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Veja quais foram os itens que mais pressionaram o aumento da inflação medida pelo IPCA em Setembro de 2015

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São Paulo, 08 de Outubro de 2015 – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de setembro apresentou oscilação mensal de 0,54%. Essa taxa de variação é 0,32% maior que a valorização registrada no mês anterior (0,22%) e 0,03% menor que a aferida em setembro de 2014 (0,57%). Com alta de 1,30%, foi o grupo Habitação que apresentou a maior variação no nono mês do ano.

O grupo Habitação foi o grande destaque da variação do IPCA em setembro de 2015. O botijão de gás teve peso de 1,07% nos cálculos do IPCA. O gás liquefeito de petróleo para uso residencial ficou 12,98% mais caro nos pontos de distribuição ao consumidor. Enquanto em algumas regiões pesquisadas o preço do produto aumentou bem menos do que o reajuste concedido, a exemplo do Rio de Janeiro, que ficou em 9,49%, outras ultrapassaram muito desta variação: Em Vitória atingiu 20,08%, Goiânia, 19,68%, e Brasília, 19,23%. O preço do gás acumula 17,56% neste ano, indo dos 9,03% de Campo Grande até os 23,91% de Curitiba. Com a alta do gás, Habitação (1,30%) ficou com o mais elevado resultado de grupo. Vale ressaltar também as variações de (1,48%) na taxa da água e esgoto; (0,59%) em aluguel residencial; (0,45%) em condomínio e (0,28%) em energia elétrica.

A segunda colocação na relação dos principais impactos gerados sobre a variação do IPCA no nono mês do ano foi ocupada pelo grupo Transportes, observando que em contraposição ao mês anterior, quando a variação foi -0,27%, o grupo subiu para 0,71%. Isto por conta das passagens aéreas, que, em setembro, aumentaram 23,13%. Outros destaques no grupo de transporte foram: tarifa de ônibus urbano (0,10%), ônibus intermunicipais (0,57%), seguro voluntário (2,04%), conserto de automóvel (0,99%), acessórios e peças (0,90%) e automóvel usado (0,82%).

Na terceira colocação, Saúde e Cuidados Pessoais com 0,55% de alta teve como principal impacto o item plano de saúde, com 1,06% de elevação. Em quarta posição, o grupo Vestuário (0,50%), destacando-se o item calçados, com alta de 0,78%.

A quinta variação mais alta no mês de setembro foi do grupo Despesas Pessoais (0,33%), com o item fotografia e filmagem apresentando elevação de (1,25%). Na sexta colocação, o grupo Educação variou (0,25%), com os itens de elevação mais significativa os de Papelaria (1,68%) e Cursos diversos (0,45%).

O grupo Alimentos e Bebidas teve variação de 0,24% no mês de setembro de 2015. Daqueles consumidos em casa, os preços se apresentaram com pequena queda, de -0,05%. Consumidos fora, o aumento foi de 0,77%. Destacam-se a batata-inglesa, 7,26% mais cara, e a cebola, que ficou 18,85% mais barata de agosto para setembro. Outros alimentos e bebidas destacaram-se: A variação da Cerveja foi de -1,21% em agosto para a alta de 1,69% em setembro; Refrigerantes, baixa de -0,12% em agosto e alta de 1,84% em setembro; Sorvete de 0,31% para 2,62%; Pão de forma de -0,08% para 1,22% e Pão francês de 0,26% para 0,99%.

O grupo Artigos de residência (0,19%) teve queda nos itens Cama, Mesa e Banho (-0,21%) e Eletrodomésticos e Equipamentos (-0,24%).

O grupo Comunicação obteve a menor variação do IPCA de Setembro de 2015: (0,01%).

IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário mensal de 01 (um) a 40 (quarenta) salários mínimos.

A coleta de preços é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos, abrangendo as 13 (treze) principais regiões metropolitanas do país: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília, Goiânia e Campo Grande.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2015 (base).

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