De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a economia brasileira retraiu 4,83% nos nove primeiros meses de 2016. Essa aferição refere-se à série observada do indicador, calculada sem a realização de ajustes sazonais. Na série dessacionalizada, ou seja, com a realização de ajustes sazonais, a retração econômica é ainda maior: -5,19%.
Se compararmos a taxa de variação dos últimos doze meses com a taxa de variação dos doze meses anteriores, houve queda de 5,23% na série observada e retração de 5,42% na série dessacionalizada.
IBC-Br
O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.