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Ibovespa fecha semana acima dos 160 mil pontos com alívio da Lei Magnitsky e força dos serviços

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O Ibovespa fechou em firme recuperação na sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, apoiado por bancos e blue chips. O índice subiu 0,99%, aos 160.766,37 pontos, acumulando valorização de 2,15% na semana e encerrando acima do patamar dos 160 mil pontos, visto como uma nova referência psicológica para os investidores.

Notícias densas na política e na economia dominaram o pregão, predominantemente positivo de risco, e com fluxo estrangeiro em contínua entrada na B3, em meio à percepção de que o Brasil combina juros reais elevados com atividade ainda resiliente e prêmio político, apesar do ruído em Brasília. Vamos aos principais destaques.

Dólar limita alta e fecha semana no negativo

No câmbio, o dólar à vista oscilou, mas terminou o dia em leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,4108. Mesmo assim, acumulou desvalorização de 0,39% na semana. Notícia completa

A combinação de bolsa em alta e dólar recuando na semana reforçou o apetite por risco. Investidores calibraram apostas após a “Super Quarta” de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e voltaram a comprar ativos domésticos, principalmente em setores ligados a bancos, infraestrutura e consumo.

Lei Magnitsky sai do foco e alivia o setor financeiro

A retirada do ministro Alexandre de Moraes, da esposa Viviane Barci de Moraes e do instituto da família da lista de sanções da Lei Magnitsky pelo governo dos EUA dominou o noticiário. Foi um passo para reduzir a temperatura da crise diplomática entre Brasília e Washington.

Embora outras restrições, como o cancelamento de vistos de diversas autoridades brasileiras, sigam em vigor, o fim da sanção direta a Moraes tirou do radar parte do risco de eventual escalada contra o sistema financeiro brasileiro. A percepção foi rapidamente precificada nas ações de bancos, que aceleraram ganhos ao longo da tarde.

Bancos sobem em bloco e puxam o índice

As ações do Banco do Brasil (BOV:BBAS3) fecharam em alta de 0,60% a R$ 21,70, após inicialmente subir perto de 2%. Bradesco (BOV:BBDC4) avançou 0,64% a R$ 18,66, Itaú (BOV:ITUB4) ganhou 0,88% a R$ 39,76.

O Bradesco também foi subiu por notícia de crédito. A Fitch reafirmou os ratings de longo e curto prazo em moeda local e estrangeira do banco em BB+ e B, respectivamente, e melhorou a perspectiva dos IDRs de negativa para estável, destacando redução da inadimplência acima de 90 dias, carteira mais garantida, queda de reestruturações e índices de cobertura robustos.

Nos papéis mais líquidos da sessão, GOL preferencial (BOV:GOLL54) liderou o ranking de volume entre as ações monitoradas, fechando a R$ 5,78, alta de 2,30%. Cosan (BOV:CSAN3) recuou 2,18%, a R$ 5,83.

Entre outros destaques, Hapvida (BOV:HAPV3) voltou a liderar o rali, fechando em alta de 5,45%, a R$ 14,70. Mesmo assim, o papel ainda acumula perda superior a 50% no ano, permanecendo entre os piores desempenhos do Ibovespa em 2025.

Minerva (BOV:BEEF3) caiu 1,79%, a R$ 6,03, pressionada por revisão de recomendação do Santander, que rebaixou o papel de outperform para neutro e reduziu o preço-alvo de R$ 7,50 para R$ 6,80, ainda com potencial de valorização de 10,7% sobre o último fechamento.

Pesos-pesados

Petrobras (BOV:PETR4) avançou 1,05%, na contramão da queda do petróleo Brent, e foi o principal apoio do índice. A Vale (BOV:VALE3), por sua vez, caminhou em linha de estabilidade com viés levemente negativo, refletindo enfraquecimento do minério de ferro e realização após recentes altas. A ação fechou em baixa de 0,06%, a R$ 68,61.

Setor de proteínas vive ajustes e revisões de recomendação

O Santander reforçou preferência estruturais pelo segmento de proteínas. O banco elevou as recomendações de JBS (NYSE:JBS) e MBRF (BOV:MBRF3) para outperform, avaliando que a indústria de frango se mostrou mais resiliente do que o esperado, com grãos ainda baratos, enquanto a oferta global de carne bovina tende a apertar.

Para JBS, o preço-alvo foi mantido em US$ 17 por ação, com retorno potencial de 28%, apoiado em menor risco de combinação entre preços mais baixos e custos de commodities mais altos. Para MBRF, o preço-alvo subiu para R$ 26, com tese apoiada em “down-trading” doméstico – migração do consumo de carne bovina para frango – e avanço para produtos mais processados e de maior valor agregado.

A JBS anunciou o fechamento permanente de uma fábrica da Swift Beef Company em Riverside, na região de Los Angeles, a partir de 2 de fevereiro. A unidade, que prepara carne bovina para supermercados, vai cortar 374 postos de trabalho.

O anúncio ocorre em um momento em que a oferta de gado nos EUA está no menor nível em décadas, com preços da carne bovina batendo recordes em 2025, após seca prolongada e suspensão de importações de gado mexicano. O contexto acentua a pressão de custos sobre os frigoríficos e ajuda a explicar a visão mais conservadora para Minerva a partir de 2026.

Small caps têm dia de extremos

Entre as ações fora do Ibovespa, Recrusul PN (BOV:RCSL4) disparou 43,6%, a R$ 3,52, liderando as maiores altas, seguida por Fictor Alimentos (BOV:FICT3), que subiu 19,6%, a R$ 2,19. Ampla Energia e Serviços (CBEE3) ganhou 10,99%, a R$ 10,00, enquanto Recrusul ON (BOV:RCSL3) avançou 9,13%, a R$ 2,15.

Na outra ponta, Reeve (BOV:RVEE3) desabou 17,2%, a R$ 2,11, liderando as maiores baixas entre os papéis mais negociados fora do índice. Nexpe Participações (BOV:NEXP3) caiu 9,23%, a R$ 2,95, BRB Banco de Brasília PN (BOV:BSLI4) recuou 9,03%, a R$ 7,05, e Aeris (BOV:AERI3) perdeu 8,63%, a R$ 3,28.

Serviços e turismo sustentam narrativa de grande atividade

O volume de serviços cresceu 0,3% em outubro sobre setembro, nona alta mensal consecutiva, após avanço de 0,7% em setembro e acumulando ganho de 3,7% desde fevereiro. Frente a outubro de 2024, houve alta de 2,2%, enquanto o acumulado em 12 meses marcou expansão de 2,8%.

Com essa sequência, o setor opera 20,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, no maior patamar da série iniciada em 2011. Todos os cinco grandes segmentos avançaram em outubro: serviços prestados às famílias e profissionais e administrativos subiram 0,1%; informação e comunicação cresceu 0,3%; outros serviços, 0,5%; e transportes, armazenagem e correio lideraram com alta de 1%, apoiados em mais passageiros no transporte aéreo e fretes para escoamento da safra recorde e do comércio eletrônico.

O índice de atividades turísticas avançou 0,8% no mês e acumula alta de 6% em 12 meses, situando-se 12,7% acima do nível pré-crise e apenas 1% abaixo do pico de dezembro de 2024.

Consumo pressionado por choques pontuais, mas ainda relevante

Em São Paulo, o setor de comércio da região metropolitana sentiu o impacto de falta de energia em vários pontos durante a semana, que atingiu mais de 2 milhões de clientes na última quarta-feira (10), e gerou perda estimada de R$ 51,7 milhões em faturamento, segundo o Instituto Gastão Vidigal, da ACSP. O efeito decorre principalmente da queda nas compras imediatas e por impulso.

O prejuízo da semana chuvosa pode ser um problema de curto prazo e pontual para os paulistanos, com a proximidade do pagamento da segunda parcela do 13º salário a 95,3 milhões de brasileiros, com injeção de R$ 369,4 bilhões na economia e valor médio de R$ 3.512 por trabalhador, fator que tende a sustentar o varejo e serviços neste fim de ano.

Infraestrutura e concessões mantêm atratividade com vitória da Motiva

No segmento de infraestrutura, Motiva (BOV:MOTV3), novo nome da CCR, foi destaque ao vencer o leilão da concessão da BR-381 (Fernão Dias), que liga Belo Horizonte (MG) a São Paulo (SP), com deságio de 17,05% sobre a tarifa básica de pedágio. O contrato é de 15 anos e prevê investimentos de R$ 9,5 bilhões. As ações reagiram, e fecharam em alta de 3,35%, a R$ 16,02.

Para Ágora Investimentos/Bradesco BBI, o ativo deve gerar valor presente líquido de cerca de R$ 450 milhões, ou R$ 0,20 por ação, com TIR real alavancada estimada em 20%, sem provocar aumento relevante de alavancagem, o que manteria espaço para disputar novas concessões em 2026. BTG Pactual e Safra, apesar de divergirem nos cálculos de retorno, seguiram com recomendação de compra e preços-alvo entre R$ 17 e R$ 19 para MOTV3.

Energia e transição energética: Petrobras e Raízen

Petrobras reforçou o discurso de transição energética ao informar que vai elevar em 30% o consumo de óleo vegetal neste ano, dentro da estratégia de coprocessar derivados de petróleo com matérias-primas renováveis. A companhia já produz o diesel R em refinarias do Paraná e de São Paulo e iniciou neste mês a venda de combustível de aviação com conteúdo renovável na Reduc, no Rio de Janeiro.

No plano 2026-2030, a petroleira prevê investir US$ 1,5 bilhão em biorrefino, com foco em etanol, biodiesel, biometano, diesel renovável, SAF e biobunker. A meta é atender 100% da demanda nacional por combustível sustentável de aviação entre 2027 e 2029, período em que entra em vigor o mandato de mistura obrigatória para reduzir emissões do setor aéreo.

Na geração distribuída de energia solar, Raízen (BOV:RAIZ4) avançou mais uma etapa da reorganização societária com a Goener. O Cade aprovou, sem restrições, que a Goener adquira participações da Raízen em SPEs da Gosolar I, complementando movimento anterior em sentido oposto. No fim, a Raízen fica com sete usinas que integram o acordo Polaris I, avaliado em cerca de R$ 600 milhões, enquanto a Goener assume outras quatro, num rearranjo que prepara a venda de ativos e reforça a desalavancagem da companhia.

Mercados internacionais, petróleo em queda, tensões geopolíticas e tarifas mexicanas

Os índices dos Estados Unidos recuaram, com o Nasdaq, fortemente concentrado pelo setor de tecnologia, registrando uma queda particularmente acentuada. O índice Dow Jones, mais restrito, registrou uma perda mais modesta, caindo 245,96 pontos ou 0,51%, para 48.458,05, após atingir uma nova máxima intradiária recorde no início do pregão.

Nasdaq despencou 398,69 pontos, ou 1,69%, para 23.195,17, e o S&P 500 caiu 73,59 pontos, ou 1,07%, para 6.827,41. Na semana, os principais índices apresentaram desempenho misto. Enquanto o Dow Jones subiu 1,1%, o S&P 500 caiu 0,6% e o Nasdaq despencou 1,6%. Fechamento dos EUA

As bolsas de valores da região Ásia-Pacífico registraram altas na sexta-feira. O índice Nikkei 225 do Japão subiu 1,4%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,8%. Fechamento asiático

Os principais mercados europeus também registraram quedas ao longo da sessão. Enquanto o índice francês CAC 40 recuou 0,2%, o índice alemão DAX e o índice britânico FTSE 100 caíram 0,5% e 0,6%, respectivamente. Fechamento europeu

O petróleo encerrou em baixa, em sessão volátil. O WTI para janeiro recuou 0,27%, a US$ 57,44 o barril, enquanto o Brent para fevereiro caiu 0,26%, a US$ 61,12. Na semana, as referências cederam 4,39% e 4,12%, respectivamente, refletindo redução do prêmio de risco geopolítico em meio a negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e expectativa de fim de ano com preços mais baixos que no início de 2025.

Ainda assim, investidores monitoram declarações do presidente norte-americano Donald Trump sobre intensificação de ações contra narcotraficantes na Venezuela, incluindo possíveis operações terrestres, e novos ataques na região de Odesa, na Ucrânia. Ao mesmo tempo, a União Europeia aprovou medida emergencial para evitar que ativos do Banco Central da Rússia congelados no bloco retornem a Moscou, mantendo pressão financeira sobre o Kremlin.

No campo comercial, a Confederação Nacional da Indústria estima impacto potencial de US$ 1,7 bilhão, ou 14,7% das exportações brasileiras ao México com base de cálculo em 2024, após o Congresso mexicano aprovar tarifa mínima de 35% para 1,4 mil produtos de países sem acordo de livre comércio, incluindo Brasil e China.

🌎 Acompanhe as cotações em tempo real dos mais importantes índices de ações e das ações de empresas internacionais negociadas nas principais bolsas de valores mundiais.

PL da dosimetria e decisões do STF

O relator do PL da dosimetria no Senado, Esperidião Amin, voltou a defender publicamente uma anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, afirmando que a transformação da redução de penas em perdão total é uma questão essencialmente política. O projeto, já aprovado na Câmara por 291 votos a 148, pode reduzir de forma relevante a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, Alexandre de Moraes anulou a decisão da Câmara que havia preservado o mandato de Carla Zambelli, decretando a perda imediata do cargo e determinando a posse do suplente Adilson Barroso em até 48 horas. O alcance das decisões do Supremo sobre mandatos parlamentares e ruídos adicionais entre poderes pesou no sentimento, ainda que, no pregão, o mercado tenha priorizado as boas notícias vindas da frente diplomática com os EUA.

Balanço da semana: alívio político domina a narrativa de risco

Com tantos fatores em jogo, o saldo da semana para os ativos locais foi positivo. O Ibovespa acumulou alta de 2,15%, o dólar recuou 0,39% diante do real e os juros futuros reagiram de forma mista, mas sem comprometer a percepção de que o ciclo de política monetária doméstico permanece estável no curto prazo, com eventual debate de corte apenas em 2026.

O investidor estrangeiro segue enxergando o Brasil como história de carregamento de juros altos combinados com ativos de bolsa descontados quando comparados a pares globais. O alívio parcial na frente diplomática, somado ao desempenho firme dos serviços e à expectativa de injeção de renda via 13º salário, mostra que a economia atravessa o fim de 2025 com mais fôlego do que se imaginava meses atrás.

Este conteúdo é apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento financeiro, de investimento ou de qualquer outra natureza profissional. Não deve ser considerado uma recomendação de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários ou instrumentos financeiros. Todos os investimentos envolvem riscos, incluindo a potencial perda do principal. O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Você deve conduzir sua própria pesquisa e consultar um consultor financeiro qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento. Algumas partes deste conteúdo podem ter sido geradas ou assistidas por ferramentas de inteligência artificial (IA) e revisadas por nossa equipe editorial para garantir precisão e qualidade.

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