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Quinta alta consecutiva faz Taxa Selic seguir no maior patamar dos últimos seis anos

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Nesta quarta-feira, 29 de Abril de 2015, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), decidiu aumentar a taxa básica de juros (Taxa Selic) em 0,50%, de 12,75% para 13,25% ao ano.  Com a decisão, os juros básicos da economia brasileira permanecem em seu maior patamar desde a reunião de 10 de Dezembro de 2008, quando o Copom manteve a Taxa Selic em 13,75% ao ano.

A Taxa Selic é o principal instrumento do BC para tentar manter a inflação oficial do país, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), o centro da meta de inflação corresponde a 4,50% ao ano, com uma margem de erro de 2,00%, podendo variar entre 2,50% (piso da meta de inflação) e 6,50% (teto da metade inflação).

Ao término da reunião desta quarta-feira, o Copom informou que a decisão de aumentar a taxa básica de juros em 0,50% levou em consideração o atual cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula alta de 8,13% nos últimos doze meses (entre abril de 2014 e março de 2015) – bem acima do teto da meta estabelecido pelo CMN.

De acordo com o último Relatório Focus, pesquisa semanal elaborada pelo BC junto às principais instituições financeiras do país, divulgado na última segunda-feira (27 de Abril de 2015), o IPCA encerrará 2015 em 8,25%, bem acima do teto da meta inflacionária. O próprio Banco Central já admite que a inflação deve estourar o teto da meta inflacionária em 2015. A autoridade monetária tem dito que trabalha para evitar a propagação da inflação neste ano e para trazer a o IPCA para o centro da meta, de 4,50%, até o final de 2016.

Embora auxilie no controle dos preços, o aumento da Taxa Selic prejudica o crescimento da economia. De acordo com o Relatório Focus, os analistas econômicos projetam retração de -1,10% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2015. Seria a maior retração econômica do país nos últimos 25 anos.

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