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No primeiro Boletim Focus do ano, economistas estimam que Brasil fechou 2016 com inflação de 6,35%

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De acordo com a opinião dos analistas consultados pelo Banco Central para elaboração da primeira edição de 2017 do Boletim Focus, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 6,35% em 2016. Na semana anterior, os maiores especialistas do mercado financeiro brasileiro previam que a inflação oficial do país cresceria 6,38% ao longo deste ano.

Se a projeção das instituições financeiras estiver correta, a inflação brasileira ainda manter-se-á acima da meta central de inflação, de 4,5%, fixada para o ano. Porém, estará situada abaixo do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central de inflação para 2017 é de 4,5%. Porém, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC tem a missão de trazer o IPCA para a meta central de 4,5% ainda neste ano.

Com relação a 2017, a expectativa dos economistas consultados pelo Banco Central é de que o IPCA feche o ano em 4,81% – projeção 0,06% menor que aquela divulgada na última semana (4,87%).

O Boletim Focus é um relatório divulgado semanalmente pelo BC. Esse relatório contem uma série de projeções sobre a economia brasileira coletadas junto a alguns dos principais economistas em atuação no país. Cerca de 100 (cem) analistas de mercado, representando as principais instituições financeiras do Brasil, opinam sobre a perspectiva futura de diversos indicadores de nossa economia. O relatório é confeccionado de segunda-feira a domingo, sendo divulgado sempre às segundas-feiras da semana seguinte à sua confecção.

Clique aqui e confira a íntegra do Boletim Focus divulgado no dia 09 de Janeiro de 2017.

O BC criou o Boletim Focus para poder acompanhar as impressões do mercado brasileiro sobre a inflação. Além do IPCA, a autoridade monetária também monitora a expectativa do mercado financeiro brasileiro quanto à oscilação de outros indicadores de inflação.

 

IGP-DI

A expectativa dos economistas era de que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), encerrasse o ano de 2016 em 6,83%. No entanto, o indicador cresceu 7,18% no acumulado dos doze meses do ano anterior – taxa de crescimento 0,35% superior àquela prevista pelos analistas financeiros.

Para 2017, a previsão dos analistas consultados pelo BC para o IGP-DI é de crescimento de 5,15% – projeção 0,02% maior que aquela divulgada no relatório anterior (5,13%).

 

IGP-M

Para o acumulado de 2016, a expectativa dos analistas era de que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), também divulgado pela FGV, crescesse 7,02%. Porém, de acordo com o relatório final divulgado pelo instituto de pesquisa, a inflação medida pelo IGP-M subiu 7,17% no ano.

Para 2017, as instituições financeiras consultadas pelo BC estimam que o IGP-M crescerá 5,21%. Essa taxa é 0,13% superior àquela projetada no último relatório (5,08%).

 

IPC-Fipe

O Índice de Preços ao Consumidor aferido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), segundo os analistas financeiros consultados pelo BC para elaboração do Boletim Focus, encerrou o ano anterior com alta 6,81%. Essa previsão foi 0,53% maior que aquela prevista na último relatório de 2016 (6,28%).

Com relação a 2017, o Boletim Focus aponta para um crescimento de 5,19% do IPC-Fipe – taxa percentual igual àquela divulgada na última semana (5,19%).

 

Preços Administrados

Com relação aos preços administrados pelo Governo Federal, ou seja, aqueles relacionados a insumos e serviços essenciais, os analistas consultados pelo BC estimam uma taxa de crescimento de 5,76% para 2016 – taxa de variação 0,05% superior àquela projetada no último relatório (5,71%).

Para 2017, o Boletim Focus prevê uma alta de 5,50% nos preços administrados – 0,04% inferior à taxa divulgada na última semana (5,54%).

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