Em 07 de Maio de 2015, a Cetip (CTIP3) divulgou relatório sobre seus resultados operacionais e financeiros durante o primeiro trimestre de 2015. As informações financeiras e operacionais contidas nesse relatório, exceto quando indicado de outra forma, são apresentadas em bases consolidadas, em reais brasileiros, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo a Legislação Societária e a convergência às normas internacionais do IFRS. As comparações realizadas neste comunicado levam em consideração o primeiro de 2014, exceto quando especificado em contrário.
A Cetip (CTIP3) é uma organização nascida em 1986, sendo uma empresa integradora do mercado financeiro, oferecendo serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos. Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e transparência para as operações financeiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade brasileira. A empresa é, também, a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do Brasil.
Mais de 15 mil instituições participantes utilizam os serviços do Cetip: fundos de investimento, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, corretoras de valores mobiliários, distribuidoras de valores mobiliários, financeiras, consórcios, empresas de leasing, empresas de crédito imobiliário, cooperativas de crédito, investidores estrangeiros e empresas não financeiras (fundações, concessionárias de veículos e seguradoras). Milhões de pessoas físicas são beneficiadas todos os dias por produtos e serviços prestados pela companhia como processamento de TEDs e liquidação de DOCs, além de registro de CDBs e títulos de Renda Fixa, e serviço de entrega eletrônica das informações necessárias para o registro de contratos e anotações dos gravames pelos órgãos de trânsito.
Conjuntura Econômica da Cetip no 1° Trimestre de 2015
A receita bruta total da Cetip (CTIP3) de R$ 325,6 milhões no primeiro trimestre de 2015, com crescimento de 13,0% em relação ao primeiro trimestre de 2014 e queda de 0,9% em relação ao quarto trimestre de 2014.
A receita bruta da UTVM de R$ 220,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 18,8% superior ao primeiro trimestre de 2014 e 5,7% acima do quarto trimestre de 2014.
A receita bruta da UFIN de R$ 104,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 2,6% acima do primeiro trimestre de 2014 e 12,3% menor do que no quarto trimestre de 2014.
A receita líquida de R$ 266,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 11,0% superior ao primeiro trimestre de 2014 e 1,8% inferior ao quarto trimestre de 2014.
O ebitda ajustado de R$ 190,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, com expansão de 12,5% em relação ao primeiro trimestre de 2014 e de 3,1% em comparação ao quarto trimestre de 2014.
O lucro líquido ajustado de R$ 152,6 milhões no primeiro trimestre de 2015, 13,9% superior ao primeiro trimestre de 2014 e 1,8% maior do que no quarto trimestre de 2014.
Foi concluída em março a primeira fase da mudança para a cidade de Barueri e iniciada a execução do Programa de Recompra de Ações aprovado em 04/03/2015, com a aquisição de 673.500 ações no mês de março.
Receita bruta de serviços da Cetip no 1° Trimestre de 2015
A receita bruta de serviços da Cetip (CTIP3) totalizou R$ 325,6 milhões no primeiro trimestre de 2015, com queda de 0,9% em relação ao quarto trimestre de 2014 e crescimento de 13,0% em comparação ao quarto trimestre de 2014. A receita bruta da Unidade de Títulos e Valores Mobiliários (“UTVM”) avançou 5,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2014, resultado explicado pela expansão das receitas de custódia (+9,4%), transações (+10,3%) e utilização mensal (+3,9%), e pelo recuo das linhas de registro (-1,9%) e outras receitas de serviços (-0,2%).
Já a receita bruta da Unidade de Financiamentos (“UFIN”) recuou 12,3% no mesmo período de comparação, em razão da queda da receita do Sircof (-16,9%) e SNG (-12,5%), reflexo principalmente do recuo de 20,0% na quantidade de veículos financiados no período de comparação. As deduções da receita (impostos e outras deduções) aumentaram 3,4% no período, em decorrência da evolução das receitas observada no período e da política de descontos por volume de transações na UTVM e de outros descontos concedidos para serviços prestados pela UFIN. Pelo exposto, a receita operacional líquida atingiu R$ 266,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 1,8% inferior ao quarto trimestre de 2014.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita bruta da UTVM cresceu 18,8%, resultado explicado, em maior escala, pelo aumento das receitas de custódia (+31,8%) e transações (+31,6%), e, em menor escala, pelo crescimento das receitas de utilização mensal (+7,6%), registro (+4,1%) e outras receitas de serviços (+5,3%). Já a receita bruta da Unidade de Financiamentos (“UFIN”) registrou crescimento de 2,6% no mesmo período de comparação, em razão do efeito líquido do crescimento em market data e desenvolvimento de soluções (+31,1%) da queda da receita do SNG (-4,2%). As deduções da receita (impostos e outras deduções) aumentaram 23,2% no período, em decorrência dos mesmos fatores que explicam a variação em relação ao quarto trimestre de 2014.
A receita operacional bruta da UTVM totalizou R$ 220,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, registrando crescimento de 5,7% em comparação ao quarto trimestre de 2014 e de 18,8% em relação ao primeiro trimestre de 2014. Os serviços de custódia foram responsáveis por 38,9% da receita bruta da UTVM no trimestre, enquanto a utilização mensal respondeu por 21,3%, transações representaram 16,2%, registro 13,8%, processamento de TEDs (CIP) 4,2%, taxas de operações compromissadas, operações definitivas e plataforma eletrônica 4,1%, e as demais receitas de serviços somaram 1,5%.
As receitas de registro alcançaram R$ 30,6 milhões no primeiro trimestre de 2015, 1,9% inferiores ao quarto trimestre de 2014, consequência principalmente da queda das receitas de registro de instrumentos de captação bancária (-15,4%) e de outros serviços de registro (-35,9%), apesar do avanço de 31,5% das receitas com registro de derivativos de balcão. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, as receitas de registro cresceram 4,1%, resultado do efeito líquido do aumento das receitas com registro de derivativos de balcão (+32,1%), da queda da receita com registro de instrumentos de renda fixa (-5,5%) e da redução da receita de outros serviços de registro (-18,8%).
A receita com registro de instrumentos de renda fixa totalizou R$ 16,7 milhões no primeiro trimestre de 2015, 10,1% inferior ao quarto trimestre de 2014, em decorrência da queda das receitas de registro de instrumentos de captação bancária (-15,4%), reflexo basicamente: da redução da receita com registro de CDB, impactada, dentre outros fatores, pela redução de preço praticada a partir de março de 2015, que marca o início da vigência da Circular 3709 (“3709”), e da queda dos volumes registrados no período de comparação; e da queda da receita com registro de DI, explicada principalmente pela redução da margem média do instrumento. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita de registro de instrumentos de renda fixa caiu 5,5%, resultado: da queda das receitas de registro de instrumentos de captação bancária (-20,3%), conforme destacada acima; e do aumento das receitas com registro de instrumentos do mercado imobiliário (+34,7%), instrumentos do agronegócio (+30,5%) e outros instrumentos de renda fixa (+12,7%).
A receita de registro de derivativos de balcão, que inclui operações estruturadas, somou R$ 11,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, 31,5% superior ao quarto trimestre de 2014, em decorrência do avanço das receitas com registro de swaps, outros derivativos / operações estruturadas. É importante observar que o aumento da volatilidade do câmbio (R$ x US$) tem contribuído para o crescimento do volume de derivativos de balcão registrados. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita de registro de derivativos de balcão cresceu 32,1%, resultado do avanço das linhas que compõem essa receita, com destaque para swaps e outros derivativos / operações estruturadas.
As receitas de custódia somaram R$ 85,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, 9,4% superiores ao quarto trimestre de 2014, por conta do aumento das receitas com custódia de derivativos de balcão e operações estruturadas (+15,6%), de manutenção de comitentes (+35,7%) e de ativos de renda fixa (+4,2%), com destaque para os instrumentos de captação bancária (+7,9%), basicamente Letras Financeiras e, a partir de março de 2015, também incluindo as receitas com custódia de CDB. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, as receitas de custódia cresceram 31,8%, aumento explicado principalmente pelo desempenho das receitas de custódia de ativos de renda fixa (+18,5%), com destaque para debêntures (+13,1%) e instrumentos de captação bancária (+25,1%), derivativos de balcão e operações estruturadas (+78,6%) e manutenção de comitentes (+51,7%).
A receita de utilização mensal totalizou R$ 47,0 milhões no primeiro trimestre de 2015, com aumento de 3,9% em relação ao quarto trimestre de 2014, resultado principalmente do crescimento de 3,6% na margem média, explicada principalmente pelo reajuste anual de preços com base no IGP-M acumulado de 2014 (+3,7%). Em comparação ao primeiro trimestre de 2014, a receita de utilização mensal aumentou 7,6%, resultado do crescimento de 2,3% na quantidade média de clientes e da expansão de 5,2% na margem média, conforme mencionada acima.
A receita de registro de derivativos de balcão, que inclui operações estruturadas, somou R$ 11,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, 31,5% superior ao quarto trimestre de 2014, em decorrência do avanço das receitas com registro de swaps, outros derivativos / operações estruturadas. É importante observar que o aumento da volatilidade do câmbio (R$ x US$) tem contribuído para o crescimento do volume de derivativos de balcão registrados. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita de registro de derivativos de balcão cresceu 32,1%, resultado do avanço das linhas que compõem essa receita, com destaque para swaps e outros derivativos / operações estruturadas.
As receitas de custódia somaram R$ 85,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, 9,4% superiores ao quarto trimestre de 2014, por conta do aumento das receitas com custódia de derivativos de balcão e operações estruturadas (+15,6%), de manutenção de comitentes (+35,7%) e de ativos de renda fixa (+4,2%), com destaque para os instrumentos de captação bancária (+7,9%), basicamente Letras Financeiras e, a partir de março de 2015, também incluindo as receitas com custódia de CDB. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, as receitas de custódia cresceram 31,8%, aumento explicado principalmente pelo desempenho das receitas de custódia de ativos de renda fixa (+18,5%), com destaque para debêntures (+13,1%) e instrumentos de captação bancária (+25,1%), derivativos de balcão e operações estruturadas (+78,6%) e manutenção de comitentes (+51,7%).
A receita de utilização mensal totalizou R$ 47,0 milhões no primeiro trimestre de 2015, com aumento de 3,9% em relação ao quarto trimestre de 2014, resultado principalmente do crescimento de 3,6% na margem média, explicada principalmente pelo reajuste anual de preços com base no IGP-M acumulado de 2014 (+3,7%). Em comparação ao primeiro trimestre de 2014, a receita de utilização mensal aumentou 7,6%, resultado do crescimento de 2,3% na quantidade média de clientes e da expansão de 5,2% na margem média, conforme mencionada acima.
A receita de transações totalizou R$ 35,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 10,3% superior ao quarto trimestre de 2014, resultado: da expansão de 24,6% na quantidade de transações processadas, consequência do aumento da atividade na depositária e do início da vigência da 3709 em março de 2015; e da queda de 11,5% na margem média, sendo esta influenciada pela utilização mais intensiva de uma janela de preços mais baixos, criada no contexto da implementação da 3709. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita de transações cresceu 31,6%, desempenho explicado pelo: aumento de 55,8% na quantidade de transações processadas, conforme destacado acima; e redução da margem média por transação, também explicada pelo contexto da implantação da 3709.
As outras receitas de serviços da UTVM totalizaram R$ 21,5 milhões no primeiro trimestre de 2015, praticamente estáveis (-0,2%) em relação ao quarto trimestre de 2014, resultado: do crescimento das receitas com taxas de operações compromissadas, operações definitivas e plataforma eletrônica (+1,8%); do aumento das demais receitas de serviços da UTVM (+2,9%); e da queda da receita com processamento de TEDs (-3,2%).
A queda de 3,2% na receita de TEDs, que representa 42,7% das outras receitas de serviços da UTVM, foi decorrente: i) da redução de 5,7% na quantidade de TEDs processadas, em decorrência, dentre outros fatores, dos 4 dias úteis a menos no primeiro trimestre de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014; e do aumento de 2,6% na margem média, reflexo do menor volume processado no trimestre, fato este que reduz o efeito dos descontos progressivos por volume que fazem parte da estrutura de preços do processamento das TEDs. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita com o processamento das TEDs permaneceu praticamente estável (-0,6%), resultado: da redução de 20,5% na margem média, reflexo principalmente da entrada em vigor da nova faixa de preços válida para o período de março de 2014 até fevereiro de 2016, que prevê uma estrutura de preços nominalmente menor do que aquela que vigorou entre março de 2012 e fevereiro de 2014, e também da política de preços definida em contrato, que estabelece preços decrescentes em função de faixas de volume; e do aumento de 25,1% na quantidade de TEDs processadas, em decorrência, entre outros fatores, da redução do ticket mínimo para realização de TEDs de R$ 1 mil para R$ 750, no inicio de julho de 2014, e de R$ 750 para R$ 500, em janeiro de 2015.
A receita operacional bruta da UFIN totalizou R$ 104,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, com queda de 12,3% em relação ao quarto trimestre de 2014, porém crescimento de 2,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2014. O SNG respondeu por 42,0% da receita bruta da UFIN no trimestre, o Sircof representou 38,9%, market data e desenvolvimento de soluções alcançaram 18,2% e as outras receitas de serviços responderam por 0,9%.
A receita gerada pelo SNG totalizou R$ 44,0 milhões no primeiro trimestre de 2015, com queda de 12,5% quando comparada ao quarto trimestre de 2014, por conta: da redução de 20,0% na quantidade de veículos financiados (-13,8% do segmento de novos e -6,2% do segmento de usados), relacionada à queda de 17,5% na quantidade de veículos vendidos (-10,6% no segmento de novos e -6,9% no segmento de usados), o que provocou, desta forma, a redução da relação entre veículos financiados e veículos vendidos de 34,6% no quarto trimestre de 2014 para 33,6% no primeiro trimestre de 2015; e do aumento de 3,7% no preço do SNG, resultado do reajuste anual de preços pelo IGP-M. Em comparação ao primeiro trimestre de 2014, a receita gerada pelo SNG caiu 4,2%, resultado: da redução de 8,6% na quantidade de veículos financiados, resultado da queda de 2,2% na relação entre veículos financiados e veículos vendidos, que passou de 35,8% no primeiro trimestre de 2014 para 33,6% no primeiro trimestre de 2015, e da queda de 2,4% na quantidade de veículos vendidos; e do reajuste anual de preços pelo IGP-M, conforme comentado acima. Cabe destacar que, em 2014, visando a garantir a adequada aplicação dos princípios contábeis relativos ao reconhecimento de receitas, a Companhia revisitou o tratamento dispensado às receitas do SNG, passando a reconhecer parcela da receita no momento da inserção de uma restrição financeira e o restante ao longo do período em que tal restrição permanece registrada até sua baixa, não mais reconhecendo a receita integralmente no momento da sua inserção, conforme critério anteriormente adotado. Essa revisão resultou no reconhecimento de um passivo composto pelas receitas já recebidas, mas que somente serão reconhecidas em períodos futuros, acompanhado do reconhecimento dos respectivos reflexos tributários, em contrapartida ao aumento do valor do ágio resultante da aquisição da GRV em 2010.
A receita advinda do Sircof atingiu R$ 40,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 16,9% inferior ao quarto trimestre de 2014. Este resultado pode ser explicado pelos mesmos aspectos que influenciaram o comportamento da receita do SNG no período. Em comparação ao primeiro trimestre de 2014, a receita do Sircof ficou estável, consequência dos mesmos fatores que determinaram o comportamento do SNG e também: do crescimento de 8,0% na relação entre contratos registrados e o total de financiamentos (penetração do produto), de 62,0% no primeiro trimestre de 2014 para 70,0% no primeiro trimestre de 2015, em decorrência do crescimento de market share do Cetip Contratos no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, do início da prestação de serviços de registro de contratos nos estados da Bahia, Espírito Santo e Piauí no final de 2014, e da variação na participação relativa dos estados que estão ligados ao Sircof; e da retração de 3,0% na margem média, principalmente por conta da redução da quantidade de inclusões de contratos em estados cobertos pelo Sircof, que passou de 777 mil no primeiro trimestre de 2014 para 683 mil no primeiro trimestre de 2015, e do aumento da penetração do Cetip Contratos, que possui margem média inferior à do Sircof.
A receita com market data e desenvolvimento de soluções somou R$ 19,1 milhões no primeiro trimestre de 2015, com queda de 1,1% em relação ao quarto trimestre de 2014, em razão: da queda nas linhas de Cetip Infoauto e Infoauto Pagamentos; e do crescimento nas linhas de Cetip Panorama, Cetip Performance e Cetip Plataforma Imobiliária – Gestão de Garantias. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a receita com market data e desenvolvimento de soluções cresceu 31,1%, principalmente em decorrência do desempenho das receitas do Cetip Performance e do Infoauto Pagamentos, e das receitas relacionadas à Cetip Plataforma Imobiliária – Gestão de Garantias.
Despesas operacionais da Cetip no 1° Trimestre de 2015
As despesas operacionais da Cetip (CTIP3) ajustadas somaram R$ 75,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, 12,1% inferiores ao quarto trimestre de 2014, movimento explicado pela: estabilidade nas despesas de pessoal (-0,2%) e redução de 39,2%, ou R$ 5,4 milhões, nas despesas gerais e administrativas, cujo decréscimo está principalmente relacionado a gastos pontuais que se concentraram no último trimestre do ano passado, tais como: despesas extraordinárias com campanhas e publicidade, no valor de R$ 1,2 milhão; R$ 2,0 milhões relativos a diversos eventos ocorridos no último trimestre do ano, como eventos para clientes e associações, dentre outros; e R$ 1,0 milhão com patrocínios destinados a associações de classe. Além disso, houve queda de R$ 0,5 milhões na despesa com telecomunicações no período de comparação, por conta da restruturação de links de comunicação de data centers; e decréscimo de 13,7%, ou R$ 3,5 milhões, em serviços de terceiros, principalmente: decréscimo de R$ 1,7 milhão em custos com Fenaseg e consultas a base de dados, cuja redução está relacionada à queda das receitas com o SNG e Sircof; e redução de R$ 0,7 milhão nos honorários de auditores, consultores e advogados.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, as despesas operacionais ajustadas cresceram 7,4%, em decorrência: do avanço de 10,9% em despesas de pessoal (aumento do quadro de funcionários e efeito de reajuste salarial); do aumento de 3,5% na despesa de serviços de terceiros (crescimento das linhas de suporte e manutenção de sistemas e queda em honorários de auditores, consultores e advogados e manutenção de máquinas e equipamentos); e da queda de 3,1% em despesas gerais e administrativas (redução das linhas de publicidade e eventos).
Resultado Financeiro da Cetip no 1° Trimestre de 2015
Durante o trimestre findo em 31 de março de 2015, a Cetip (CTIP3) contratou um empréstimo bancário no montante de US$ 100,0 milhões, assim como um derivativo junto ao banco credor visando à cobertura do risco de câmbio da referida operação. O empréstimo tem prazo de 2 anos e a amortização do principal ocorrerá em janeiro de 2017, com pagamento de juros semestrais. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 50,9 milhões no primeiro trimestre de 2015, apresentando um acréscimo de R$ 32,8 milhões em relação ao resultado negativo de R$ 18,1 milhões registrado no quarto trimestre de 2014. Esta variação é resultado, principalmente: do aumento de R$ 63,3 milhões na receita financeira, com destaque para os ganhos com a operação de swap para neutralizar a exposição cambial relativa ao empréstimo bancário contratado durante o primeiro trimestre de 2015 (+R$ 50,3 milhões) e para a variação no valor justo de ativos/passivos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado (+R$ 11,4 milhões); e da despesa financeira de R$ 133,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, sendo que deste total R$ 114,4 milhões são decorrentes do impacto da variação cambial sobre os empréstimos contratados, dos quais, por sua vez, R$ 54,8 milhões estão relacionados ao empréstimo contratado através da Cetip Lux e o restante é relacionado ao empréstimo swapado contratado no primeiro trimestre de 2015, resultando em um crescimento de R$ 96,1 milhões da despesa financeira em relação aos R$ 37,3 milhões registrados no quarto trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o resultado financeiro apresentou um crescimento líquido de R$ 45,2 milhões em relação ao resultado negativo de R$ 5,7 milhões registrado no primeiro trimestre de 2014. A variação do resultado financeiro líquido observada entre os períodos analisados é decorrente, principalmente: do aumento de R$ 69,5 milhões na receita financeira, com destaque para os ganhos com a operação de swap para neutralizar a exposição cambial relativa ao empréstimo bancário contratado durante o primeiro trimestre de 2015 (+R$ 50,3 milhões) e para a variação no valor justo de ativos/passivos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado (+R$ 17,2 milhões); e do crescimento de R$ 114,7 milhões na despesas financeira, influenciada pela variação cambial sobre os empréstimos contratados, conforme destacada acima.
Alíquota efetiva de imposto de renda e contribuição social da Cetip no 1° Trimestre de 2015
No primeiro trimestre de 2015, o imposto de renda e contribuição social (“IR e CS”) da Cetip (CTIP3) foi credor em R$ 7,3 milhões, em comparação às despesas de IR e CS de R$ 23,6 milhões no quarto trimestre de 2014 e R$ 40,8 milhões no primeiro trimestre de 2014, com uma alíquota efetiva de IR e CS de -6,4% no primeiro trimestre de 2015, em comparação aos 16,7% e 28,8%, observados, respectivamente, no quarto trimestre de 2014 e primeiro trimestre de 2014. A queda da alíquota de IR e CS entre os períodos comparados está relacionada ao fato de que a variação cambial sobre o capital investido na Cetip Lux não é tributável, o que fez com que o resultado tributável no primeiro trimestre de 2015 fosse menor do que o lucro contábil antes dos impostos no período. Esta diferença, associada ao próprio impacto tributário sobre a despesa de variação cambial, gerou um efeito de R$ 57,6 milhões sobre a despesa de IR e CS, neutralizando o impacto cambial sobre a despesa financeira, no que tange ao empréstimo contratado via Cetip Lux, e demonstrando, desta forma, que não há exposição cambial do resultado da Companhia depois de impostos.
O EBITDA da Cetip no 1° Trimestre de 2015
No primeiro trimestre de 2015, o EBITDA ajustado da Cetip (CTIP3) totalizou R$ 190,9 milhões, apresentando um crescimento de 3,1% em relação ao quarto trimestre de 2014 e de 12,5% em comparação ao primeiro trimestre de 2014, com uma margem de EBITDA ajustado de 71,5% no primeiro trimestre de 2015, 3,3% superior ao quarto trimestre de 2014 e 0,9%. acima do primeiro trimestre de 2014, em decorrência do maior resultado operacional da Companhia.
Lucro Líquido da Cetip no 1° Trimestre de 2015
O lucro líquido ajustado da Cetip (CTIP3) (cash earnings) atingiu R$ 152,6 milhões no primeiro trimestre de 2015, com crescimento de 1,8% em comparação ao quarto trimestre de 2014, e 13,9% superior ao primeiro trimestre de 2014, resultado basicamente da evolução do EBITDA no período comparado. A margem líquida ajustada atingiu 57,2% no primeiro trimestre de 2015, com crescimento de 2,0% em relação à margem registrada no quarto trimestre de 2014 e aumento de 1,4% em comparação à margem registrada no primeiro trimestre de 2014.
Geração de Caixa e endividamento da Cetip no 1° Trimestre de 2015
A geração operacional de caixa antes do pagamento de IR e CS e antes da destinação do excedente de caixa para aplicações financeiras da Cetip (CTIP3) totalizou R$ 210,6 milhões no primeiro trimestre de 2015, montante 5,5% maior do que aquele registrado no quarto trimestre de 2014 e 21,2% superior ao primeiro trimestre de 2014, resultado de um fluxo de receitas bastante resiliente e diversificado. O fluxo de caixa das atividades de investimento atingiu R$ 13,4 milhões, enquanto o fluxo de caixa das atividades de financiamento totalizou um saldo positivo de R$ 136,1 milhões, influenciado pelo desembolso do empréstimo contratado no primeiro trimestre de 2015. Em decorrência principalmente do comportamento destes fluxos, o saldo de caixa e equivalentes de caixa apresentou um aumento líquido de R$ 297,4 milhões durante o trimestre. No encerramento do primeiro trimestre de 2015, a dívida bruta da Cetip de curto e longo prazo (debêntures, empréstimos e arrendamentos financeiros) totalizava R$ 1,1 bilhão, enquanto os instrumentos financeiros derivativos somados às disponibilidades e aplicações financeiras livres somavam R$ 1,0 bilhão. Assim, o endividamento líquido da Companhia era de R$ 134,2 milhões em 31 de março, com crescimento de R$ 8,4 milhões em relação ao final do primeiro trimestre de 2014. A relação dívida líquida sobre EBITDA ajustado acumulado em 12 meses era de 0,2 vezes ao final do primeiro trimestre de 2015, e o índice de alavancagem financeira (dívida líquida/total do capital) de 6,8%, demonstrando a sólida posição financeira da Companhia.
Programa de Investimento da Cetip no 1° Trimestre de 2015
Os investimentos totais (“CAPEX”)da Cetip (CTIP3) somaram R$ 13,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, equivalentes a 5,0% da receita líquida do período, montante 32,8% inferior ao registrado no quarto trimestre de 2014, porém 38,1% superior ao primeiro trimestre de 2014. O CAPEX do primeiro trimestre de 2015 estava assim dividido: 60,0% destinados ao desenvolvimento de produtos; 27,7% para manutenção e expansão da capacidade; e 12,3% para instalações. Os principais produtos em desenvolvimento que compõem o CAPEX do primeiro trimestre de 2015 são: CCP; Cetip Contratos; COE; Depositária; Formalização Eletrônica; Gravames sobre ativos financeiros; Identificação Obrigatória de CDB; Imobiliário; Integração com Administradores (InfoHUB); e Plataformas de trading e post trading. Em março de 2015, foi concluída a primeira fase do plano de mudança das equipes atualmente situadas em Santana de Parnaíba, Rio de Janeiro e São Paulo (parte) para o novo site em Barueri. Nesta fase inicial, foram realocadas equipes de suporte que estavam anteriormente no site de Santana de Parnaíba. Os investimentos no novo site de Barueri explicam o crescimento dos investimentos em instalações no primeiro trimestre de 2015, especialmente quando comparados ao mesmo trimestre de 2014.
Patrimônio Líquido da Cetip no 1° Trimestre de 2015
O patrimônio líquido da Cetip (CTIP3) no primeiro trimestre de 2015 foi de R$1.838.232 bilhões. A variação do primeiro trimestre de 2015 contra o quarto trimestre de 2014 (R$1.745.953 bilhões), a variação foi de +5,28%.
Ativos Totais da Cetip no 1° Trimestre de 2015
Os ativos totais da Cetip (CTIP3) no primeiro trimestre de 2015 foi de R$3.329.429 bilhões. A variação do primeiro trimestre de 2015 contra o quarto trimestre de 2014 (R$2.998.539 bilhões), a variação foi de +11,04%.
Pagamento de Dividendos da Cetip no 1° Trimestre de 2015
Em 4 de março de 2015, o Conselho de Administraçãoda Cetip (CTIP3) aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio relativos ao primeiro trimestre de 2015no montante de R$ 22,1 milhões, equivalentes a R$ 0,0839 brutos por ação, a serem pagos em 9 de junho de 2015. Adicionalmente, o Conselho de Administração da Companhia aprovou, em 6 de maio de 2015, a distribuição adicional de R$ 80,6 milhões (R$ 0,3074 por ação) sob a forma de dividendos intermediários, a serem pagos em 8 de julho 2015. Desta forma, a distribuição total de dividendos intermediários e juros sobre o capital próprio relativos ao primeiro trimestre de 2015 atingirá R$ 102,7 milhões, equivalentes a 85,0% do resultado do período. Em reunião realizada em 04 de março de 2015, o Conselho de Administração também aprovou o Segundo Programa de Recompra de Ações de emissão da Companhia, com início na data de aprovação e término em 3 de março de 2016. O limite de ações que poderá ser adquirido pela Cetip é de 5.400.000 ações ordinárias, que representavam 2,13% do total de ações em circulação no mercado. A Cetip recomprou 673.500 ações no período entre 4 e 31 de março de 2015, a um custo de R$ 20,9 milhões, reforçando o compromisso da Companhia na geração de valor aos seus acionistas.
A Cetip no Mercado de Capitais no 1° Trimestre de 2015
As ações da Cetip (CTIP3) encerraram o primeiro trimestre de 2015 cotadas a R$ 31,45, praticamente estáveis (-0,8%) em relação ao encerramento de 2014, desempenho comparado à valorização de 2,3% apresentada pelo Ibovespa no mesmo período. Em relação ao fim do primeiro trimestre de 2014, as ações da Cetip tiveram valorização de 22,8%, ante a valorização de 1,5% do Ibovespa. O volume financeiro médio diário negociado de CTIP3 atingiu R$ 73,8 milhões no primeiro trimestre de 2015, 52,5% superior ao primeiro trimestre de 2014. Já o número médio diário de negócios totalizou 7.887 no primeiro trimestre de 2015, com crescimento de 16,3% em relação ao primeiro trimestre de 2014. O valor de mercado da Cetip em 31/03/2015 era de R$ 8,3 bilhões.
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