a maior parte dao faturamento vem em cima dos seguros de automóveis.
Vendas de veículos no País em junho têm recorde histórico, diz fonte
01/07/2009 - 11:17 , atualizada às 15:39 01/07 - Redação com agências
ImprimirEnviarCorrigirFale ConoscoSÃO PAULO - As vendas de veículos no Brasil bateram recorde em junho, alcançando cerca de 290 mil unidades, de acordo com uma fonte da indústria. A redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, em vigor desde meados de dezembro, tem sustentado a comercialização de veículos no País.
Governo prorroga isenção ...
a maior parte dao faturamento vem em cima dos seguros de automóveis.
Vendas de veículos no País em junho têm recorde histórico, diz fonte
01/07/2009 - 11:17 , atualizada às 15:39 01/07 - Redação com agências
ImprimirEnviarCorrigirFale ConoscoSÃO PAULO - As vendas de veículos no Brasil bateram recorde em junho, alcançando cerca de 290 mil unidades, de acordo com uma fonte da indústria. A redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, em vigor desde meados de dezembro, tem sustentado a comercialização de veículos no País.
Governo prorroga isenção de IPI de carros por mais três meses
O alívio fiscal tinha inicialmente prazo até março, foi prorrogado até junho e novamente estendido. As atuais alíquotas do IPI - de zero no caso dos veículos de mil cilindradas (1.0) permanecem até setembro e depois retornarão gradualmente.
Redução de IPI estimulou vendas
Segundo a fonte ouvida pela Reuters, com acesso a dados preliminares de licenciamentos de automóveis e comerciais leves, as vendas no mês passado totalizaram 289.985 unidades, superando o recorde de 288,1 mil unidades comercializadas em julho passado, até então o melhor mês de vendas na história do setor automotivo brasileiro.
O volume no mês passado representa uma alta de cerca de 22% sobre os 237,37 mil automóveis e comerciais leves vendidos em maio.
Com os números de junho, as vendas no primeiro semestre somam 1,39 milhão de unidades, superando ligeiramente os licenciamentos de 1,34 milhão do mesmo período de 2008.
Melhor ano da história
"Se continuarmos nesse ritmo, será o melhor ano da história do setor", diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. Ele lembra que, em novembro, quando a crise chegou ao Brasil após a quebra do Lehman Brothers, as vendas de carros despencaram de uma média de 240 mil unidades ao mês para 177,8 mil.
No mês seguinte, com mais de 300 mil carros encalhados nos pátios, as fábricas deram férias coletivas. "A média de vendas semanais ficou abaixo da metade do que registramos nas últimas semanas de setembro", diz Schneider.
O analista Alexandre Andrade, da consultoria Tendências, observa que o setor automotivo está sendo beneficiado pelo "estímulo do IPI e melhora nas condições de financiamento, principalmente nos prazos -que estão voltando a ser mais longos".
Diante da extensão do IPI reduzido, a Anfavea pode acabar revendo este mês sua projeção para o desempenho do setor este ano, de queda de 3,9% nas vendas de veículos no país, para 2,7 milhões de unidades, e recuo de 11,1% na produção, para 2,86 milhões de unidades.
Empregos
O nível de emprego não tem acompanhado o ritmo das vendas. Desde dezembro, foram fechados 6,4 mil postos de trabalho nas montadoras de veículos e máquinas agrícolas. Algumas empresas esboçam uma retomada nas contratações. A Volkswagen anunciou na semana passada 200 contratações na fábrica de São Bernardo do Campo e 50 na de Taubaté.
"Estamos avaliando novas contratações", informa Cledorvino Belini, presidente da Fiat. Segundo ele, ao longo do ano, a fábrica de Betim contratou mais de mil pessoas. Ele acredita em uma "queda natural das vendas em julho, com nova retomada a partir de agosto e setembro". Levando-se em conta que o último trimestre do ano passado foi fraco, a indústria já tem um desempenho melhor do que o de 2008.
Segundo André Beer, da André Beer Consult & Associados, era de se esperar que junho tivesse um desempenho tão bom. O governo deixou para a última hora a notícia de que a redução do IPI continuaria. "Foi uma antecipação de compra. Mas isso não quer dizer que o nível de vendas vá se manter assim até o fim do ano", explica Beer.
Carlos Alberto Grana, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, diz que o otimismo está longe das linhas de produção de caminhões e ônibus. "A realidade entre carros e caminhões é bem diferente. Já se percebe a indústria reconhecendo que errou na dose quando se viu diante da crise. Demitiram além da conta", avalia.
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sergio Nobre também tem medo quanto ao futuro dos trabalhadores das linhas de produção de caminhões e ônibus. "Para os carros já vemos uma retomada lenta das contratações. Mas nas fábricas de caminhões é bem diferente. As montadoras estão com programas de demissão voluntária porque dependiam muito do mercado externo. Vamos ver se agora, com as medidas anunciadas pelo governo, há uma retomada", afirma. Nobre prevê uma recuperação das vendas dentro de 30 a 60 dias.
(Com informações da Reuters e da Agência Estado)
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