Rio de Janeiro, 15 de Maio de 2015 – As importações brasileiras somaram US$ 14,665 bilhões no quarto mês do ano, alcançando o quinto maior valor para meses de abril desde o início da série histórica apurada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este, porém, também foi o menor valor de bens e serviços exportados para um mês de abril desde 2010.
Na comparação com o terceiro mês do ano (US$ 19,218 bilhões), as compras brasileiras oriundas do exterior decresceram 9,61%. Todos os tipos de produtos importados pelo país registraram queda mensal. Os destaques foram as matérias-primas, que concentraram 46,10% das importações nacionais no mês, além dos bens de capital, que registraram perda mensal de 24,09%. Comparando as compras externas de abril de 2015 com as compras realizadas no mesmo mês do ano anterior (US$ 19,218 bilhões), percebe-se um forte decréscimo de 23,69%. Tal recuo foi puxado, principalmente, pelas compras de matérias-primas, que decresceram 19,77% entre os períodos.
Considerando apenas os vinte dias úteis do mês, o país importou, em média, US$ 733,3 milhões por dia em abril de 2015. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, que também teve vinte dias úteis, houve retração de importação em todas as categorias de produtos, com grande destaque, porém, para a compra de petróleo, que diminuiu 71,47%.
Já na comparação com março de 2015, as categorias de Bens de Capital (-2,36%), Matérias-Primas (-3,14%) e bens de consumo duráveis (-6,53%) e não-duráveis (-18,09%) registraram retração na importação diária de produtos. Por sua vez, houve aumento na importação diária de combustíveis e lubrificantes (0,75%).
Confira todos os detalhes sobre as importações brasileiras em Abril de 2015
No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural, petróleo e carvão.
Com relação a bens de capital, decresceram os seguintes itens: máquinas e ferramentas (-34,5%), acessórios de maquinaria industrial (-30,2%), máquinas e aparelhos de escritório e uso científico (-23,1%), equipamento móvel de transporte (-18,1%) e maquinaria industrial (-16,7%).
No segmento bens de consumo, houve queda de 25,1% nas aquisições de bens duráveis e 8,8% nas aquisições de bens não-duráveis. As principais retrações em bens de consumo duráveis foram observadas nas importações de máquinas de uso doméstico (-32,9%), automóveis de passageiros (-30,0%), partes e peças para bens de consumo duráveis (-26,1%) e móveis e outros equipamentos para casa (-16,3%). E as principais retrações nos bens de consumo não-duráveis foi de bebidas e tabacos (-22,1%), produtos alimentícios (-15,0%) e produtos farmacêuticos (-12,4%).
No segmento de matérias-primas e intermediários, caíram as aquisições de produtos alimentícios (-41,5%), materiais de construção (-27,9%), matérias-primas para a agricultura (-25,9%), alimentos para animais (-25,8%), produtos agropecuários não-alimentícios (-24,5%), acessórios de equipamento de transporte (-18,3%) e partes e peças de produtos intermediários (-18,1%).
Importações Acumuladas no Ano
Comparando os períodos de janeiro a abril de 2015 e 2014, assinalou-se decréscimo de 15,9% nas importações brasileiras. No período comparativo, a retração abrangeu todas as categorias de produtos: combustíveis e lubrificantes (-32,4%), bens de consumo (-13,0%), bens de capital (-12,3%) e matérias-primas e intermediários (-12,5%).
Com respeito a bens de consumo, decresceram as aquisições de bens duráveis (-20,9%) e as de bens não-duráveis (-3,8%). No rol dos bens duráveis, as quedas registraram-se em máquinas e aparelhos de uso doméstico (-28,7%); automóveis de passageiros (-26,6%), partes e peças de bens de consumo duráveis (-12,8%), objetos de adorno e uso pessoal (-10,9%) e móveis e outros equipamentos para casa (-8,2%). As compras de não-duráveis tiveram a queda justificada pela retração de produtos de toucador (-17,1%), bebidas e tabacos (-9,0%) e produtos farmacêuticos (-4,7%).
A retração dos gastos com matérias-primas e produtos intermediários, categoria de maior relevância nas importações brasileiras – respondendo por 45,8% das compras totais acumuladas nos quatro meses de 2015, atribuiu-se, principalmente, à retração de produtos alimentícios (-29,5%), acessórios de equipamento de transporte (-21,1%), materiais de construção (-21,4%), matérias-primas para a agricultura (-13,9%) partes e peças de produtos intermediários (-13,6%), e produtos agropecuários não-alimentícios (-11,2%).
Dentre os bens de capital, observaram-se quedas nas aquisições de acessórios de maquinaria industrial (-24,3%), máquinas e ferramentas (-20,2%), máquinas e aparelhos de escritório e uso científico (-19,6%), partes e peças de bens de capital para agricultura (-18,0%), maquinaria industrial (-16,1%) e equipamento móvel de transporte (-14,6%).
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