De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços dos alimentos tiveram alta de 0,78% e mostraram desaceleração quando comparados a julho (1,45%). Os maiores resultados do grupo foram registrados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (1,31%), Rio de Janeiro (1,15%) e Fortaleza (1,10%), enquanto o mais baixo ficou com a região metropolitana de Recife (0,32%). O feijão-carioca, tipo mais consumido no País, que havia pressionado o resultado do mês anterior com o forte aumento de 58,06%, desacelerou de forma acentuada, passando para 4,74%, embora os preços tenham continuado a subir. Alguns produtos chegaram a ficar bem mais baratos de julho para agosto, a exemplo da cebola (-22,81%), da batata-inglesa (-18,00%) e das hortaliças (-9,01%). Mesmo assim, Alimentação e Bebidas exerceu impacto de 0,20 p.p. sobre o IPCA-15 do mês, sendo responsável por uma parcela de 44% do índice.
Além dos alimentos (0,78%), outros três grupos de produtos e serviços apresentaram desaceleração na taxa de crescimento em relação ao mês de julho: Vestuário (-0,13%), Habitação (-0,02%) e Transportes (0,10%).
No grupo Habitação (-0,02%), o destaque ficou com o item energia elétrica (-1,87%) devido às quedas registradas nas seguintes regiões metropolitanas: Curitiba (-4,76%), cuja redução de 13,83% nas tarifas passou a vigorar em 24 de junho; São Paulo (-3,94%), onde a redução nas tarifas foi de 7,30% a partir de 04 de julho, em uma das concessionárias; e Porto Alegre (-0,34%), com redução de 7,50% em vigor desde 19 de junho, também em uma das concessionárias. Além disso, houve redução nas alíquotas do PIS/COFINS em seis das 11 regiões pesquisadas. Já em Belém a alta de 1,12% reflete o reajuste de 7,50% em vigor a partir do dia 7 de agosto.
Nos demais grupos pesquisados, destaca-se a alta de 0,90% em Educação, a maior de grupo, que reflete o resultado apurado na coleta de agosto, a fim de captar a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de 0,97%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) subiram 1,13%.
O índice geral, que engloba todos os produtos e serviços que compõem o IPCA-15, registrou alta de 0,45% em agosto de 2016. Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o IPCA-15 de agosto de 2016.
Variação mensal dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA-15
Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA-15 de agosto de 2016.
Mês (%) | Ano (%) | 12 Meses (%) | |
Índice Geral | 0,78 | 9,70 | 13,73 |
Alimentação e Bebidas | 0,34 | 4,30 | 5,50 |
Artigos de Residência | 0,01 | 0,82 | 2,85 |
Comunicação | 0,85 | 6,23 | 8,37 |
Despesas Pessoais | 0,90 | 8,52 | 9,35 |
Educação | -0,02 | 2,19 | 5,56 |
Habitação | 0,87 | 9,04 | 11,59 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,10 | 2,43 | 7,44 |
Transportes | -0,13 | 2,51 | 4,99 |
Vestuário | 0,45 | 5,66 | 8,95 |