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Dólar: referência cambial mundial

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O debate sobre encontrar alternativas para uma moeda que assuma o papel vital que o dólar tem na economia mundial já existe há décadas, mas voltou com força desde que a polarização do Congresso americano passou a injetar volatilidade extra no sistema financeiro.

Atualmente, os Estados Unidos gozam de um status ímpar: podem chegar perto de decretar um default ao mesmo tempo que estampam a melhor classificação de risco possível para seus títulos soberanos – AAA -, reservada aos países com grande capacidade de pagar as suas dívidas.

A agência de classificação de risco Fitch questionou esse status ao colocar os títulos americanos em perspectiva ‘negativa’ na quarta-feira.

A agência observou que as incertezas da última semana ‘arriscam afetar a confiança do dólar como moeda de reserva mundial por excelência, ao pôr em dúvida a boa fé e o crédito’ do país.

Dois anos atrás, a agência Standard & Poors cumpriu o mesmo script diante de impasse semelhante no Congresso. A S&P rebaixou a categoria dos títulos soberanos americanos citando dificuldades no Congresso de lidar com os desafios orçamentários de médio e longo prazo até 2013.

 

Status privilegiado
O papel do dólar – e dos ativos denominados em dólar – na economia mundial é ilustrado pelos volumes da moeda que outros países mantêm em suas reservas internacionais, principalmente na forma de títulos soberanos.

Segundo o Fundo Monetário Internacional, os bancos centrais mantêm 62% das suas reservas internacionais – US$ 3,8 trilhões de um total de US$ 6,1 trilhões – em dólar.

Em comparação, o montante em euros alcança US$ 1,45 trilhão, ou 24% do total, de acordo com o FMI. A instituição notou que a proporção de euros nas reservas internacionais permanece abaixo do ápice atingido em 2009, quando 28% delas se compunham da moeda comum europeia.

Outro indicador importante: a moeda americana continua ‘sem competição’ no mercado de câmbio, estimado em US$ 5,3 trilhões por dia pelo Banco de Compensações Internacionais em abril. O dólar era utilizado em 87% de todas as transações deste mercado.

As reservas cambiais brasileiras são proporcionalmente mais concentradas no dólar porque é a moeda que todo mundo aceita.

Faz sentido pautar as suas reservas internacionais em dólar. Só que os americanos estão exaurindo a confiança que todo mundo depositou na economia deles. Se isso (as desavenças no Congresso) continuar, o que se imagina é que os países vão começar a buscar alternativas.

 

Que alternativa?
A grande questão é qual seria a alternativa à moeda americana no sistema internacional. Existe uma percepção, como definiu o megainvestidor George Soros, de que ‘o dólar é a moeda mais frágil (do mundo) à exceção de todas as outras’.

Com o euro em crise – pelo endividamento e más perspectivas de crescimento de vários países da área que usa a moeda -, os analistas acreditam que o yuan chinês estaria em posição de oferecer uma alternativa à moeda americana.

A China, um grande país exportador e importador, poderia começar a pressionar seus parceiros comerciais a aceitar a sua moeda em trocas de bens e serviços.

Entretanto, no momento, o yuan ainda não é amplamente aceito nas transações internacionais.

Já o iene japonês tem tido uma participação decrescente como moeda de reserva internacional (menos de 4% das reservas dos BCs), segundo o FMI.

Há alguns anos o FMI vem defendendo que seria possível implementar uma ‘moeda’ baseada em seus Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês). Os SDR são instrumentos usados pelo Fundo para realizar empréstimos que podem ser convertidos em qualquer moeda nacional através de um câmbio calculado a partir de uma cesta de moedas.

Esta opção teria a vantagem de evitar um dilema econômico: o de que ‘quando você atrela a moeda de reserva internacional a uma moeda nacional, você permite que esse país viva além das suas posses. Você permite a esse país contrair dívidas indiscriminadamente porque todo mundo compra essa moeda.

 

Mudança gradual
No longo prazo, muitos analistas nos Estados Unidos não acham negativo o debate sobre encontrar uma alternativa para o dólar no sistema econômico mundial.

Mas qualquer que seja o caminho, todos concordam que seria uma mudança gradual.

Países como a China e o Japão, que juntos detêm mais de US$ 2,4 trilhões em títulos do Tesouro americano, não estão interessados em se desfazer dos seus papeis repentinamente e corroer o seu valor de mercado – o que causaria também uma redução no valor das suas reservas.

Impacto semelhante seria sentido no Brasil, que detêm US$ 256 bilhões em títulos dos Estados Unidos.

 

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