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Produção industrial brasileira cai 0,9% em fevereiro de 2015

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Rio de Janeiro, 04 de Abril de 2015 – O setor industrial, em fevereiro de 2015, volta a mostrar um quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só na queda de 0,9% na comparação com o mês imediatamente anterior, mas também no perfil disseminado de taxas negativas, já que todas as grandes categorias econômicas apontaram redução na produção. Vale destacar que, com o resultado desse mês, o total da indústria encontra-se 10,0% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, permanecem os sinais de menor intensidade da atividade industrial.

No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial permaneceu em queda, com o índice mensal de fevereiro de 2015 apontando o décimo segundo resultado negativo consecutivo e com claro predomínio de taxas negativas entre as atividades e as grandes categorias econômicas. Vale destacar a influência não só da redução no ritmo da produção nesse início de ano, mas também do efeito calendário, já que fevereiro de 2015 teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior. Os sinais de redução no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2014 (-4,2%) com o resultado do primeiro bimestre de 2015 (-7,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.

Variação Mensal da Produção Industrial

A redução de 0,9% da atividade industrial de janeiro para fevereiro mostrou recuos nas quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), produtos do fumo (-24,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), com o primeiro assinalando o terceiro mês seguido de queda na produção e acumulando no período recuo de 8,9%; o segundo com redução de 48,0% em seis meses consecutivos de taxas negativas e o último eliminando a alta de 1,5% observado em janeiro.

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,4%), de metalurgia (-0,9%), de bebidas (-1,2%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,4%) e de produtos de minerais não-metálicos (-1,1%). Vale ressaltar que, com exceção do primeiro setor que mostrou taxa negativa pelo terceiro mês seguido e acumulou perda de 6,4% nesse período, as demais atividades apontaram resultados positivos em janeiro último: 6,3%, 0,4%, 2,5% e 0,9%, respectivamente. Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram assinalados por perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,0%), indústrias extrativas (0,9%), produtos de metal (2,9%), produtos têxteis (4,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%) e máquinas e equipamentos (1,2%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a janeiro, bens de capital (-4,1%) mostrou a redução mais acentuada, principalmente devido à menor produção de caminhões, ainda afetada pelas férias coletivas em várias unidades. Esse resultado eliminou parte do avanço de 8,2% assinalado em janeiro. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%), de bens de consumo duráveis (-0,4%) e de bens intermediários (-0,1%) também registraram resultados negativos em fevereiro, com os dois primeiros apontando o quinto mês consecutivo de queda na produção e acumulando nesse período perdas de 4,9% e de 8,9%, e o último voltando a recuar após interromper no mês anterior o comportamento predominantemente negativo presente desde setembro de 2014.

Assim, a média móvel trimestral da indústria recuou 0,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2015 frente ao nível do mês anterior, após assinalar recuos em novembro (-0,5%), dezembro (-0,9%) e janeiro (-0,9%).

Variação Anual da Produção Industrial

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 9,1% em fevereiro de 2015, com perfil generalizado de resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, em 24 dos 26 ramos, em 66 dos 79 grupos e em 70,2% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2015 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 30,4%, exerceu a maior influência negativa sobre a média da indústria, pressionada em grande parte pela redução na produção de aproximadamente 97% dos produtos investigados no setor, com destaque para automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões e ônibus, autopeças e reboques e semirreboques.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-24,0%), de máquinas e equipamentos (-10,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-19,7%), de produtos de metal (-12,8%), de produtos alimentícios (-3,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-9,5%), de metalurgia (-6,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-7,0%), de bebidas (-6,7%), de outros produtos químicos (-4,3%), de móveis (-16,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,3%).

Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2014, entre as duas atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (11,9%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados, óleos brutos de petróleo e minérios de ferro em bruto ou beneficiado.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-25,8%) e bens de capital (-25,7%) assinalaram, em fevereiro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) e de bens intermediários (-4,0%) também apontaram resultados negativos nesse mês, mas ambos com intensidade de queda menor do que a média nacional (-9,1%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 25,8% no índice mensal de fevereiro de 2015, décimo segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-27,2%), ainda influenciado por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-42,9%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-20,9%), de motocicletas (-19,1%) e de móveis (-17,0%). Por outro lado, a principal influência positiva foi observada no grupo de outros eletrodomésticos (13,7%), impulsionado principalmente pelo aumento na fabricação de eletroportáteis domésticos (aspirador de pó, liquidificador, espremedor de frutas, batedeira e semelhantes).

O setor de bens de capital (-25,7%) também assinalou a décima segunda taxa negativa consecutiva no índice mensal e apontou a queda mais intensa desde abril de 2009 (-27,4%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os grupamentos, com claro destaque para a redução de 33,3% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, ônibus e reboques e semirreboques.

A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) em fevereiro de 2015 foi o quinto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e o mais intenso desde janeiro de 2009 (-10,9%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pelos recuos observados nos grupamentos de não-duráveis (-15,1%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-5,9%) e de semiduráveis (-10,3%). Vale destacar também o resultado negativo assinalado pelo subsetor de carburantes (-5,1%), influenciado pelo recuo na fabricação de gasolina automotiva.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários (-4,0%) assinalou a décima segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde novembro do ano passado (-6,0%).

Variação da Produção Industrial Acumulada em 2015

No índice acumulado para o período janeiro-fevereiro de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,1%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 69,2% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-24,7%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 90% dos produtos investigados na atividade.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,4%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,5%), de máquinas e equipamentos (-10,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-19,2%), de produtos de metal (-11,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-17,1%), de produtos alimentícios (-2,9%), de outros produtos químicos (-5,6%), de produtos de minerais não-metálicos (-7,2%), de metalurgia (-4,7%) e de produtos de borracha e de material plástico (-6,0%).

Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (10,9%), impulsionada, em grande parte, pelo crescimento na extração de minérios de ferro pelotizados e de óleos brutos de petróleo.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o primeiro bimestre de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-21,1%) e bens de consumo duráveis(-20,1%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-27,8%), na primeira, e de automóveis (-22,0%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-6,9%) e de bens intermediários (-3,2%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, mas ambos com quedas menos intensas do que a observada na média nacional (-7,1%).

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