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Energia elétrica foi o maior vilão para o crescimento da inflação em Março de 2017

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O maior vilão para a alta de 0,25% no IPCA registrado em março de 2017 foi o item energia elétrica, que subiu 4,43% e levou o grupo habitação a atingir 1,18%, a mais elevada variação de grupo. O resultado do item energia elétrica reflete a cobrança da bandeira tarifária amarela no valor de R$ 2,00 a cada 100 kwh consumidos, aliada a aumentos ou reduções nas parcelas do PIS/COFINS, dependendo da região pesquisada.

No Rio de Janeiro, houve, ainda, a partir de 15 de março, reajuste de 9,81% nas tarifas de uma das concessionárias e redução de 5,19% em outra. Em Goiânia, ocorreu, também, reajuste de 35,03% na parcela da conta referente à Contribuição para Iluminação Pública – CIP. O menor resultado registrado no item energia elétrica foi 1,53% na região metropolitana de Belém, enquanto o maior, de 6,74%, ficou com o Rio de Janeiro.

Além da energia elétrica (4,43%), as despesas com habitação (1,18%) ficaram mais elevadas diante do aumento de 1,13% no preço do botijão de gás, tendo em vista reflexos do reajuste médio de 9,80% ao nível das refinarias, concedido pela Petrobrás para vigorar a partir do dia 21 de março.

Educação (0,95%), embora com a segunda maior variação de grupo, mostrou recuo significativo em relação à alta de 5,04% do mês anterior, já que ficou no IPCA de fevereiro a forte pressão dos reajustes anuais habitualmente aplicados sobre o valor das mensalidades do ano anterior. Regionalmente, Fortaleza sobressai nos resultados, com 5,34%.

Já o grupo alimentação e bebidas mostrou aceleração para 0,34% em março, ao passo que, em fevereiro, havia apresentado queda de 0,45%. Produtos importantes na mesa do consumidor, como o leite longa vida(2,60%), o café moído (1,89%) e o pão francês (0,91%), ficaram mais caros.

Por outro lado, alimentos como o feijão-preto (-9,11%), o feijão-carioca (-5,59%) e o feijão-mulatinho(-4,50%) ficaram mais baratos de um mês para o outro.

A respeito das quedas, observa-se que quatro dos nove grupos de produtos e serviços recuaram de fevereiro para março: transportes (-0,86%), comunicação (-0,63%), artigos de residência (-0,29%) e vestuário(-0,12%). Neles, o destaque foi a gasolina, do grupo transportes, cujo preço do litro ficou, em média, 2,21% mais barato. Excetuando apenas a região de Recife, onde houve aumento de 0,71%, os preços caíram em todas as regiões pesquisadas, chegando a atingir -4,01% na região metropolitana de Curitiba. Quanto ao litro do etanol, a queda foi de 5,10%, com Recife apresentando, também, aumento de preço, 1,71%. Nas demais regiões a queda ficou entre -6,46% em São Paulo e -0,78% em Campo Grande. A passagem aérea também se destacou por apresentar queda de 9,63%.

Em comunicação (-0,63%), o resultado se deve à redução nas tarifas das ligações de fixo para móvel a partir do dia 25 de fevereiro, levando o item telefone fixo a -2,24%.

Quanto aos grupos saúde e cuidados pessoais (0,69%) e despesas pessoais (0,52%), sobressaem, no primeiro, os itens plano de saúde (1,07%) e higiene pessoal (0,71%). No segundo, o item cigarro, cuja variação de 1,68% reflete reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões a partir dos dias 26 e 27 de fevereiro.

Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Fortaleza (0,66%), onde o item cursos regulares teve alta de 8,26%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte(-0,04%), influenciado pela queda de 2,27% nos combustíveis.

Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o IPCA de março de 2017.

 

Variação em Março de 2017 dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA.

Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA de março de 2017.

Mês (%) Ano (%) 12 Meses (%)
Alimentação e Bebidas 0,34 0,24 4,04
Artigos de Residência -0,29 -0,21 1,00
Comunicação -0,63 0,65 2,74
Despesas Pessoais 0,52 1,29 6,64
Educação 0,95 6,35 8,30
Habitação 1,18 1,59 4,47
Saúde e Cuidados Pessoais 0,69 1,90 10,34
Transportes -0,86 0,15 1,77
Vestuário -0,12 -0,61 2,20
Total 0,25 0,96 4,57

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