A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).

Quando desconsiderada a receita de construção, a Ecorodovias alcançou uma receita líquida pró-forma comparável relativamente positiva, com expansão de 6,1%, para R$ 608,4 milhões. Esta evolução está ligada à elevação de 7,5% da tarifa média, ao ramp up da ECO 101 e da inclusão da Ecoponte (ainda não pedagiada no 2T15) no tráfego de veículos, parcialmente compensados pela retração da atividade – penalizando os veículos comerciais – e a não cobrança de eixo suspenso nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Outro segmento afetado pela menor atividade foi o Ecoporto de Santos (-24,6% receita bruta), que também sofreu efeitos não recorrentes de investimentos e do incêndio na margem direita, em abril. O ganho de margem Ebitda (pró-forma ou não) é explicado pela redução de custos com serviços de terceiros em rodovias e, em menor escala, pelo bom desempenho de E-Log. O mesmo comportamento não foi observado na linha final, por conta de elevação de juros e correção monetária de seus passivos, que ficaram maiores pelo pagamento de dividendos e compra de participação na E-Log, elevando a dívida líquida para 3,3x Ebitda de 12 meses, ante 2,0x no 2T14. Entendemos que a companhia apresentou resultados satisfatórios, possui um portfólio operacional de qualidade e que está bem posicionada em uma eventual recuperação econômica, porém, por não haver clareza quanto à extensão e gravidade da crise atual, não recomendamos suas ações no momento.