malmei
- Dono
- 22
- 31/01/2008
SÃO PAULO – O presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Safady, afirmou que considera possível a construção de mais 600 mil moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, conforme propôs a presidente da República, Dilma Rousseff, ao lançar a segunda fase do programa nesta quinta-feira (16).
Durante o evento, Dilma afirmou que, caso o programa mantenha um bom ritmo ao longo dos próximos 12 meses, a meta de construção e reforma de moradias deve aumentar, passando para 2,6 milhões de unidades.
“Já considero ganhas essas 600 mil casas. O grande desafio que vamos ter agora é acelerar a apresentação de projetos e a contratação [de operações de financiamento] de novas unidades”, disse Safady, de acordo com a Agência Brasil.
Desafios
Para alcançar a meta da nova fase do Minha Casa, Minha Vida, Safady aponta a falta de mão de obra qualificada e a de terrenos como os grandes desafios. Para sanar a primeira deficiência, o setor vem investindo em capacitação e inovação tecnológica, segundo Safady.
Quanto aos terrenos, falta uma política eficaz no país, diz o presidente da Cbic. "Estou falando de agilidade, de processos mais racionais, de financiamento à comercialização de lotes. Tem um grupo de trabalho discutindo exclusivamente a questão da terra urbanizada. Precisamos ter terra em condições de receber o projeto e com bons preços”, considerou.
Minha Casa, Minha Vida 2
A nova fase do programa estabelece a construção e reforma de mais de 2 milhões de moradias para famílias de três faixas de renda: de até R$ 1,6 mil, até R$ 3,1 mil e de até R$ 5 mil. Na primeira fase do programa, as faixas eram R$ 1.395, R$ 2.790 e R$ 4.650.
As novas diretrizes destinam R$ 125,7 bilhões para o programa, até 2014, sendo R$ 53,1 bilhões em financiamentos e R$ 72,6 bilhões em subsídios.