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Verde perde para o CDI e Stuhlberger vê otimismo exagerado nas bolsas

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O mercado, como de praxe, exagera no otimismo, e os preços da maioria das ações em relação a seus resultados já refletem não só melhora de crescimento, mas também forte alavancagem operacional e recuperação de preços e receitas por parte das empresas. Muitas delas, porém, não conseguirão entregar esses resultados, e isso ficará claro nos próximos anos, alerta Luís Stuhlberger, gestor do fundo multimercado Verde, o maior do país, em seu relatório relativo aos resultados de setembro. Ainda assim, diz,  é possível encontrar boas companhias com valores razoáveis, capazes de crescer a taxas atrativas nos próximos anos, principalmente nos setores financeiros, de energia elétrica, shoppings, consumo discricionário (bens de consumo durável) e saúde.

Segundo o relatório, o Verde teve rendimento de 0,51% em setembro, abaixo da taxa de juros privados, o CDI, que acumulou 0,64%. No ano, o fundo rende 5,45%, para 8,05% do CDI. Uma parte dessa diferença no ano reflete as apostas de Stuhlberger contra a moeda chinesa, o Renminbi, e sua descrença na retomada dos mercados brasileiros tão rapidamente, que o fizeram reduzir a posição em ações e juros locais no começo do ano. A recuperação claudicante, mas insistente, da economia brasileira, porém, pegou de surpresa o gestor e muitos outros com visão mais negativa da política econômica.

Em setembro, o Verde obteve ganhos nas posições de ações, tanto na parte global quanto no Brasil, explica o relatório. Houve ganhos também com a aposta contra o Renminbi, na posição de juro real no Brasil, que foi beneficiada pela nova queda dos juro futuros, e também na posição tomada em juro real no Reino Unido. As perdas do Verde vieram do euro e nos hedges (proteções) em prefixados no Brasil.

O crescimento da economia brasileira continua dando sinais de ter entrado num ritmo mais forte, admite o gestor. A confiança do consumidor e do empresariado estão em alta, trazendo de volta algum consumo que vinham reprimido, e também a perspectiva de mais investimentos. “Embora questionemos a sustentabilidade do crescimento no médio prazo, no curto prazo as coisas de fato estão melhores e o cenário político praticamente não importa, pelo menos pelos próximos dois trimestres”, afirma o relatório.

Segundo Stuhlberger, “o  fato de o governo Temer ser o mais impopular da história é irrelevante, e a liquidez global dá ao Brasil passe livre para não fazer reformas (por ora)”. “Junte-se a isso uma inflação de alimentos em queda livre (nunca antes na história desse país…) e o juro deve ir para 7,0%, talvez até abaixo”, avalia. Nesse contexto, diz, o Verde continuará a manter o portfólio bastante alocado em juro real, mas também zerando a maior parte dos hedges do portfólio de ações brasileiras, o que indica uma aposta em maiores altas da do mercado.

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