De acordo com o Banco Central (BC), o IBC-Br teve queda de 5,20% em julho de 2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, sem a realização de ajustes sazonais. Todos os meses do ano apresentaram forte retração anual nesse tipo de comparação.
Segundo os números divulgados pela autoridade monetária, o IBC-Br observado (sem ajustes sazonais) encerrou o sétimo mês do ano com 136,00 pontos. Os valores apurados nos meses anteriores foram: 134,84 em junho, de 133,32 em maio, 135,90 em abril, 140,29 em março, 130,36 em fevereiro e 127,90 em janeiro.
Analizando a variação anual do indicador dessacionalizado, ou seja, com a realização de ajustes sazonais, houve retração econômica de 3,45% no Brasil entre julho de 2015 e julho de 2016, quando o indicador passou de 139,16 pontos para 134,36 pontos. Na série dessacionalizada, também houve retração anual do indicador em todos os meses de 2016. A taxa de retração anual, no entanto, vem diminuindo gradativamente em quase todos os meses. A única exceção ocorreu na passagem de fevereiro (-6,67%) para março (-6,81%).
IBC-Br
O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.