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06/01/14: Primeiro Boletim Focus de 2014 aponta para queda do PIB e da Produção Industrial

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Economistas das principais instituições financeiras do país apostam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 2,28% em 2013 e 1,95% em 2014. Já as previsões sobre a inflação continuam bem acima da meta oficial de 4,50% estipulada pelo Banco Central (BC): crescimento de 5,74% em 2013 e de 5,97% em 2014.

Brasília, 06 de Janeiro de 2014 – O mercado financeiro brasileiro iniciou o ano de 2014 mais pessimista em relação ao crescimento da economia e ao comportamento da indústria e da inflação.

De acordo com o Boletim Focus, relatório de mercado divulgado semanalmente pelo Banco Central do Brasil (BC), os principais economistas em atuação no país pioraram, na semana passada, suas projeções para 2013 sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a Dívida Líquida do Setor Público, o Produto Interno Bruto (PIB) e a Produção Industrial. Por outro lado, os economistas mostraram-se mais otimistas quanto ao desempenho da Conta Corrente brasileira.

Já para 2014, o último relatório divulgado pelo Banco Central mostra que o mercado financeiro brasileiro está mais pessimista em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da Produção Industrial. Em compensação, os economistas melhoraram suas projeções sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a Conta Corrente brasileira.

O Boletim Focus é fruto de uma pesquisa com cerca de 100 (cem) analistas de mercado, que representam as principais instituições financeiras do Brasil. Eles opinam  semanalmente sobre a perspectiva futura de diversos indicadores de nossa economia.

A pesquisa que originou o relatório atual foi realizada entre os dias 30 de Dezembro de 2013 e 03 de Janeiro de 2014.

 

Inflação

 

Pela terceira semana consecutiva, os principais analistas do mercado financeiro brasileiro elevaram suas projeções de inflação para 2013. Na edição atual do Boletim Focus, as projeções de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram para 5,74% – no relatório anterior, a previsão era que o principal indicador inflacionário do país terminasse 2013 com alta de 5,73%.

Já para 2014, a expectativa dos analistas para o comportamento da inflação recuou de 5,98% para 5,97%, de acordo com o levantamento da autoridade monetária.

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o Banco Central tem que calibrar a taxa básica de juros da economia para atingir as metas inflacionárias preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,50%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Apesar do sistema de metas de inflação estabelecer uma meta central de 4,5% para o ano, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem se comprometido somente com a queda da inflação em 2013 frente ao patamar registrado em 2012 e com um novo recuo em 2014.

Os analistas consultados pelo BC também registraram suas previsões sobre os Índices Gerais de Preços (IGP-DI e IGP-M) divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) elaborado em conjunto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e pela Universidade de São Paulo (USP). Para 2013, os analistas mantiveram estáveis suas projeções para o fechamento do IGP-DI (5,43%) e do IPC-Fipe (3,83%). O IGP-M fechou 2013 com alta de 5,51% em relação à 2012.

Já para 2014, as previsões do Boletim Focus também mantiveram-se sem alterações em relação à semana anterior: IGP-M (6,01%), IGP-DI (6,00%) e IPC-Fipe (5,40%).

 

Taxa de Juros

 

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter subido, no fim de novembro, a taxa básica de juros da economia brasileira (Taxa Selic), de 9,5% para 10,0% ao ano, o mercado manteve a previsão de novas altas do juro em 2014 – para 10,5% ao ano no fechamento do próximo ano. A expectativa do mercado é que a próxima elevação nos juros, para 10,25% ao ano, já aconteça em janeiro.

 

Produto Interno Bruto


O mercado financeiro também piorou sua previsão para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de uma alta de 2,30% para 2,28%. Já para 2014, a estimativa dos analistas para o crescimento da economia brasileira foi ainda pior, de 2,00% para 1,95% – um forte recuo de 0,05%.

 

Taxa de Câmbio

 

Nesta edição do Relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio (cotação do real brasileiro em relação ao dólar americano) no fim de 2014 manteve-se estável em R$ 2,45. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar ficou estável em R$ 2,40. A moeda americana fechou 2013 cotada em R$ 2,36 para venda, acumulando uma alta de 15,3% em relação ao fechamento de 2012 – a maior valorização anual desde 2008, quando subiu 31,9% por conta da crise econômica deflagrada nos Estados Unidos.

 

Balança Comercial

 

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2014 manteve-se estável em US$ 8 bilhões.

Em 2013, a balança comercial brasileira registrou um superávit (exportações menos importações) de US$ 2,56 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 2000 – quando foi apurado um déficit de US$ 731 milhões. O resultado representa uma forte piora em relação a 2012 – quando foi contabilizado um superávit de US$ 19,39 bilhões nas transações comerciais do Brasil com o exterior. Com isso, o saldo positivo da balança comercial caiu 86% em 2013.

 

Investimento Estrangeiro Direto

 

Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros também manteve-se inalterada em relação ao relatório anterior, no mesmo patamar de US$ 60 bilhões previstos entrarem no país em 2013.

 

Dívida Líquida do Setor Público

 

De acordo com a publicação atual do Boletim Focus, a dívida líquida do setor público chegaria a 34,60% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2013. Essa taxa é 0,02% maior que a projetada na última semana pelo Banco Central. Já para 2014, a previsão permaneceu estável em 35,00%.

 

Produção Industrial

 

Entre todos os indicadores econômicos pesquisados pelo Banco Central para a elaboração do Boletim Focus desta semana, a produção industrial foi o que apresentou a maior variação. Os analistas consultados diminuíram em 0,06% suas projeções sobre o desempenho da indústria brasileira em 2013, que fecharia o ano com um crescimento de 1,53% em relação à 2012.

Para 2014, a estimativa também foi mais pessimista, com os analistas apostando em um crescimento de 2,20% – 0,03% menor do que a taxa projetada na semana anterior.

 

Conta Corrente

 

Com relação ao saldo de transações entre o Brasil e o resto do mundo, o Boletim Focus aposta em um déficit de US$ 79,80 bilhões no final de 2013. A estimativa anterior apostava em um déficit em conta corrente ainda maior: US$ 80,00 bilhões. Já para 2014, os analistas estimam que a conta corrente brasileira fechará o ano com um déficit de US$ 71,30 bilhões.

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