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Durante o século passado, a energia elétrica tornou-se um dos elementos vitais para o desenvolvimento econômico de todas as nações do globo. Cada país estruturou-se à sua maneira para gerar a energia elétrica necessária para suprir a demanda de sua indústria e de sua população, de acordo com os recursos disponíveis em seus territórios. O Brasil, aproveitando seu enorme potencial hidrelétrico, estruturou um sistema de geração e distribuição de energia obtida através de usinas hidrelétricas.
Apesar de tratar-se de uma commodity estratégica para a soberania de qualquer nação, o aumento exponencial da demanda por energia elétrica nas duas últimas décadas do século XX obrigou grande parte dos países a privatizar total ou parcialmente seus respectivos setores energéticos, com o intuito de aliviar as contas públicas e de evitar crises de abastecimento energético.
Alguns países permitem a negociação de contratos futuros de eletricidade em mercado de bolsa. A Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (NYMEX) e a Bolsa de Mercadorias de Sidney (ASX) são os principais mercados globais para negociação desta commodity energética. Outros instrumentos derivativos (contratos a termo, swaps, contratos de opção, contratos de transmissão e derivativos de clima) podem ser transacionados através de mercado de balcão.
Os derivativos de eletricidade são instrumentos de hedge utilizados pela indústria de energia elétrica para proteger os participantes do mercado energético (Geradores, Distribuidores e Consumidores) contra riscos associados à variação excessiva do preço da eletricidade, do preço dos combustíveis (utilizados pelas usinas termelétricas), do volume de consumo e das condições climáticas. Todos estes fatores de risco são frutos da diminuição da ação governamental no setor elétrico, inserindo, naturalmente, uma maior volatilidade sobre o preço da energia elétrica.
Nos Estados Unidos da América, a PJM Interconnection administra o maior mercado de eletricidade mundial, servindo mais de 44 milhões de consumidores em Delaware, Illinois, Indiana, Kentucky, Maryland, Michigan, New Jersey, Ohio, Pennsylvania, Tennessee, Virginia, West Virginia e Washington. As companhias de energia que compõem a PJM Interconnection operam mais que 1.000 unidades geradoras a partir de termelétricas (abastecidas por gás natural, óleo combustível ou carvão), hidrelétricas e usinas nucleares. Esta rede de geração e distribuição de eletricidade é estreitamente relacionada com a rede elétrica do Estado de Nova Iorque e de outras áreas do leste norte-americano.
No Brasil, alguns derivativos desta commodity são negociados no mercado de balcão sem a mesma transparência inerente às transações realizadas no mercado de bolsa.
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