O IRB disponibilizou, relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, por meio do FIP – Formulário de Informações Periódicas. Para melhor entendimento, uma vez que o FIP atende às exigências do plano de contas definido pelo regulador, a Companhia disponibilizou em seu website, planilha com os dados financeiros referentes ao mês de abril de 2021 e aos quatro primeiros meses do ano, que compreendem os meses de janeiro a abril 2021.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:IRBR3) nesta terça-feira (22). Confira o documento na íntegra.
O prêmio emitido de R$ 785,9 milhões se manteve praticamente estável em relação a abril de 2020 com uma redução de 0,9%, sendo R$ 364,7 milhões no Brasil e R$ 421,2 milhões no exterior.
Com crescimento de 8,6% no Brasil em relação a abril de 2020 e redução de 7,9% no exterior no mesmo conceito. Já nos quatro primeiros meses de 2021, o prêmio emitido de R$ 2.716,4 milhões, apresentou redução de 2,6%, em relação ao mesmo período de 2020, sendo R$ 1.409,1 milhões no Brasil (+15,9%) e R$1.307,3 milhões no exterior (-16,9%).
A redução dos prêmios com origem no exterior está em linha com a estratégia de re-underwriting amplamente divulgada pela Companhia. O prêmio Ganho de R$ 567,9 milhões, com um aumento de 2,0 % em relação a abril de 2020.
Já nos quatro primeiros meses de 2021, o prêmio ganho foi de R$ 2.022,2 milhões, uma redução de 1,7% em relação ao mesmo período de 2020. A redução observada tem a mesma origem comentada no parágrafo anterior, ou seja, a estratégia de re-underwriting.
O índice de sinistralidade de 84,3% em abril de 2021, uma melhora em comparação ao índice de sinistralidade de 118,7% registrado em abril de 2020. A despesa de sinistro em abril de 2021 foi de R$ 479,0 milhões, 27,5% melhor em relação a abril de 2020 (R$ 660,6 milhões).
Nos quatro primeiros meses do ano, o índice de sinistralidade foi de 75,6%, equivalente a uma despesa de sinistro de R$ 1.527,9 milhões. Já nos quatro primeiros meses de 2020, o índice de sinistralidade foi de 87,9% ou R$ 1.808,2 milhões.
O resultado antes dos Impostos negativo em R$ 81,6 milhões, teve uma melhora em relação a abril de 2020, que apresentou resultado negativo de R$ 259,2 milhões. Já nos quatro primeiros meses do ano, o resultado antes dos impostos foi positivo em R$ 11,1 milhões, comparado a um resultado negativo de R$ 172,1 milhões no mesmo período de 2020.
Já o resultado líquido foi negativo em R$ 48,9 milhões ante um prejuízo líquido em abril de 2020 de R$ 170,1 milhões. Nos quatro primeiros meses, o lucro líquido foi de R$ 1,9 milhão ante um prejuízo líquido no mesmo período de 2020 de R$ 135,1 milhões.
Ao excluirmos o efeito dos negócios descontinuados (run-off) e dos eventos não recorrentes (one-offs), o prejuízo líquido em abril de 2021 foi de R$ 38,9 milhões, já nos quatro primeiros meses de 2021 a Companhia obteve um lucro líquido de R$ 41,5 milhões.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
Os analistas do Credit Suisse apontaram que os números foram negativos, com a estratégia de “re-underwriting” ainda cobrando seu preço. Eles reforçam que, mesmo desconsiderando o impacto da carteira run-off e outros itens pontuais, a empresa ainda registrou prejuízo de R $ 38,9 milhões no mês de abril.
Credit Suisse tem recomendação de venda com preço-alvo de R$ 7,50.
Lucro líquido contábil de R$ 50,8 milhões no 1T21, alta de 44,9%
O IRB Brasil RE apurou lucro líquido contábil de R$ 50,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, resultado 44,9% superior aos R$ 35,1 milhões verificados em igual período de 2020.
Quando excluídos os efeitos não recorrentes a companhia apresentou lucro líquido recorrente de R$ 80,5 milhões, frente a perdas de R$ 75,2 milhões apuradas em março de 2020.
Apesar da sinalização positiva, os efeitos pontuais do processo de “reunderwriting”, ou seja, da limpeza das carteiras em relação a excesso de riscos e contratos deficitários e de todo o saneamento feito pela nova diretoria ao longo do ano passado, ainda deixou impactos nos números do trimestre.