Depois de quatro pregões consecutivos de baixa, dólar volta a subir no final da segunda semana de Outubro

O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira em queda, com investidores aproveitando as baixas cotações para comprar a moeda norte-americana. O dia foi marcado ainda por expectativas sobre a perspectiva de corte de juros na próxima semana pelo Banco Central (BC).

Dólar Hoje

O dólar subiu 0,72% ante o real nesta sexta-feira, 14 de outubro de 2016, negociado a R$ 3,2030 para compra e a R$ 3,2045 para venda. Ao longo do dia, a cotação da moeda norte-americana oscilou entre R$ 3,1681 (valor mínimo) e R$ 3,2031 (valor máximo).

Dólar em Outubro

No mês outubro, após nove pregões, a moeda norte-americana acumula uma desvalorização de 1,45%. São seis pregões de baixa contra três de alta. No último pregão de setembro, o dólar fechou cotado a R$ 3,2504 para compra e a R$ 3,2517 para venda.

Dólar em 2016

Em 2016, após cento e noventa e sete pregões, o dólar acumula uma queda de 18,83% ante o real. São oitenta e nove pregões de alta contra cento e oito de baixa. No ano passado, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 3,9470 para compra e a R$ 3,9480 para venda.

Cenário Internacional

No exterior, o mercado ficou de olho em dados sobre a economia chinesa e o discurso da presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, Janet Yellen.

O índice de preços ao produtor na China registrou a primeira alta desde 2012, trazendo um pouco de otimismo para o mercado.

Nos EUA, Janet Yellen disse que o Fed pode precisar executar uma economia de alta pressão para reverter os danos causados pela crise que pressionaram a produção, afastaram trabalhadores e podem se tornar permanentes.

Cenário Nacional

A Petrobras informou nesta sexta-feira que decidiu diminuir os preços dos combustíveis para que fiquem mais alinhados com os preços no exterior. A gasolina nas refinarias ficará 3,2% mais barata, em média, e o óleo diesel, 2,7%.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo não interferiu na redução no preço dos combustíveis, mas que a medida deverá impactar positivamente na inflação.

A redução da gasolina e do diesel foi pequena, mas, segundo assessores presidenciais, já ajuda na formação de expectativas sobre o comportamento da inflação nos próximos meses.

Isso fez com que aumentassem as apostas de um corte de 0,50 ponto percentual na Taxa Selic (taxa básica de juros) no encontro do Banco Central da próxima semana. Atualmente a taxa de juros está em 14,25%.

A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços. Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação. Com a inflação sob controle, o BC teria mais espaço para baixar a taxa de juros.

A inflação oficial no Brasil fechou o mês de setembro em 0,08%, o menor índice para o mês desde 1998.

Banco Central 

O Banco Central atuou no mercado de câmbio brasileiro nesta sexta-feira. Como nas últimas sessões, o BC ofertou 5.000 contratos de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares). Todos foram vendidos.

Cotação do Dólar Comercial em 14 de Outubro de 2016