São Paulo, 15 de Agosto de 2013 – Foi por muito pouco, mas o Ibovespa conseguiu reverter a baixa performance da manhã e fechar o dia com leve valorização de 0,02%, a 50.908. Foi a sétima valorização seguida do principal índice do Mercado Bovespa.
A alta do dia foi motivada principalmente pela forte valorização – acima de cinco por cento – das ações da Petrobras e pelo reflexo do anúncio da noite anterior de que o empresário Eike Batista abriria mão do controle da empresa de logística LLX.
A Petrobras subiu forte graças as especulações de que o Governo prepara-se para diminuir a pressão sobre a estatal do setor de petróleo. Além de negociar um novo reajuste do combustível, o Estado estaria disposto a abrir mão da participação obrigatória de 30% da Petrobras em todos os campos do pré-sal. Ao longo do dia, o ministro de Minas e Energia não confirmou nenhum dos dois boatos.
A lista de altas do sia, no entanto, foi liderada pelas ações da LLX, que subiram mais de 10%após a confirmação que seu controle será transferido do empresário Eike Batista para a empresa norte-americana EIG Management Company, em um acordo de R$ 1,3 bilhão.
Outra empresa que também se destacou foi a construtora MRV, com alta de mais de 6%, após a empresa ter divulgado na véspera resultado do segundo trimestre acima das previsões de analistas. Animou ainda o mercado a afirmação do presidente da empresa de que vê um cenário de baixa concorrência para a construção de imóveis para a baixa renda nos próximos dois anos.
Mais cedo, o Ibovespa caiu forte (cerca de 1,5%) muito influenciado pela divulgação do balanço corporativo de uma série de empresas que, tal como a OGX de Eike Batista, também acumularam fortes prejuízos no segundo trimestre. A empresa petroleira caiu mais de 7%, após divulgar que seu prejuízo subiu quase 12 vezes no segundo trimestre, para R$ 4,7 bilhões.
As notícias vindas dos Estados Unidos também não foram muito boas: o número de norte-americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para mínima em quase seis anos na semana passada e os preços ao consumidor subiram amplamente em julho, reacendendo temores sobre uma redução na compra de títulos do Fed.