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PIB: Economia brasileira tem retração de 1,4% em maio

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São Paulo, 12 de Julho de 2013 – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, registrou retração de 1,40% em maio deste ano, ante abril. A comparação foi realizada utilizando o índice que desconsidera a influência da variação sazonal.

Foi o primeiro recuo do IBC-Br desde fevereiro deste ano, quando houve baixa de 0,41%, e a maior retração mensal desde dezembro de 2008 (-4,31%), segundo dados divulgados pelo Banco Central.

No fim de 2008, o IBC-Br teve uma sequência de quedas fortes: de 1,30% em outubro; 2,13% em novembro e 4,31% em dezembro – efeito do aprofundamento da crise financeira provocado pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro daquele ano.

Depois disso, o IBC-Br teve uma sequência positiva ininterrupta, de janeiro de 2009 a abril de 2010.

No ano, dos cinco meses divulgados até agora, o indicador caiu em dois e subiu em três. Em 2013, o índice apresenta variação positiva de 3,01% e sobe 1,74% no acumulado dos últimos 12 meses. Nesses casos, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – considerada mais apropriada por economistas.

Já na comparação anual, o IBC-Br mostrou uma alta de 2,28% em maio ante igual período do ano passado, na série sem ajuste. Considerando a sazonalidade, foi verificado avanço de 2,61%.

Entenda por que o IBC-Br indicou retração da economia brasileira em maio

A queda no IBC-Br ocorre exatamente um mês após o Banco Central (BC) ter iniciado o ciclo de alta da taxa de juros, com o objetivo de combater o crescimento da inflação. Em abril, a instituição subiu os juros básicos da economia de 7,25% para 7,50% ao ano, e em maio, a taxa avançou para 8,00% ao ano. Na última quarta-feira, o BC elevou novamente a taxa Selic em 0,50 pontos percentuais (8,50%).

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias.

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013, 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado financeiro é de que os juros continuem subindo neste ano e terminem 2013 em 9,25% ao ano. Segundo analistas, a política de gastos públicos em alta, com um corte menor de gastos neste ano no orçamento por parte do governo federal, além da disparada do dólar, contribuem para pressionar a inflação.

O fraco desempenho da economia registrado em 2012, e no começo deste ano, aconteceu apesar de várias medidas anunciadas pelo governo no decorrer do ano passado, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.

O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4,00% para este ano no fim de 2012, revisou seus números após a divulgação do PIB do primeiro trimestre, e admitiu que a taxa de expansão deste ano não chegará a 3,50%. Atualmente, segundo ele, a previsão atual para o PIB deste ano é de um crescimento de 3,00%.

No Relatório de Inflação de junho, o BC rebaixou sua previsão de crescimento para o ano de 3,10% para 2,7%. Já os analistas consultados para a confecção do boletim Focus, do BC, estimam um avanço de 2,34%. No entanto, na última semana alguns bancos revisaram as projeções de avanço para 2,00% e até menos.

Apesar de queda mensal, trimestre do IBC-Br indica avanço da economia

Apesar da retração na comparação mensal, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) segue mostrando variação positiva quando observada a média móvel trimestral. Considerando os dados com ajuste sazonal, o indicador, que tenta antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), mostra alta de 1,36% no período de março a maio, contra dezembro a fevereiro.

Mantendo a base de comparação, o trimestre encerrado em abril mostra avanço de 1,27% sobre os três meses imediatamente anteriores. No trimestre encerrado em março, a variação positiva é de 1,04%. Nas comparações anteriores, o indicador vinha rodando abaixo de 1%, desde os três meses encerrados em agosto do ano passado.

Entenda o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br)

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) é um indicador mensal, criado pelo Banco Central do Brasil para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB).

O indicador do Banco Central leva em consideração a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos.

Já o PIB, divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm demonstrado proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto, divulgados pelo IBGE. O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,60%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 0,90% no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o mesmo aconteceu. Enquanto o IBC-Br registrou uma expansão de 1,04% sobre os três últimos meses de 2012, o PIB veio menor: com um crescimento de 0,60%.


 

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