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Economista-chefe da corretora Concórdia acredita em aumento da Selic para 14,25% a.a.

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Relatório elaborado Flávio Combat, economista-chefe da corretora Concórdia.

O Banco Central deverá promover um aumento de 50 bps na taxa referencial de juros da economia brasileira, elevando a Selic a 14,25% aa. A decisão, a ser anunciada hoje, deverá ser justificada com base: (i) na inflação persistente e acima do teto da meta, com projeção de que a convergência para o centro da meta (4,5%) não ocorra antes do final de 2016 (segundo os modelos do próprio BC); (ii) na pressão da taxa de câmbio sobre a inflação doméstica; (iii) na pressão inflacionária exercida pela correção dos preços administrados (energia elétrica, água, combustíveis, transportes públicos, medicamentos); (iv) e, indiretamente, com base na necessidade de preparar a economia brasileira para o esperado aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. Para 2015, projetamos uma taxa Selic, fim de período, de 14,50% aa.

– A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizada entre ontem e hoje, deverá ser concluída com a decisão de promover um aumento de 50 bps na taxa Selic, elevando os juros a 14,25% aa.

– A ata da última reunião do Copom manteve a afirmação de que “os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes. Nesse contexto, o Copom reafirma que a política monetária deve manter-se vigilante.” Nesse sentido, vale observar que a inflação acumulada em doze meses até julho, medida pelo IPCA-15, alcançou 9,25% (considerando que o centro da meta é de 4,50%). A ata do Copom também destacou que as projeções oficiais do BC continuam apontando uma inflação acima do centro da meta em 2016. Nesse sentido, segundo o BC, “decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% estabelecida pelo CMN, ao final de 2016”.
– Dentre os elementos que pesam a favor da continuidade do aperto monetário, vale destacar a pressão inflacionária exercida pela correção dos preços administrados (com destaque para a energia elétrica, combustíveis, água, medicamentos e tarifas de transportes urbanos). A correção do preço da energia elétrica responde ao aumento da participação das termelétricas na geração de energia, com maior custo, que vem sendo repassado ao consumidor por meio do sistema de “bandeiras tarifárias”.

– Dentre os elementos que devem pesar na decisão do BC, destacamos também a pressão inflacionária exercida pela desvalorização do Real frente ao dólar. Um dólar mais caro implica aumento de custos dos insumos importados por diversos segmentos da indústria, com inevitável repasse para os preços domésticos. A renovação das fontes de pressão por desvalorização do Real (perspectiva negativa para o rating soberano do Brasil, crise na Grécia, instabilidade das bolsas na China) é, nesse sentido, um fator central a influenciar a condução da política monetária.

– Projetamos que o Copom deverá promover ainda um ajuste residual (de 25 bps) da Selic na reunião dos dias 1 e 2 de setembro, elevando assim a taxa de juros a 14,50% aa. A partir daí, o BC deve manter os juros inalterados até o final de 2015.

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