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Dólar volta a subir, negociado a R$ 3,23, colecionando sexta alta seguida nesta quinta-feira

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A moeda norte-americana voltou a fechar em alta ante o real nesta quinta-feira, com incertezas sobre o ajuste fiscal no Brasil e a estratégia de atuação cambial do Banco Central ofuscando expectativas de que os juros não devem subir tão cedo nos Estados Unidos, que levou a moeda a recuar nos mercados externos.

 

Dólar Hoje

O dólar subiu 0,68% ante o real nesta quinta-feira, 18 de agosto de 2016, negociado a R$ 3,2317 para compra e a R$ 3,2333 para venda.

 

Dólar em Agosto

No mês agosto, após catorze pregões, a moeda norte-americana acumula uma desvalorização de 0,30%. São sete pregões de alta contra sete de baixa. No último pregão de julho, o dólar fechou cotado a R$ 3,2423 para compra e a R$ 3,2429 para venda.

 

Dólar em 2016

Em 2016, após cento e cinquenta e oito pregões, o dólar acumula uma queda de 18,10% ante o real. São setenta pregões de alta contra oitenta e oito de baixa. No ano passado, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 3,9470 para compra e a R$ 3,9480 para venda.

 

Cenário Internacional

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, sugeriu nesta semana a possibilidade de alta de juros já no mês que vem. Nesta quinta-feira, ele voltou a adotar um tom positivo sobre a economia dos EUA, ressaltando o fortalecimento do mercado de trabalho.

Mas a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mostrou, na véspera, que ainda há consenso no Fed de que são necessários mais dados para que seja apropriado elevar os juros, embora alguns integrantes com poder de voto esperam que isso aconteça em breve.

Muitos operadores esperavam sinalização mais contundente de que os juros norte-americanos podem subir neste ano e venderam dólares após a divulgação da ata. Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

 

Cenário Nacional

No cenário local, declarações do presidente interino Michel Temer levaram alguns a apostar que o governo almejaria evitar quedas maiores do dólar, mas o presidente do BC, Ilan Goldfajn, tem defendido o respeito ao câmbio flutuante.

Investidores também continuavam à procura de pistas sobre a trajetória do ajuste fiscal. De maneira geral, o mercado vem minimizando a importância dos recuos do governo em sua campanha para aprovar medidas de austeridade no Congresso Nacional, apostando que a postura tende a enrijecer se o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff for aprovado.

O quadro local levou o mercado brasileiro a descolar-se dos mercados externos, onde o dólar perdeu terreno em meio a apostas de que os juros norte-americanos não devem subir neste ano.

 

Banco Central 

O Banco Central (BC) vem mantendo sua estratégia de vender diariamente 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, desde que aumentou a oferta na semana passada, sobre 10 mil contratos diários até então. O reforço na intervenção contribuiu para tirar o dólar das mínimas em quase um ano atingidas neste mês.

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