Fitch Afirma Ratings do Banco Alfa de Investimento S.A.
Fitch Ratings - São Paulo/Rio de Janeiro, 22 de maio de 2017: A Fitch Ratings afirmou, hoje, os seguintes
ratings do Banco Alfa de Investimento S.A. (Alfa):
-- Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’, Perspectiva Estável;
-- Rating Nacional de Curto Prazo ‘F1+(bra)’ (F1 mais(bra)).
PRINCIPAIS FUNDAMENTOS DOS RATINGS
Os ratings do Alfa refletem a conservadora estratégia de concessão de crédito e administração de risco do banco.
Consideram, também, a boa qualidade de seus ativos, a alta liquidez, os índices de capital conf...
Fitch Afirma Ratings do Banco Alfa de Investimento S.A.
Fitch Ratings - São Paulo/Rio de Janeiro, 22 de maio de 2017: A Fitch Ratings afirmou, hoje, os seguintes
ratings do Banco Alfa de Investimento S.A. (Alfa):
-- Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’, Perspectiva Estável;
-- Rating Nacional de Curto Prazo ‘F1+(bra)’ (F1 mais(bra)).
PRINCIPAIS FUNDAMENTOS DOS RATINGS
Os ratings do Alfa refletem a conservadora estratégia de concessão de crédito e administração de risco do banco.
Consideram, também, a boa qualidade de seus ativos, a alta liquidez, os índices de capital confortáveis e o
histórico de desempenho adequado. Por outro lado, contemplam a captação ainda concentrada no atacado
(embora apropriada em termos de prazos e ao seu perfil de negócios) e a menor diversificação de suas atividades
frente aos bancos de grande porte locais.
Embora inferior à média dos pares, a rentabilidade do Alfa é adequada. O banco apresenta baixo custo de
captação, reduzida exposição a risco e baixa alavancagem. Sua rentabilidade média decresceu a partir de 2013
(retorno sobre patrimônio médio (ROAE) de 6% e retorno sobre ativos médios (ROAA) de 0,9%), em
comparação aos quatro anos anteriores (ROAE de 9,3% e ROAA de 1,4%). Desde 2013, os resultados têm sido
impactados negativamente pelo decréscimo ou baixo crescimento da carteira de crédito e, até 2014, pelo menor
spread das operações, devido à forte concorrência dos bancos públicos.
A maior receita financeira líquida desde 2015, proveniente de spreads mais altos no período, tem sido absorvida
pelo aumento das despesas de provisões para crédito. No entanto, grande parte do aumento de provisões (BRL15
milhões em 2016 e BRL38 milhões em 2015) refere-se a provisões adicionais às regras locais, que totalizaram
BRL83 milhões em dezembro de 2016. A Fitch considera esta política conservadora e em linha com a cultura de
risco do Alfa, sempre visando a cautela na concessão de crédito.
Apesar do aumento dos créditos na categoria de risco ‘D-H’ (2,9% em dezembro de 2016, frente a 1,9% em
dezembro de 2015 e 0,7% em 2014), a qualidade de crédito do Alfa continua melhor do que a dos pares – o que é
positivo, dado o conturbado momento que o país tem enfrentado nos últimos anos. A cobertura dos créditos entre
‘D-H’ era de altos 107% em dezembro de 2016. Os créditos em atraso acima de noventa dias respondiam por
apenas 1,0% da carteira no período (0,9% em 2015 e 0,5% em 2014). A carteira de crédito tem diminuído
sensivelmente desde 2013, com exceção de 2014, quando permaneceu estável. As operações de varejo,
principalmente as de financiamento de veículos e crédito consignado, representavam 49% da carteira em
dezembro de 2016 (47% em 2015), beneficiadas pelo foco em clientes de alta renda, de menor perfil de risco. As
operações de atacado (51% em 2016 e 53% em 2015), voltadas a grandes empresas, também continuam
apresentando risco adequado, mesmo com a maior concentração de tomadores.
Desde 2012, o Alfa tem tido êxito em alongar o prazo médio de sua base de captação e em captar, dos grandes
bancos locais, elevado volume de recursos a custos atraentes, por meio de letras financeiras (LFs), beneficiado
pela mudança das regras sobre os depósitos compulsórios. Este movimento também tem favorecido a gestão dos
descasamentos entre ativos e passivos e a liquidez, bem como minimizado a alta concentração por aplicador. Os
vinte maiores investidores representaram 54% do total da captação em 2016, o que é comum em bancos de
atacado.
Os indicadores de capital do Alfa são confortáveis (núcleo de capital Fitch (FCC) de 24,7% em dezembro de
2016) e, historicamente, mais elevados do que a média dos concorrentes. Não há dívida subordinada, e os ativos
intangíveis são irrelevantes. Na opinião da Fitch, isto garante ao banco forte capacidade de absorção de perdas e
folga para continuar expandindo suas operações.
Com origem em 1925, o Alfa e a financeira do grupo são listados na BM&F Bovespa desde 1977. O banco é
controlado por Aloysio Faria, que detém 81,52% do capital votante e 63,3% do capital total, e faz parte de
um grupo financeiro integrado, cujas instituições operam com foco no financiamento a grandes empresas,
veículos, crédito consignado, private banking, atividades de banco de investimento e gestão de recursos. A
administração das atividades do conglomerado é centralizada e compartilha os mesmos sistemas de controle
e de auditoria. O banco de investimento permanece como a instituição líder do Conglomerado Financeiro
Alfa e responde pela maior parte dos ativos e do patrimônio líquido deste.
SENSIBILIDADE DOS RATINGS
Ação de Rating Positiva: Um desempenho mais robusto (resultado operacional/ativos médios acima de 1,5%) e
melhoras na diversificação da captação podem afetar positivamente os ratings do Alfa.
Ação de Rating Negativa: Os ratings do banco podem ser negativamente afetados caso haja um improvável
cenário de enfraquecimento relevante da qualidade de ativos e do desempenho. Uma queda no índice FCC/ativos
ponderados pelo risco para menos de 13%, somada à deterioração do índice resultado operacional/média dos
ativos para menos de 1,0%, poderá resultar em ação de rating negativa. http://www2.bmfbovespa.com.br/empresas/consbov/frmNBC.asp?protocolo=565657
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