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Tecnosolo e Sondotécnica atraem foco do mercado
Empresas - Francisco Góes
A Tecnosolo e a Sondotécnica, empresas cariocas cinqüentenárias que têm em comum a prestação de serviços de consultoria em engenharia, estão despertando o interesse de investidores depois de um longo período esquecidas pelo mercado. As duas empresas, que são pouco negociadas, registram valorizações expressivas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Em 12 meses, os papéis das companhias subiram cerca 500% em doze meses.
A alta das ações das duas empresas, veteranas no me...
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Tecnosolo e Sondotécnica atraem foco do mercado
Empresas - Francisco Góes
A Tecnosolo e a Sondotécnica, empresas cariocas cinqüentenárias que têm em comum a prestação de serviços de consultoria em engenharia, estão despertando o interesse de investidores depois de um longo período esquecidas pelo mercado. As duas empresas, que são pouco negociadas, registram valorizações expressivas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Em 12 meses, os papéis das companhias subiram cerca 500% em doze meses.
A alta das ações das duas empresas, veteranas no mercado de capitais no Brasil a Tecnosolo listou ações em bolsa em 1973 e a Sondotécnica, em 1980 -, relaciona-se em parte, segundo observadores, ao aquecimento dos setores de engenharia e construção. Para os principais executivos das empresas, a valorização das ações também pode ser explicada pelas perspectivas futuras das companhias, empresas tradicionais do segmento de engenharia que desenvolvem projetos no Brasil e no exterior.
Em 2006, a Tecnosolo teve receita líquida de R$ 136 milhões, recorde na história da empresa, número que deverá se repetir em 2007. Já o faturamento da Sondotécnica, no ano passado, foi de R$ 78 milhões.
As duas empresas têm o seu capital dividido em um terço de ações ordinárias, em mãos de acionistas controladores, e em dois terços de ações preferenciais que têm pouca liquidez no mercado. A Tecnosolo começa a analisar formas de financiamento para alavancar a expansão da empresa no segmento da construção civil, uma nova atividade no seu portfólio. Entre as opções em estudo está o aumento de capital.
No caso da Sondotécnica, um objetivo é aumentar o número de ações negociadas no mercado, diz o presidente da empresa, Jaime Rotstein. Fundada em 1954, a Sondotécnica tem operações no Brasil e no exterior, onde vem participado de empreendimentos em vários países, entre os quais Angola, República Dominicana e Panamá. Entre 25% e 30% do faturamento da empresa vem do exterior. Segundo Rotstein, como empresa de consultoria de engenharia, a Sondotécnica reforçou a "inteligência" (os seus recursos humanos) e preservou sua estabilidade fiscal. Rotstein afirma que, nos últimos cinco anos, a empresa nunca deixou de pagar 10% de dividendos aos acionistas. Em 2007, além dos dividendos aprovados em assembléia, a Sondotécnica pagou juros sobre capital próprio.
Marco Fiori, diretor da administradora de recursos Atrium, diz que empresas como a Tecnosolo podem tornar-se investimentos interessantes, com retornos expressivos a longo prazo, desde que seja feito acompanhamento profissional tanto da empresa quanto do setor. A Atrium focou sua linha de atuação neste nicho de empresa, diz Fiori.
A Atrium tem cerca de 13% do capital total da Tecnosolo, participando da empresa como sócio investidor. Na visão de Fiori, a busca por empresas menos conhecidas, que precisam ser "garimpadas", representa uma segunda onda no movimento de valorização das bolsas. As "blue chips" foram o primeiro alvo dos investidores e, em uma etapa seguinte, empresas menos conhecidas começam a chamar a atenção do mercado.
Marcelo Carneiro, diretor-presidente da Tecnosolo, avalia que a alta das ações da empresa vincula-se a uma série de fatores, entre os quais os mais significativos são a entrada da empresa na construção civil e no mercado imobiliário. Fundada em 1957 por Antonio José da Costa Nunes, a Tecnosolo começou sua atuação nos serviços especiais de engenharia, que inclui a recuperação de grandes estruturas, fundações especiais e contenção de encostas. Em um segundo momento, a empresa entrou no mundo da consultoria em engenharia, segmento no qual passou a figurar entre as dez maiores empresas do país.
De forma paralela, a Tecnosolo também passou a desenvolver, nos últimos anos, trabalhos na construção civil, área na qual atingiu a "maioridade" com a construção de uma arena poliesportiva para os jogos Pan-Americanos, em contratos de R$ 130 milhões. A obra alavancou o faturamento em 2006. A meta da empresa é elevar o faturamento para R$ 500 milhões em três ou quatro anos, dos quais 70% virão da construção civil e do mercado imobiliário. Os setores tradicionais da empresa, engenharia especial e consultoria, ficariam com os 30% restantes.
A Tecnosolo também prepara o lançamento de dois empreendimentos imobiliários no bairro de Santo Cristo, no centro do Rio, onde está a sede da empresa
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