Rio de Janeiro, 04 de Março de 2015 – No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial permaneceu em queda, com o índice mensal de janeiro de 2015 apontando o décimo primeiro resultado negativo consecutivo e com claro predomínio de taxas negativas entre as atividades econômicas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor industrial brasileiro registrou queda de 5,2% em janeiro de 2015, com perfil generalizado de resultados negativos, alcançando 20 das 26 atividades industriais e 65,6% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que janeiro de 2015 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 18,2%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada em grande parte pela redução na produção de aproximadamente 81% dos produtos investigados no setor, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões, reboques e semirreboques e autopeças.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,2%), de máquinas e equipamentos (-10,9%), de outros produtos químicos (-7,1%), de produtos alimentícios (-2,7%), de produtos de metal (-10,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-14,3%) e de metalurgia (-4,0%).
Em termos de produtos, os impactos negativos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva, naftas para petroquímica e asfalto de petróleo; televisores, telefones celulares, computadores pessoais portáteis (laptops , notebooks, tablete e semelhantes), monitores de vídeo para computadores, placas de circuito impresso montadas para informática, peças e acessórios para máquinas de processamento de dados e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater e semelhantes); máquinas para colheita, motoniveladores, silos metálicos para cereais, válvulas, torneiras e registros, tratores agrícolas, partes e peças para máquinas de colheita e carregadorastransportadoras; inseticidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para impressão, construção e para usos em geral, polipropileno (PP), silício, herbicidas e adubos e fertilizantes; bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, açúcar cristal e carnes e miudezas de aves e de suínos congeladas; estruturas de ferro e aço, parafusos, ganchos, pinos ou porcas de ferro e aço, artefatos diversos de ferro e aço estampado, esquadrias de alumínio, torres e pórticos de ferro e aço, pontes e elementos de pontes de ferro e aço e latas de ferro e aço para embalagem; medicamentos; camisetas de malha, camisas, blusas e semelhantes de malha de uso feminino, calças compridas de uso feminino, conjuntos de malha de uso feminino, camisas de malha de uso masculino, maiôs e biquínis, calças, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de malha de uso feminino, meia-calça de fibra sintética, vestidos de malha e cuecas de malha; e artefatos e peças diversas de ferro fundido, bobinas a frio de aços ao carbono, tubos, canos e perfis ocos de aço, vergalhões de aços ao carbono, bobinas ou chapas de aços zincadas, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, chapas, bobinas, fitas e tiras de aço relaminadas, fio-máquina de aços ao carbono, barras de aços ao carbono e ligas de alumínio em formas brutas.
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2014, entre as seis atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (10,4%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo.
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