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Produção industrial brasileira retraiu 6,0% em Junho, na comparação com o mesmo do ano anterior

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De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em junho de 2016, no confronto com o mesmo mês do ano anterior a indústria brasileira recuou 6,0% (série sem ajuste sazonal). É a 28ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde junho de 2015 (-2,5%).

Na comparação com junho de 2015, a indústria recuou 6,0% em junho de 2016. Houve perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 53 dos 79 grupos e 59,0% dos 805 produtos pesquisados. Junho de 2016 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, indústrias extrativas (-12,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,2%) exerceram as maiores influências negativas. A primeira foi pressionada por minérios de ferro, enquanto, na segunda, a pressão veio de óleos combustíveis, álcool etílico, óleo diesel e naftas para petroquímica.

Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-3,3%), produtos de metal (-12,7%), produtos de minerais não-metálicos (-9,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), outros equipamentos de transporte (-18,5%), produtos do fumo (-23,5%), metalurgia (-3,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,2%), máquinas e equipamentos (-2,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,7%), móveis (-9,8%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,4%).

As atividades de outros produtos químicos (2,3%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (8,9%) exerceram as principais pressões positivas.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens intermediários (-7,6%) e bens de consumo duráveis (-6,9%) assinalaram as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de capital (-3,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,9%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com ambos recuando com intensidade menor do que a média nacional (-6,0%).

O setor produtor de bens intermediários (-7,6%) assinalou a 27ª taxa negativa consecutiva no índice mensal, com ritmo de queda próximo ao do mês anterior (-7,7%). Esse resultado foi explicado pelos recuos em indústrias extrativas (-12,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,3%), produtos alimentícios (-7,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,4%), produtos de metal (-11,8%), produtos de minerais não-metálicos (-9,9%), metalurgia (-3,6%), produtos de borracha e de material plástico (-2,3%), máquinas e equipamentos (-3,7%), celulose, papel e produtos de papel (-0,7%) e produtos têxteis (-0,8%). A única pressão positiva foi registrada por outros produtos químicos (2,4%). Ainda nessa categoria econômica, as reduções em insumos típicos para construção civil (-8,7%) marcam o 28º recuo seguido na comparação com igual mês do ano anterior, e em embalagens (-2,8%), com a 18ª taxa negativa consecutiva.

Bens de consumo duráveis (-6,9%) tiveram o 28º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas o menos intenso desde junho de 2015 (-1,0%). O setor foi pressionado pela menor fabricação de automóveis (-5,9%) e de eletrodomésticos da linha marrom (-11,4%), ainda influenciados por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-28,5%), de outros eletrodomésticos (-8,9%) e de móveis (-10,9%). O principal resultado positivo foi em eletrodomésticos da linha branca (19,1%).

A produção de bens de capital (-3,9%) mostrou a 28ª taxa negativa consecutiva no índice mensal, mas que a menos intensa dessa sequência. O segmento foi influenciado pelos recuos nos grupamentos de bens de capital para fins industriais (-8,0%) e de uso misto (-28,1%). Os subsetores de bens de capital agrícola (14,0%), para energia elétrica (8,4%) e para construção (1,6%) apontaram as taxas positivas no mês. Bens de capital para equipamentos de transporte (0,0%) repetiu o patamar registrado em igual mês do ano anterior.

A produção de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,9% em junho de 2016, segunda taxa negativa consecutiva e com ritmo de queda próximo do verificado no mês anterior (-2,0%). Esse desempenho foi explicado pelo recuo no grupamento de carburantes (-12,9%), pressionado pela redução na produção dos itens álcool etílico e gasolina automotiva. Os subsetores de não-duráveis (-0,7%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-0,1%) também mostraram taxas negativas. O grupamento de semiduráveis (1,8%) apontou o único resultado positivo nessa categoria.

Pesquisa Industrial Mensal

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de junho de 2016.

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