De acordo com o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no confronto com março de 2016 (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou expansão de 1,1% em março de 2017, após recuar 0,8% em fevereiro e avançar 1,4% em janeiro último, quando interrompeu 34 meses consecutivos de resultados negativos.
Neste tipo de comparação, a indústria brasileira apresentou resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 53,8% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (10,9%) e indústrias extrativas (7,0%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,9%), de metalurgia (3,6%), de produtos de borracha e de material plástico (5,2%), de bebidas (5,3%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (8,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (7,1%), de celulose, papel e produtos de papel (3,9%), de outros produtos químicos (2,3%) e de produtos têxteis (7,0%).
Por outro lado, ainda na comparação com março de 2016, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-28,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,0%). Vale destacar também os resultados negativos vindos de produtos alimentícios (-2,1%), de outros equipamentos de transporte (-8,3%) e de impressão e reprodução de gravações (-14,4%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (8,5%) e bens de capital (4,5%) assinalaram, em março de 2017, os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. O segmento de bens intermediários (0,5%) também mostrou resultado positivo nesse mês, mas com intensidade menor do que a média nacional (1,1%). Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, com redução de 0,5%, apontou a única taxa negativa.
O segmento de bens de consumo duráveis cresceu 8,5% no índice mensal de março de 2017, quinto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, mas menos intenso do que o registrado no mês anterior (20,1%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelos avanços na fabricação de automóveis (13,2%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (25,1%). Vale citar também os resultados positivos vindos de eletrodomésticos da “linha branca” (3,3%), de motocicletas (2,5%) e de outros eletrodomésticos (2,2%). Por outro lado, o grupamento de móveis, com recuo de 9,0%, apontou o impacto negativo mais importante.
A produção de bens de capital, ao avançar 4,5% em março de 2017, apontou a quinta taxa positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande parte, pelo crescimento observado no grupamento de bens de capital agrícola (36,2%). Os demais resultados positivos foram registrados por bens de capital de uso misto (8,1%), para construção (10,0%) e para equipamentos de transporte (0,5%). Por outro lado, os impactos negativos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para energia elétrica (-9,6%) e para fins industriais (-10,3%).
O segmento de bens intermediários cresceu 0,5% em março de 2017, após apontar recuo de 2,5% em fevereiro. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (7,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (11,2%), de metalurgia (3,6%), de produtos de borracha e de material plástico (5,7%), de outros produtos químicos (2,6%), de celulose, papel e produtos de papel (4,6%), de produtos têxteis (6,9%), de produtos de metal (0,5%) e de produtos de minerais não-metálicos (0,1%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,8%), produtos alimentícios (-7,2%) e máquinas e equipamentos (-17,6%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-3,6%), que marcou a trigésima sétima queda consecutiva nesse tipo de comparação; e de embalagens (3,0%), que voltou a crescer após recuar 1,9% em fevereiro último.
O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 0,5% em março de 2017, apontou o segundo resultado negativo consecutivo. O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela queda observada no grupamento de não-duráveis (-14,1%), pressionado, principalmente, pela menor produção de medicamentos. Vale citar também o resultado negativo vindo do subsetor de carburantes (-4,7%), influenciado pelo recuo na fabricação de álcool etílico. Por outro lado, os grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,3%) e de semiduráveis (8,8%) apontaram crescimento na produção nesse mês.
Pesquisa Industrial Mensal
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de março de 2017.