São Paulo, 17 de Dezembro de 2013 – O que muitos esperavam finalmente aconteceu: o Banco Central dos Estados Unidos decidiu iniciar a série de cortes para reduzir sua política de estímulos à economia.

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed), divulgou que começará a reduzir a partir de janeiro seu programa de compra de ativos para estimular a economia dos Estados Unidos em US$ 10 bilhões. Com isso, diminuirá suas compras mensais de bônus do Tesouro e títulos hipotecários de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões.

Uma definição do Fed sobre o seu programa de estímulo econômico era aguardada há meses pelos mercados. O sobe e desce da moeda americana ficou mais intenso desde meados do ano quando uma autoridade do Fed indicou que estava chegando a hora de reduzir a injeção de dinheiro nos Estados Unidos.

A mudança na política do Fed foi aprovada por 9 votos a 1. O BC dos EUA informou ainda que provavelmente reduzirá mais compras de ativos em passos comedidos se dados mostrarem contínua melhora do mercado de trabalho e inflação rumo ao objetivo de longo prazo.

O BC dos EUA manteve a taxa de juro próxima de zero e disse que ela deve permanecer nesse patamar enquanto o desemprego for superior a 6,5% e a inflação projetada não superar 2,5%.

Como a economia brasileira é influenciada pela decisão do Fed?

A retirada de estímulos na economia dos Estados Unidos poderá causar volatilidade no mercado cambial, com alta do dólar.

Umas das possíveis consequências da diminuição do estímulo econômico é a redução da entrada de dólares nos mercados emergentes. No cenário anterior, com o aumento da quantidade de dólares em circulação e os títulos americanos pagando tão pouco, parte dos recursos injetados na economia americana acabaram sendo investidos em países emergentes, em papéis de maior risco e rentabilidade.