A Embraer entregou 25 jatos no primeiro trimestre de 2024 (1T24), um aumento de 67% em relação ao 1T23, quando foram registradas 15 aeronaves.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:EMBR3) nesta sexta-feira (19).

A Aviação Executiva apresentou um crescimento “robusto” de entregas, saltando de 8 para 18 jatos durante o período.

“Esse número de entregas representou o melhor primeiro trimestre da unidade em 8 anos, e mais do que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior”, destacou a Embraer.

Na Aviação Comercial as entregas ficaram estáveis em 7 aeronaves.

A Embraer entregou 12% do total de aeronaves previstas no ponto médio do guidance para 2024, tanto para a Aviação Executiva quanto para a Aviação Comercial (25 de 206).

A companhia informou que desenvolveu e está implementando um plano para mitigar a sazonalidade do seu negócio. O plano, chamado de Production Leveling (Nivelamento de Produção), tem o objetivo de consolidar um ritmo constante de produção ao longo do ano, no médio prazo.

A carteira de pedidos da empresa aumentou US$ 2,4 bilhões, chegando aos US$ 21,1 bilhões no 1T24. Isso representa um aumento de 13% na comparação com os US$18,7 bilhões do 4T23.

O maior aumento ocorreu na Aviação Comercial (US$ 2,3 bilhões ou 26%), enquanto o menor foi em Defesa e Segurança (-US$ 0,1 bilhão ou -4%).

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

As entregas de aeronaves executivas pela Embraer melhoraram significativamente no primeiro trimestre, e a fabricante apresentou o maior número de entregas de aeronaves executivas no primeiro trimestre desde 2016, embora as entregas de aeronaves comerciais tenham ficado abaixo do consenso, diz o Bradesco BBI.

Os analistas Victor Mizusaki, Andre Ferreira e Gabriel Pinho escrevem, em relatório, que a Embraer entregou 14% dos aviões executivos previstos para 2024, acima da média de cinco anos de 10%, e as entregas para a aviação comercial ficaram em 9% da projeção, abaixo da média de 13%, sugerindo que as questões da cadeia de abastecimento ainda prejudicam a aviação comercial.

Segundo os analistas, porém, a situação do abastecimento deve melhorar gradativamente ao longo do ano, permitindo à Embraer alcançar sua projeção de entre 72 e 80 aeronaves comerciais em 2024. Eles destacam ainda que a Embraer está implementando um plano para reduzir a sazonalidade dos negócios daqui para frente.

O Bradesco BBI tem recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Embraer, om preço-alvo de US$ 30, potencial de alta de 26% ante o fechamento de sexta-feira na Bolsa de Nova York.

Citi

A Embraer reportou entregas e pedidos em carteira positivos no primeiro trimestre deste ano, com o aumento significativo dos pedidos em carteira em base trimestral fornecendo sinais encorajadores de demanda de longo prazo, diz o Citi.

Os analistas Stephen Trent, Filipe Nielsen e Jay Singh escrevem, em relatório, que a carteira de pedidos firmes somou US$ 21,1 bilhões no primeiro trimestre, ante US$ 18,7 bilhões do trimestre anterior, com a carteira de pedidos da Embraer atingindo seu nível mais alto em sete anos.

Segundo os analistas, embora o mix do segmento comercial e o número de entregas tenham ficado um pouco abaixo da projeção, isso parece estar relacionado à cadência de entrega de curto prazo. Eles ressaltam que a Embraer entregou 25 aviões, sete no segmento comercial e 18 na divisão executiva, ante projeção do Citi de 26 aviões, sendo 11 comerciais e 15 executivos.

O Citi tem recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Embraer, com preço-alvo de US$ 31, potencial de alta 30% ante o fechamento de sexta-feira na Bolsa de Nova York.

JP Morgan

Os resultados operacionais da Embraer no primeiro trimestre superaram expectativas, apoiadas no desempenho de entregas de aeronaves executivas, diz o J.P. Morgan.

Os analistas Marcelo Mota, Jonathan Koutras e Seth Seifman escrevem que a fabricante brasileira entregou 25 aeronaves nos três primeiros meses do ano, contra expectativa deles de 19 aviões.

A diferença aconteceu nas entregas de aeronaves executivas, com 18 aviões despachados, ante projeção de 10. Já em aeronaves comerciais, as 7 entregas ficaram abaixo da estimativa de 9 que eles tinham.

O banco destaca que o resultado, que conta ainda com a maior carteira de pedidos desde 2016, cria um potencial de 9% sobre suas estimativas de receitas em US$ 847 milhões no primeiro trimestre.

O J.P. Morgan tem recomendação de compra para Embraer, com preço-alvo em US$ 40 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 68,1% sobre o fechamento de sexta-feira (19).

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