP-DI registrada em agosto foi alavancada pela valorização do Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI) – que tem peso de 10% na composição do indicador e mede a variação dos preços na construção civil.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em agosto, taxa de variação de 0,59%, acima do resultado do mês anterior, de 0,59%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,27%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,26%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,87%, em agosto. No mês anterior, este índice registrou alta de 0,80%.

Com peso de 60% na composição do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI) mede a evolução dos preços no setor atacadista brasileiro. O IPA-DI registrou, em agosto, variação de 0,44%. Em julho, a taxa foi de 0,61%. O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de -0,49%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,26%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,95% para -7,06%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,33%, ante 0,44%, no mês anterior.

O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de 0,77%, ante 0,60%, no mês anterior. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa de variação passou de 1,35% para 2,25%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de 0,88%. No mês anterior, a variação foi de 0,60%.

No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa de variação passou de 1,07%, em julho, para 1,19%, em agosto. Os destaques no sentido ascendente foram: café (em grão) (-1,10% para 7,54%), leite in natura (1,08% para 1,96%) e arroz (em casca) (-0,93% para 3,16%). Em sentido descendente, vale mencionar: minério de ferro (-0,44% para -2,45%), milho (em grão) (5,12% para 1,89%) e soja (em grão) (6,51% para 5,17%).

Com peso de 30% na composição do IGP-DI, o Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) registrou variação de 0,22%, em agosto, ante 0,53%, no mês anterior. Três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa do IPC partiu do grupo Alimentação (0,79% para -0,11%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 1,67% para -10,28%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (1,03% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,30% para 0,12%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (3,62% para -0,59%) e alimentos para animais domésticos (1,48% para -0,14%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,48%), Transportes (0,00% para 0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,64%), Vestuário (-0,33% para -0,10%) e Comunicação (0,21% para 0,36%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: passagem aérea (-16,66% para 6,03%), gasolina (0,03% para 0,54%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,37% para 1,19%), roupas femininas (-1,08% para -0,26%) e mensalidade para tv por assinatura (0,60% para 2,08%), respectivamente.

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