Nicósia, 16 de Julho de 2013 – Uma delegação de 30 membros da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) encontra-se no Chipre para analisar se o país, atingido por uma forte recessão, está cumprindo as metas determinadas pelas autoridades europeias, de acordo com o memorando de entendimento firmado junto aos credores internacionais em março.
De acordo com o ministro das Finanças do Chipre, Haris Georgiades, o governo está confiante quanto à aprovação do país nesse primeiro teste pós-resgate. “O governo está trabalhando intensamente e estou otimista que vamos ter um bom resultado da avaliação“, afirmou Haris Georgiades sobre a reunião com os membros da Troika.
A primeira reunião de alto nível da troika será realizada na quarta-feira pela manhã.
A próxima parcela do resgate da ilha depende do relatório que será publicado antes da reunião do Eurogrupo – grupo formado pelos ministros das Finanças dos países membros da zona do euro.
Haris Georgiades considerou a análise da Troika significativa e algo com que a ilha deve se acostumar, já que isso se repetirá a cada três meses. “Ninguém pode ficar feliz com o país sendo forçado a passar por avaliações externas, mas o curso dos acontecimentos que nos levaram a essa situação muito difícil é bem conhecido”, disse o ministro.
O minsitro afirmou que o país gasta um bilhão a mais que suas receitas, mas que isso está em curso de ser corrigido. “Os impostos não devem aumentar durante a recessão, precisamos cortar os gastos estatais e o governo não pode continuar gastando se nada tivesse acontecido”.
Atualmente, o país busca equilibrar o orçamento de 2014 em cerca de 11%, em comparação com este ano.
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Entenda a Crise do Chipre em 2013
Quando a crise da dívida europeia começa a emitir sinais de recuperação, um novo evento surgiu para colocar em xeque a unidade da zona do euro.
Um dos países mais prejudicados pelo acordo de resgate à Grécia sucumbiu às dívidas acumuladas por seu sistema bancário, que possuía ativos oito vezes maiores que o tamanho da economia do país.
Sem saída para honrar os compromissos junto aos credores, o governo cipriota pediu auxílio aos membros da zona do euro que, pela primeira vez desde o inicio da crise europeia, resolver impor condições falimentares a um país membro.