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IBGE: Vendas no varejo brasileiro decresceram em sete das dez atividades avaliadas em fevereiro

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Rio de Janeiro, 20 de Abril de 2015 – O volume de vendas no varejo brasileiro diminuiu -0,1% no segundo mês do ano, em relação a janeiro de 2015. Em termos do volume de vendas, sete das dez atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtiveram resultados negativos, na relação entre o mês atual e o mês anterior.

As taxas registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foram: -1,3% em equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; -1,3% em móveis e eletrodomésticos; 0,8% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -0,7% em tecidos, vestuário e calçados; -0,2% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -5,3% em combustíveis e lubrificantes; -0,7% em materiais de construção; -3,5% em veículos e motos, partes e peças; 1,0% em livros, jornais, revistas e papelaria; e 1,8% em outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Na comparação entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2014, na série sem ajuste sazonal, considerando o volume de vendas, sete das dez atividades do comércio varejista registraram variações negativas. Por ordem de contribuição à taxa global negativa, os resultados foram os seguintes: -23,7% para veículos, motos, partes e peças; -13,0% para materiais de construção; -10,4% para móveis e eletrodomésticos; -10,4% para combustíveis e lubrificantes; -1,8% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -7,3% para tecidos, vestuário e calçados; e -5,3% para livros, jornais, revistas e papelaria. As atividades que exerceram impactos positivos na composição do resultado do varejo foram: outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,2%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 8,4%.

A atividade de móveis e eletrodomésticos, com variação de -10,4% no volume de vendas em relação a fevereiro do ano passado, registrou o maior impacto negativo na formação da taxa do varejo. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas de crescimento foram: -6,5% e -1,6%, respectivamente. Tal comportamento pode ser atribuído à retirada gradual dos incentivos (redução do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI) direcionados à linha branca somado ao menor ritmo de crescimento do crédito.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, registrou variação de -10,4% no volume de vendas, em relação a fevereiro de 2014, respondendo pela segunda maior contribuição negativa à taxa global do varejo. A taxa de crescimento acumulada no bimestre, -5,2% e a dos últimos 12 meses, 0,2%, reflete o comportamento do crescimento dos preços de combustíveis acima da média, com 10,2% de variação em 12 meses, contra os 7,7% do índice geral, segundo o IPCA.

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -1,8% no volume de vendas em fevereiro sobre igual mês do ano anterior, foi a terceira contribuição negativa na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. O crescimento acima da média dos preços de alimentação no domicílio (8,6% de variação no acumulado de 12 meses contra 7,7% do índice geral, segundo o IPCA) somado ao menor poder de compra da população, influenciou este desempenho.

A atividade de tecidos, vestuário e calçados, responsável pela quarta maior participação negativa na composição do índice geral do varejo, apresentou taxa de variação de -7,3% com relação a igual mês do ano anterior, de -3,8% no acumulado no ano e de -2,2% para os últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação (variações respectivamente de 2,9% e 7,7% no acumulado dos últimos 12 meses, até fevereiro, segundo o IPCA), esta atividade vem apresentando desempenho negativo e inferiores à média geral do comércio varejista.

O comércio de livros, jornais, revistas e papelaria, papelaria representou a quinta contribuição negativa ao resultado total do varejo, registrando variação no volume de vendas de -5,3% sobre fevereiro de 2014, e taxa acumulada de -7,9% no bimestre e de -9,1% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalheria, artigos esportivos e brinquedos, foi responsável pela maior influência positiva na formação da taxa do varejo, com variação de 3,0% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2014. Para os dois primeiros meses do ano a variação acumulada foi de 3,8% e para os últimos 12 meses de 6,5%. Este resultado positivo, em um cenário de queda de ritmo de crescimento de crédito e de massa de salários, é influenciado pelo baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados nesta atividade e que apresentam um grande volume de vendas.

O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a segunda participação positiva na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 3,2% na relação fevereiro 2015/fevereiro 2014, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 4,1% e 7,5%, respectivamente. O desempenho setorial favorável desta atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e à variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral.

A venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação neste mês, com aumento de 8,4% no volume de vendas em comparação a fevereiro de 2014, registrou a terceira maior participação positiva na formação da taxa global do varejo. Os resultados em termos acumulados, variação de 14,5% no ano e de 0,3% nos últimos 12 meses, pode ser explicado pelo comportamento dos preços do principal produto que compõe a atividade.

O comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou na relação entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2014, para o volume de vendas, uma variação de -10,3% e taxa acumulada no ano de -7,5% e em doze meses de -3,8%. Esse comportamento ocorre em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -23,7%, acumulando no ano de -19,8% e em 12 meses taxa de -12,8%.

A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários. Vale destacar ainda que, neste ano, o carnaval foi em fevereiro, fazendo com que houvesse menos dias úteis em relação ao ano passado.

O segmento de material de construção apresentou variação, no volume de vendas, de -13,0% na comparação com o fevereiro de 2014, de -7,8% no acumulado no bimestre e de -2,8 nos últimos 12 meses. Este resultado abaixo da média reflete as expectativas sobre o quadro macroeconômico, atrelado ao menor número de lançamentos no mercado imobiliário residencial e comercial, além do menor número de dias úteis em fevereiro.

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