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IBGE: Vendas no varejo brasileiro decresceram em sete das dez atividades avaliadas em Março de 2015

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Rio de Janeiro, 20 de Maio de 2015 – O volume de vendas no varejo brasileiro diminuiu -0,9% no terceiro mês do ano, em relação a fevereiro de 2015. Em termos do volume de vendas, sete das dez atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtiveram resultados negativos, na relação entre o mês atual e o mês anterior.

As taxas registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foram: -0,2% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; -0,3% para material de construção; -1,4% em tecidos, vestuário e calçados; -2,2% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -2,3% em livros, jornais, revistas e papelaria; -3,0% para móveis e eletrodomésticos; e -4,6% em veículos e motos, partes e peças.

As atividades com resultados positivos foram: combustíveis e lubrificantes, com 2,8%; outros artigos de uso pessoal e doméstico e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, ambas com 1,2%.

Na comparação entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2014, na série sem ajuste sazonal, considerando o volume de vendas, três das oito atividades do comércio varejista registraram variações positivas.

Por ordem de contribuição à taxa global, os resultados foram os seguintes: 17,4% para outros artigos de uso pessoal e doméstico; 10,2% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; e 21,8% para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação.

As atividades que exerceram impactos negativos na composição do resultado do varejo foram: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com -2,4%; móveis e eletrodomésticos, com -6,8%; combustíveis e lubrificantes, com -2,1%; e tecidos, vestuário e calçados, com -1,2%. O comércio de livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou variação de -5,9%, não exerceu, praticamente, impacto na formação do resultado global.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, com crescimento de 17,4%, registrou o maior impacto na formação da taxa do varejo do volume de vendas, em relação a março de 2014. Este resultado reflete o efeito calendário já que o Carnaval no ano passado ocorreu em março, enquanto neste ano em fevereiro, gerando três dias úteis a mais em março de 2015. Para os três primeiros meses do ano a variação acumulada foi de 8,3%, e para os últimos 12 meses de 8,1%. Vale destacar que este resultado positivo é também foi influenciado pelo baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados nesta atividade e que apresentam um grande volume de vendas.

O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a segunda participação positiva na taxa global do varejo, apresentou taxa de 10,2% na relação março 2015/março 2014, e taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses de 5,7% e 7,4%, respectivamente. O desempenho setorial favorável desta atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e à variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral.

A venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação neste mês, com aumento de 21,8% no volume de vendas em comparação a março de 2014, registrou a terceira maior participação positiva na formação da taxa global do varejo. Os resultados em termos acumulados, variação de 16,9% no ano e de 2,3% nos últimos 12 meses, podem ser explicados pelo comportamento dos preços dos computadores, importante produto que compõe a atividade.

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com taxa de -2,4% no volume de vendas em março de 2015 sobre igual mês do ano anterior, foi a principal contribuição negativa na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. Em termos de resultados acumulados, a atividade apresentou variação no ano de -1,3% e nos últimos 12 meses de 0,4%. Apesar do crescimento dos preços de alimentação no domicílio se encontrarem abaixo da média geral , este desempenho negativo foi influenciado pelo menor poder de compra da população.

A atividade de móveis e eletrodomésticos, com variação de -6,8% no volume de vendas em relação a março do ano passado, registrou o segundo maior impacto negativo na formação da taxa do varejo. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas foram: – 6,7% e -2,5%, respectivamente. Tal comportamento pode ser atribuído à retirada gradual dos incentivos (redução do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI) direcionados à linha branca somado ao menor ritmo de crescimento do crédito.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, apresentou taxa de -2,1% no volume de vendas, em relação a março de 2014, respondendo pela terceira maior contribuição negativa à taxa global do varejo. A taxa de crescimento acumulada no trimestre, -4,0% e a dos últimos 12 meses, -0,3%, reflete o comportamento do crescimento dos preços de combustíveis acima da média, com 10,0% de variação em 12 meses, contra os 8,1% do índice geral, segundo o IPCA.

A atividade de tecidos, vestuário e calçados foi responsável pela quarta maior participação negativa na composição do índice geral do varejo, com variação de -1,2% em relação a igual mês do ano anterior, de -3,0% no acumulado no ano e de -1,7% para os últimos 12 meses. Mesmo com os preços de vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação (variações respectivamente de 3,2% e 8,1% no acumulado dos últimos 12 meses, até março, segundo o IPCA), esta atividade vem apresentando desempenho negativo e inferiores à média geral do comércio varejista.

O comércio de livros, jornais, revistas e papelaria, que não exerceu, praticamente, impacto na formação do resultado global, registrou variação no volume de vendas de -5,9% sobre março de 2014, e taxa acumulada no ano de -7,8% e de -9,0% nos últimos 12 meses. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

O Comércio Varejista Ampliado, composto do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou na relação março de 2015/março de 2014, para o volume de vendas, uma variação de -0,7%, taxa acumulada no ano de -5,3% e em doze meses de -3,4%. Este comportamento ocorre em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -3,7%, acumulando no ano taxa de -14,8% e, em 12 meses de -11,9%. Mesmo com três de dias úteis a mais em março deste ano, a redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da diminuição real da massa de salários.

O segmento de material de construção apresentou variação, no volume de vendas, de 2,8% na comparação com março de 2014. Este resultado positivo foi influenciado pelo maior número de dias úteis em março. Em relação aos resultados acumulados, as taxas foram de -4,4% no ano e de -2,7 nos últimos 12 meses, refletindo as expectativas negativas sobre o quadro macroeconômico.

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